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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

sábado, 27 de novembro de 2010

MANOBRAS TRUCULENTAS NO CAE DE PORTEL

Wllysses Guimararães visou o futuro do  Brasil ao atribuir aos  diversos conselhos a tarefa de fiscalizar e propor medidas ao governo em questão. A sua intenção Foi louvável. No entanto, a presença dos setores ainda dão margem aos vários mecanismos de manobras dos argutos políticos.
Lembro-me que participei da escolha dos representantes dos professores ao cargo de conselheiro do conselho de alimentação e sai vitorioso. Assim foi marcada uma data para a grande plenária, onde estariam disputando a vaga de representante dos professores enviados pelas diversas escolas da zona urbana.
A comunicação da referida data é feita através de documento pela secretaria de educação. Desta feita, foi encaminhado ofício à secretaria da escola Alcides, setor onde eu, Ronaldo de Deus, estou lotado. Mas, estranhamente, a direção do Alcides não determinou aos subordinados que endereçassem a mim, Ronaldo, a comunicação de que havia uma data marcada para a realização da plenária. Fatos como esses podem ser evitados com o uso do quadro de avisos, o qual serve ultimamente para as faculdades fazerem divulgações de seus cursos. Outra observação importante: toda reunião tem que ter antecedência regimental mínima, tipo 48 horas.
Considero isso uma manobra para me desarticular da participação e uma tremenda incompetência do setor, uma vez que o repasse da informação poderia ser dado pela diretoria da escola aos subalternos lotados na secretaria da escola. Concluo que isso é um fracasso em termos de administração escolar.
Considero ainda que o fato gerado foi articulado por setores que não querem que os campeões de licitação sejam descobertos em suas mais afamadas truculências, pois sabedores de que eu sou severo nos meus serviços, preferiram pessoas passíveis de convencimentos a comportamentos neutros.
Ao procurar a diretora Sônia, ontem (24/11/2010), a mesma me informou que a culpa seria toda do Walber Carvalho, Vice-Diretor, atribuindo-o uma imagem de incompetente e esquecido de seus afazeres administrativos no setor da tarde, horário também do meu expediente na escola Alcides.
Claro que não acreditei na deslavada mentira da diretora à obediência cega aos ditames de uma administração carcomida pelos anseios de lucros na venda de mercadorias que servem de merenda escolar em todo o município de Portel. Não acredito sobretudo porque a ordem de comunicação deveria partir da diretora, no caso a senhora Sônia, pois para isso há um grupo de pessoas subalternas a ela capazes de obedecer às suas ordens de comunicação dos devidos serviços.
Lamento profundamente que minha participação no conselho da merenda escolar tenha sido prejudicado. Vi no sorrido de alguns subalternos a vitória sobre a minha participação no setor de fiscalização da merenda escolar.
Isso é abominável do ponto de vista moral. Mas acima de tudo é algo que transcende apenas os interesses dos alunos, mas vai aos interesses financeiros de grupos não interessados na qualidade da merenda escolar, mas na quantidade de alimento vendido para preenchimento dos caixas comerciais dos amigos do poder.
Pode ser que tenha havido incompetência, desleixo, falta de comunicação e interesse nos afazeres da administração ou talvez uma pitada de induzimento a fazer algo que prejudique alguém com seus devidos poderes de argüir e contribuir para o sucesso de uma administração, pois muitos alunos não têm o que comer e vêem na merenda escolar uma satisfação que a economia não garante aos seus pais desempregados. Sei disso principalmente pelas muitas conversas que tenho com meus alunos e estes acabam revelando as inescondíveis realidades por que passam suas famílias.
Gostaria que essas pessoas pedissem desculpas às famílias portelenses, não depois do de outubro de 2012, mas agora, exatamente no fim deste ano de 2010, o ano da derrota da Ana Júlia pela abrupta mudança após alcançar o governo estadual.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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sábado, 13 de novembro de 2010

