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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Justiça condena à prisão servidores do INSS no Pará

Denúncia do MPF, baseada na operação Flagelo II, indicou desvio de quase R$ 100 mil
A Justiça Federal condenou, na última segunda-feira (25/09), dois servidores públicos federais pelo desvio de R$ 93,2 mil em recursos públicos. Os réus cometeram as fraudes de 2007 a 2012 contra a agência de Castanhal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A sentença, publicada em processo aberto a partir de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), condena Raimundo Rosivaldo Gomes dos Santos a 13 anos, dez meses e 20 dias de prisão e a pagamento de multa, e Ana Cláudia dos Santos Accioly Ramos Barbosa a dez anos de prisão e pagamento de multa. Além disso, os réus foram condenados a perderem os cargos públicos que exerciam.

De acordo com o juiz da 3ª Vara Federal em Belém, Rubens Rollo d'Oliveira, os crimes foram sequenciais. “O servidor corrupto, quando encontra facilidades, geralmente não comete só um delito, dado que a punição seria risco maior que o benefício obtido de um delito isolado. Para compensar a perda do cargo, vários delitos são cometidos”, afirmou.

Segundo investigação realizada durante a operação Flagelo II, os acusados atuaram na agência da Previdência Social de Castanhal e utilizaram dados irregulares no sistema informatizado do INSS para receberem benefícios assistenciais à pessoa idosa. Foram constatados números de RGs incompatíveis às pessoas cadastradas e a utilização da mesma fotografia para documentos de pessoas diferentes.

Processos nºs 22272-06.2013.4.01.3900, 15502-60.2014.4.01.3900 e 17601-03.2014.4.01.3900 - 3ª Vara Federal em Belém (PA)

Íntegra da sentença

Links para acompanhamento processual:

22272-06.2013.4.01.3900

15502-60.2014.4.01.3900

17601-03.2014.4.01.3900

Yasmim Bitar

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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Nota de apoio e solidariedade ao professor BRUNO BAÍA

SETEMBRO 25, 2017
Em cumprimento à deliberação do Conselho Estadual de Representantes/CER, reunido nos dias 22 e 23.09, em Belém, o SINDICATO DAS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARÁ – SINTEPP, vem a público prestar total e irrestrito apoio ao Coordenador Estadual desta Entidade e Coordenador da Subsede no município de Portel, Hermison Bruno Baía Palheta, que foi surpreendido no dia 20 de setembro deste ano em sua residência pela Polícia Federal (PF), em operação que teve, segundo o delegado federal responsável, o objetivo de investigar desvios de verbas do Instituto de Previdência no Município de Portel (IMPP), o qual está com um saldo negativo de mais de R$ 70 milhões nos últimos anos; e conforme informação obtida na cidade funciona como caixa não só para Portel, mas para outros municípios da região.

Como o coordenador Bruno Baía participou do Comitê de Investimento do instituto foi ouvido pela PF, quando na oportunidade reafirmou, inclusive com documentos oficiais daquela Subsede, as denúncias feitas pelo Sintepp local, acerca de suspeitas de malversação dos recursos.

Estão apreendidos para perícia e investigação o computador e celular do professor, que também repassou aos órgãos competentes (MPE, PF e MPF), de forma voluntária, todas as denúncias que acumulou no último período.

Para a Coordenação Estadual do Sindicato o acontecimento foi positivo no sentido de que garantirá aos contribuintes do IMPP o real conhecimento e a devida medida protocolar a quem de fato recebeu propina pelo desvio de verbas do Instituto. Portanto, estendemos nosso apoio ao funcionalismo público de município que colabora significativamente para a manutenção do órgão e merece transparência e respeito na gestão do IMPP.

Nota de apoio e solidariedade ao professor BRUNO BAÍA

SETEMBRO 25, 2017
Em cumprimento à deliberação do Conselho Estadual de Representantes/CER, reunido nos dias 22 e 23.09, em Belém, o SINDICATO DAS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARÁ – SINTEPP, vem a público prestar total e irrestrito apoio ao Coordenador Estadual desta Entidade e Coordenador da Subsede no município de Portel, Hermison Bruno Baía Palheta, que foi surpreendido no dia 20 de setembro deste ano em sua residência pela Polícia Federal (PF), em operação que teve, segundo o delegado federal responsável, o objetivo de investigar desvios de verbas do Instituto de Previdência no Município de Portel (IMPP), o qual está com um saldo negativo de mais de R$ 70 milhões nos últimos anos; e conforme informação obtida na cidade funciona como caixa não só para Portel, mas para outros municípios da região.

Como o coordenador Bruno Baía participou do Comitê de Investimento do instituto foi ouvido pela PF, quando na oportunidade reafirmou, inclusive com documentos oficiais daquela Subsede, as denúncias feitas pelo Sintepp local, acerca de suspeitas de malversação dos recursos.

Estão apreendidos para perícia e investigação o computador e celular do professor, que também repassou aos órgãos competentes (MPE, PF e MPF), de forma voluntária, todas as denúncias que acumulou no último período.