VISIBILIDADE DO ESCÂNDALO EM PORTEL

Por Ronaldo de Deus
Os administradores públicos de municípios pequenos passam por diversas dificuldades e muitas das vezes dispõem apenas do IPTU como fonte de arrecadação. Alguns contam com o IPI, em caso de indústrias. Outros angariam recursos através de imposto sobre a extração da madeira, como é o caso de Portel.
Durante anos a empresa madeireira conhecida como Companhia Amazonas e, depois, como AMACOL, foi o sustentáculo da economia do município. Muitos lembram com saudade os mega financiamentos dados aos madeireiros e também da enxurrada de profissionais formados pela empresa norte-americana, como os bons mecânicos, eletricistas, torneiros mecânicos e até empresas que surgiram com as muitas indenizações por tempo de serviço.
Passada a euforia do setor, hoje vemos madeireiros passando por sérias dificuldades financeiras.
Embora haja dificuldades, e estas não estão restritas apenas ao setor, o município ainda ostenta uma riqueza de dar inveja aos vizinhos, o que pode ser verificado pelas dezenas de balsas que trafegam o rio Pacajá, o qual banha a cidade de Portel. Cada uma dessas balsas pode deixar valores de até R$ 1.500,00 reais aos cofres públicos. Porém esses valores estão sendo desviados.
Para se ter uma idéia, no início do ano de 2005 a arrecadação provenientes das balsas madeireiras somava 180 mil reais até o mês de fevereiro, sendo reduzido em menos de três meses a 30 mil reais. Descoberto o vazamento, o prefeito Pedro Barbosa demitiu todo o pessoal da fiscalização.
Mas as ervas daninhas sempre voltam. Novamente a equipe que assumiu para moralizar o setor cai na tentação do rio de dinheiro e praticam os mesmos vícios. Pessoas praticamente sem nenhum patrimônio passam a possuir bens nunca imaginados, como carros, motos, residências boas na sede do município e em Belém, fora sítios e lanchas. A visibilidade do escândalo está disponível a qualquer cidadão e a prova do enriquecimento pode ser rastreada com facilidade.
O caso pode ser investigado pela própria administração através de inquérito administrativo para que os milionários da fiscalização provem de onde veio tanto dinheiro. Ao que se sabe a mega sena ainda não foi generosa com os portelenses. A questão é: estariam eles sozinhos nessa mina? Aí, é melhor ficar calado e não fazer nada, pois quem tem rabo de palha não se achega ao fogo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PERSEGUIÇÃO? É COISA DE FRACO CERCADO DE INTERESSEIROS

A perseguição política é uma das formas mais covardes de se manipular e pressionar as pessoas. É um tipo de comportamento, de atitude, que certamente é atribuído às pessoas inseguras e fracas, comportamento esse que seria mais inteligente se fosse devotado o tempo e atenção para motivar e incentivar os cidadãos para que esses pudessem se sentir respeitados e valorizados.

Fico espantado ao ver que existem pessoas tão ingênuas, especialmente as públicas, que se acham imbatíveis, super poderosas. Será que não param para refletir que tudo é passageiro? Que tudo passa? Inclusive o poder que se julga sobre os outros? A morte é a única certeza que temos, sobretudo, que ela virá para todos. Então, por que tantos vivem atropelando os outros, desprestigiando, prejudicando, boicotando?

É uma pena vermos essas pessoas andando na contramão da vida. Perdem tempo com coisas pequenas, gostam de valorizar as picuinhas. E, o pior, é que vivem cercados de pessoas fingidas e interesseiras. Pessoas que muitas vezes ficam do lado somente enquanto dura o poder, se desligando e pulando para o outro lado logo que o poder começa a diminuir.  São os amigos do poder.

É impressionante como o dinheiro e o poder interferem no comportamento de certas pessoas, transformando-as em seres frios, sem sentimento e emoção. São seres humanos que se tornaram infelizes, carrancudos, mal humorados. Então como são infelizes, querem também fazer com que os outros também o sejam: começam a perseguir, usam de autoritarismo, ironizam. Contudo, calmamente sabemos que a tempestade vai passar, e felizmente somos resistentes para agüentar, pois, carregamos a esperança que um dia, vai passar, e que haverá respeito e parceria entre todos aqueles que caminham juntos, ainda que com ideais diferentes.
Perseguição política. A combinação dessas duas palavras é a expressão mais utilizada por pessoas que apoiaram um grupo político derrotado nas eleições. Com a posse do gestor da oposição começa a batalha entre o perseguidor e o perseguido, entre o bandido e o mocinho, onde sai perdendo quem mais precisa dos dois lados; O POVO.

domingo, 7 de novembro de 2010

SINTEPP ELEGE REPRESENTANTES AO CONSELHO DE EDUCAÇÃO

       Depois de muito tempo após a aprovação da lei que criou o Conselho de Educação  de Portel, aconteceu a escolha dos conselheiros que comporão a primeira gestão, a tão sonhada independência do setor veio neste dia 6 de novembro.
       O cenário era de mobilização. Ali estava o ex-vereador Paixão e vários diretores da zona rural e também da sede do município. Via-se com clareza o posicionamento de cada grupo de apoiadores dos possíveis candidatos, todos vinculados a determinados políticos da cidade. Diante desse cenário, não poderia ser diferente, pois se ouvia dentre os presentes a opinião de que tudo estava orquestrado.
          JADER AMARAL esteve no local como representante da SEMED. Amaral disse que a lei de criação do conselho se deu em 2001 e que para  a sua concretização existe uma série de burocracia, havendo assim muita discussão. Relembrou aos presentes que a secretaria de educação convidou o Carlos Antonio para palestrar sobre o tema, sendo muito mais complexo do que um conselho do FUNDEB, e que, como este último, não remunera seus integrantes. Disse ainda que o Paulo Junho foi o representante do SINTEPP e através dele o sindicato teve a oportunidade de apresentar as propostas da categoria.
         O prof. Oclécio disse que o Conselho tem como papel a proposição de melhorias assim como também o de fiscalizar ações do governo, podendo deliberar sobre lotação de professor até a eleição para diretor. Pediu atenção da assembléia para que o não suceda caso semelhante ao do atual conselho do FUNDEB, que teve a escolha de seus membros toda arranjada por um vereador. Nesse período de eleição dos conselheiros houve proposta de aumento de carga horária e emprego para a esposa de fulano e sicrano o que, segundo Oclécio, veio a acontecer. Alertou ainda para o fato de que os membros dos conselhos existentes em Portel não se reúnem regularmente, apenas o fazem em momentos de aprovação de determinada conta.
       No decorrer do debate que antecedeu a eleição da categoria dos professores e da equipe de apoio, acirrou-se a discussão sobre prorrogação ou não do pleito, sendo necessária consulta à assembléia para dirimir o caso. Um dos defensores foi o diretor da escola Abel Figueiredo, Amarildo Vieira, mas retirou-se com sua equipe antes do início da votação, fato que provocou muitas críticas pelos presentes.
      Seguida de muita discussão, a eleição apresentou como representante dos professores a Lucidalva Maciel e o Ivaldo (Banana). Os suplentes foram Socorrinho e Ronaldo de Deus.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OS ERROS DA ANA JÚLIA CAREPA

Petistas analisam os erros da campanha da governadora Ana Júlia Carepa no blog do antenado repórter Paulo Bemerguy. os marqueteiros baianos exageraram na dose de acarajé, mostrando na televisão uma Ana Júlia abonecada, pequena burguesa, dondoca, com terninhos chiques e colar de pérolas. Mas, a 11 dias das eleições - e com uma rejeição galopante de 42%, segundo o Ibope - e 500 mil votos atrás do candidato do PSDB, Simão Jatene, a festa petista acabou. Inês é morta!
Nota pinçada do blog do repórter Paulo Bemerguy
Petistas – segundo os militantes, os verdadeiros, os históricos, os genuínos se mostravam preocupados com a performance da campanha da governadora Ana Júlia nesta reta final do primeiro turno.
O blog conversou com alguns deles.
Todos confiáveis
e ponderados, todos torcendo para que Sua Excelência revertesse a situação em que se encontrava e passasse para o segundo turno.
Mas todos convictos de que, para evitar uma derrota para o tucano Simão Jatene já no primeiro turno, seria preciso que muita coisa mudasse.
E que mudasse imediatamente.
E mudasse da água para o vinho.
O punhado de petistas apontou quais os principais erros, os mais notáveis e decisivos erros, os crassos erros na área de comunicação da campanha petista para o governo do Estado.
Os erros podem ser resumidos em três:
1 – Erro de conceito – Ana Júlia teria errado porque insistiu na tese da campanha desenvolvimento, insistiu em bater na tecla do desenvolvimento. O mesmo erro de Oziel Carneiro (“O Pará vai disparar”), quando disputou e perdeu para Jader Barbalho em 1982; o mesmo erra de Sahid Xerfan, quando perdeu para Jader; o mesmo erro de Jarbas Passarinho, quando perdeu para Almir Gabriel; o mesmo erro de Almir Gabriel, quando perdeu para Ana Júlia; e o mesmo erro agora de Ana Júlia. Num Estado como o Pará, com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em níveis africanos, falar em desenvolvimento soa ora como escárnio, ora como discurso desprovido de sentido. Não tem outra saída: a campanha de Ana Júlia teria que insistir no social.
2 – Erro de imagem – A imagem da governadora que é mostrada na televisão é muito diferente da guerreira, da lutadora, da mulher destemida, da mulher sintonizada com o povo, da mulher que fez sua trajetória a partir dos movimentos estudantis e sindicais. Ana Júlia, segundo a avaliação ouvida pelo blog, é mostrada quase com uma rainha da Inglaterra, muito produzida, muito arrumada, uma dondoca, praticamente. Entre os que a veem na telinha dessa forma, a tendência é não votarem mesmo nela. Ao contrário, os petistas reconhecem que, na campanha tucana, Simão Jatene vem sendo mostrado como alguém que tem uma grande intimidade com o eleitor, com o telespectador. “Ele passa aquela imagem do teu antigo professor de matemática, do cara bom, do cara que trava logo uma enorme intimidade, uma enorme sintonia contigo”, compara um dos petistas.
3 – Erro de não aceitar o confronto – A campanha de Ana Júlia teria errado por se mostrar passiva, lerda, lenta, tardia demais para reagir aos ataques à imagem da governadora. Um dos petistas lembrou que, em alguns círculos, chamam a isso, jocosamente, de síndrome do corno. É como o sujeito que de manhã passa na casa do vizinho e grita: “Cornoooo”. O vizinho não reage. No segundo dia, a mesma coisa; no terceiro, idem; e no quarto, no quinto... Até que o vizinho corno começa a reagir. Quando reage, além de corno, acham que ele também é agressivo. No caso de Ana Júlia, a avaliação é de que a reação reflexa aos ataques praticamente não houve. E seus adversários conseguiram consolidar uma imagem negativa da governadora.
Os petistas ouvidos pelo blog não concordam, em hipótese alguma, que as poucas obras creditadas à gestão de Ana Júlia representam empecilho de monta para sua baixa performance eleitoral.
Em reforço a essa convicção, lembram Duciomar, o Costa, o huno, Duciomar Costa, o prefeito de Belém, que tinha uma rejeição acima de 70%, não podia nem sair na rua, mas mesmo assim ganhou a eleição do peemedebista José Priante.
Os petistas revelam até a convicção de que os números do governo Ana Júlia seriam muito mais positivos, mais favoráveis do que os relacionados ao governo Jatene, ainda que essa mesma comparação não se sustente quando considerados os 12 anos seguidos de tucanato no Pará.
Mas acham que, independentemente de acharem que Ana Júlia fez um governo melhor que o de Jatene, essa realidade não está chegando ao eleitor.
E o eleitor passa a preferir outros, que não Ana Júlia

A derrota no segundo turno

Quais as razões da derrota da governadora Ana Júlia Carepa (PT) na disputa do governo do estado. O antenado repórter Paulo Bemerguy enumera em seu blog. Veja:
1. Ana Júlia revelou-se de uma inexperiência administrativa atroz. Revelou-se de uma inexperiência administrativa de efeitos devastadores. Até ser governadora, ela só havia administrado o Sindicato dos Bancários. Não fora submetida, até aquela altura, ao teste de gestão nem mesmo quando chegou a ser vice do prefeito Edmilson Rodrigues, então no PT. Isso porque Ana Júlia foi prefeita em exercício.
2. A inexperiência administrativa de Ana Júlia sobressaiu em dois casos por si sós emblemáticos e ambos de repercussão nacional. O primeiro deles ocorreu em fevereiro de 2007, quando a governadora assinou decretos nomeando sua cabeleireira, Manoela Figueiredo Barbosa, e sua esteticista, Franciheli de Fátima Oliveira, como assessoras especiais, lotadas no gabinete da governadoria. O segundo, de repercussão igual – senão maior – que o anterior, consistiu também na nomeação da performática Elida Braz, Senhora Kaveira, para assessora especial da Governadoria.
3. A inexperiência administrativa da governadora, em tese, não seria um problema de monta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não tinha nenhuma vivência administrativa, a não ser nos sindicatos que dirigiu. Mas, uma vez presidente, acercou-se de bons quadros e fez o governo mais popular da história do País. Ana Júlia não. Desde o primeiro momento, deixou-se agrilhoar, deixou-se ficar algemada, deixou-se cair como refém de um quarteto que também ficou conhecido como núcleo duro do governo.
4. Refém do núcleo duro, Ana Júlia não viu mais o PT à sua frente. Não viu mais o partido. Não o reconheceu mais como uma legenda orgânica, que poderia lhe dar sustentação. Passou a divisar apenas o núcleo que a mantinha refém e, em consequência, passou a ter olhos apenas para os interesses da Democracia Socialista (DS), a minúscula, inexpressiva tendência petista a que pertence a própria governadora.
5. Sob a tutela dos luas-pretas da DS, Ana Júlia pôs em andamento e turbinou aquela que foi a pior, a mais atabalhoada, a mais disparatada, a mais emperrada e a mais ineficaz articulação política já posta em prática por um governante no Pará. A articulação política, conduzida por seu chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, revelou-se, além do mais, conflitante e conflituosa depois que ele, mesmo na condição de um dos quadros mais influentes do governo, começou a notabilizar-se como pré-candidato a deputado federal, cargo para o qual acabou se elegendo.
6. O próprio PT, partido da governadora, foi uma das vítimas da desarticulação empreendida com notável desenvoltura pela Casa Civil do governo, durante a era Puty. Em meados de 2009, o poster ouviu de viva voz, da assessoria de um parlamentar petista, que o deputado não conseguia falar havia semanas com a governadora. E ele, o deputado, não queria pedir nada. Ou por outra, queria pedir, sim, mas informações circunstanciadas sobre determinada matéria para defender Ana Júlia de críticas ferozes que ela vinha sofrendo na Assembleia.
7. Na articulação política desastrada, conduzida pelo então chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, está a gênese, em boa parte, das dissensões e dos conflitos que levaram ao afastamento do PMDB e, posteriormente, ao rompimento da legenda com o governo, jogando por terra a possibilidade de se manter a aliança desde o primeiro turno das eleições deste ano.
8. A nomeação de Everaldo Martins para comandar a Casa Civil mudou da água para o vinho, mudou do péssimo para o muito melhor a qualidade da articulação política do governo Ana Júlia. Mas já era tarde. Everaldo só assumiu o barco em março deste ano. Havia pouco tempo para juntar os cacos e restaurar os vínculos políticos que seu antecessor esfacelara irreversivelmente.
9. Da mesma forma, Ana Júlia tomou muito tarde a decisão de mexer na Comunicação do governo. Durante a maior parte de seu governo, essa área foi impalpável, inexistente. Não se sabe se nada divulgava porque não sabia como divulgar ou porque obras não havia para serem divulgadas. De meados do ano passado para cá, a Comunicação, mas também não conseguiu, sozinha, reverter situações que já haviam causado enorme desgaste à imagem da governadora.
10. E por falar em obras... O governo Ana Júlia acordou da letargia na onda do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mas isso também já foi tarde. E o PAC esteve sempre associado ao governo federal, ao governo Lula, e muito pouco aos governos estaduais. Resultado: até inaugurar uma cozinha industrial no Hangar, Ana Júlia pouco ou nada tinha para mostrar. Quando passou a ter alguma coisa para mostrar, não havia mais tempo para que isso se convertesse em votos. E votos, como se sabe, são essenciais para eleger e reeleger um governante, não é?
11. O enclausuramento de Ana Júlia e a dificuldade de seu governo em se comunicar levaram Sua Excelência a ficar acuada em três momentos dos mais críticos. No caso da menor presa e seviciada numa cela de presos em Abaetetuba, no caso da mortandande de bebês da Santa Casa e no caso dos kits escolares. E olhem que, no caso da menor, o delegado-geral Raimundo Benassuly primeiro se exonerou do cargo, depois de uma declaração infeliz. Passados alguns meses, o que fez Ana Júlia? Reconduziu-o ao posto.
12. A governadora também perdeu porque, no afã de se eleger, não mediu escolhas, não selecionou aliados, não passou no crivo os adesistas à sua candidatura. Quem se alia a um Duciomar Costa, o pior prefeito que Belém já teve em toda a sua História, não quer, sinceramente, ganhar uma eleição. E quem se alia a Almir Gabriel se vê forçada a fazer certas revisões históricas que conduzem a vergonhosas, a constrangedoras contradições com trajetórias políticas como as de Sua Excelência a governadora Ana Júlia.
13. E por último, mais não menos importante, Ana Júlia não se reelegeu porque escolheu mal a agência que fez a sua propaganda, a baiana Link. E o escolher mal, como aqui está posto, nada se deve ao fato de a Link ser baiana, mas porque a agência nunca esteve linkada com as peculiaridades de campanhas como as que se desenvolvem no Pará, que são diferentes das que ocorrem na Bahia, ou em Pasárgada ou até no Afeganistão. Assim, três grandes erros na campanha foram, também eles, decisivos para a derrota da governadora.
Essas são, digamos, as razões no atacado.
São 13 razões ao todo.
Mas razões outras há, é claro.
São, todavia, razões no varejo.
Quanto a essas, os petistas, eles próprios, haverão de desvendar.
Nos próximos dias.
Nas próximas semanas.
Nos próximos meses.
Nos próximos anos.
Portel
O primeiro turno foi marcado pela ausência física do prefeito Pedro Barbosa. Cauteloso e dotado de uma visão de futuro, Barbosa passou a bola aos petistas e só veio aparecer em público na última semana que antecedeu o primeiro momento da eleição para governador do estado do Pará já na esquina da 2 de fevereiro com a Manoel Antônio Fialho.
Antes disso, uma reunião na praça do bairro Cidade Nova deixa o povo confuso. Ali a imagem de pessoas ligadas ao governo municipal e ao PSDB se confunde com os dois pilares da Secretaria de Educação: Rosângela Fialho, titular da secretaria, e Jorge Barbosa, o presidente da Câmara Municipal e irmão do prefeito Pedro Barbosa, sobem em palanque montado especialmente para a campanha do cassado Luis Rebelo. Vários políticos deixam de apoiar um filho portelense para apoiar um brevense.
Ainda no primeiro turno, o vereador Mauro Bentes pede votos para o cunhado, o Dr Miro, e, ao mesmo tempo, ao candidato a governador do Estado, Simão Jatene.
No segundo turno, os reflexos do primeiro turno se mostram mais claros. A apatia tomava conta da coordenação da campanha, trocada após a pífia condução feita pela irmã do vice-prefeito Carlos Moura, Janice Moura. Luciano Fonseca, Jerson Pereira e Fábio Moura (irmão do vice-prefeito) assumiram a coordenação num momento ruim, pois a governadora candidata se mostrou fraca no primeiro turno em todo o estado e, consequentemente, perdeu possíveis investidores. Fábio abandona a coordenação alegando que há uma inércia nos colegas.
Para piorar, em  reunião da cúpula do poder municipal, Jorge Barbosa determina que os diretores façam a campanha do interior. Cada professor passa então a receber recursos (quinhentos reais) e fazem farra com cerveja.  O resultado não podia ser outro. No Elmo apareceram somente 6 votos para Ana Júlia e 1.... para Jatene. Tal fracasso se repete na Cikel, setor onde o homem forte do Paixão é diretor, Porcão, obtendo o fraco montante de 9 votos para Carepa e 1.... para Jatene. Segundo se sabe, alguns desses diretores pretendem ser candidatos a vereador em 2012.