Para a Coordenação Estadual do Sindicato o acontecimento foi positivo no sentido de que garantirá aos contribuintes do IMPP o real conhecimento e a devida medida protocolar a quem de fato recebeu propina pelo desvio de verbas do Instituto. Portanto, estendemos nosso apoio ao funcionalismo público de município que colabora significativamente para a manutenção do órgão e merece transparência e respeito na gestão do IMPP.

sábado, 23 de setembro de 2017

Portel: casal preso por tráfico de drogas

No dia 22 de setembro de 2017, por volta das 13h, a Polícia Civil prendeu o casal LEONARDO ARAÚJO DE SOUZA, VULGO "NADY" E ELIZANGELA DE SOUZA DOS SANTOS, VULGO "LIKA", pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Na residência dos dois, foram apreendidos 40g de maconha, 01 tubo de solução de bateria, 01 rolo de plástico, material idêntico ao utilizado para embalar a droga e dinheiro em notas trocadas. Esta é a segunda vez em que LEONARDO é preso só neste ano pelo crime de tráfico de drogas. No dia 16 de março  de 2017, foi apreendido em sua casa 230g de maconha prensada e 01 balança de precisão.

Fonte: POLÍCIA CIVIL DE PORTEL

Portel: homem é preso por extorquir balseiro

No dia 20 de setembro de 2017, por volta das 16h, o senhor LUIZINHO CONCEIÇÃO SOARES, VULGO "PIRATA", foi autuado pelo crime de extorsão pela polícia civil de Portel. Nos dias anteriores a sua prisão, um proprietário de uma balsa deste município, vinha sendo ameaçado por um indivíduo que se apresentou como policial militar, o qual passou a exigir dinheiro do "balseiro" para permitir o tráfego da sua balsa nos rios da região. As investigações  culminaram com a prisão do acusado, ora mencionado. Em seu interrogatorio, proprio LUIZINHO alegou ser amigo do suposto policial militar e confessou que iria levar o dinheiro oriundo da extorsão para este policial.

Fonte: POLÍCIA CIVIL DE PORTEL

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Justiça Federal condena Sérgio Cabeça e mais 11 pessoas por desvios no Cefet

A Justiça Federal condenou o ex-diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Cefet), atual Instituto Federal do Pará (IFPA), Sérgio Cabeça Braz e mais 11 pessoas por improbidade administrativa. As irregularidades foram investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que demonstrou à Justiça desvio e mau-uso de verbas públicas quando Cabeça era chefe da administração do Cefet. A sentença da 5ª Vara Federal responde à ação civil pública de improbidade administrativa proposta em 2005.

A sentença determina que todos os acusados tenham seus direitos políticos suspensos de oito à dez anos, sejam proibidos de receber incentivos fiscais ou créditos, além de perderem seus cargos públicos e pagarem multas que variam de 15 mil à 4 milhões de reais. Os réus devem, ainda, ressarcir os cofres públicos pelas verbas desviadas.

De acordo com a sentença, o grupo desviava recursos públicos decorrentes de convênios firmados entre prefeituras municipais, empresas particulares e o Cefet, que não eram cadastrados nas contas do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI). Esses recursos eram depositados diretamente na conta de servidores da instituição ou repassados para contas de empresas e do Cefet para posteriormente serem encaminhadas aos funcionários.

Estima-se que mais de 103 mil reais foram desviados apenas da prefeitura de Tucuruí diretamente para contas particulares da ex-chefe de gabinete do Cefet, Maria Auxiliadora Gomes Araújo, e do ex-coordenador de planejamento, Wilson Tavares Von Paumgartten. No total, mais de 4 milhões de reais foram desviados pela administração do Cefet, decorrentes de parcerias entre a escola, prefeituras do interior paraense, o Instituto de Assistência a Saúde dos Servidores do Estado do Pará (Ipasep), a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Albras.

Além disso, a prefeitura de Tucuruí, junto com as prefeituras de Parauapebas e Santarém, repassaram, nos anos de 2001 e 2002, cheques que totalizaram mais de 1 milhão de reais para a empresa MLC Terraplanagem. O condenado Luiz Fernando Gonçalves Costa era, na época, proprietário da empresa e auditor do Tribunal de Contas do Município do Estado do Pará (TCM). Os valores desviados à MLC eram, posteriormente, passados a funcionários da empresa, servidores do Cefet e terceiros.

Dessa forma, a sentença aponta que durante a investigação foram constatadas várias práticas irregulares por parte da administração do Cefet, como desvio de verbas públicas, tombamentos irregulares de bens públicos, contratações irregulares de professores substitutos, pagamentos irregulares a servidores e professores da instituição, dentre outros.

Processo nº 0009738-11.2005.4.01.3900 - 5ª Vara Federal em Belém

Acompanhamento processual

Íntegra da sentença

Yasmim Bitar.

Ministério Público Federal no Pará
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Portel: Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de ex-diretores do IMPP

Polícia Federal chega a Portel, fruto da operação 'Olho de Tandera', que se estende ao Pará, Amapá e Tocantins

Ao todo, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e 13 conduções coercitivas. A condução coercitiva ocorre quando a pessoa é levada para depor.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (20), a operação "Olho de Tandera". Sua finalidade é investigação de crimes de gestão temerária, gestão fraudulenta, apropriação indébita especial financeira, instituição financeira irregular, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, ocorridos em municípios do nordeste paraense, na ilha do Marajó, como Portel. Mas também em municípios localizados no Amapá e Tocantins.

Os 16 mandados de busca e apreensão e 13 conduções coercitivas foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Belém. Ao todo, cerca de 65 policiais federais cumprem os mandados nos estados envolvidos nas fraudes.
De acordo com a PF, as investigações começaram com as suspeitas levantadas por Regimes Próprios de Previdência de municípios localizados no arquipélago do Marajó. Foram identificadas que gestões anteriores transferiram mais da metade dos recursos dos Institutos de Previdência para um grupo de empresas privadas de forma irregular.
O esquema fraudulento envolvia instituições financeiras de fachada, que funcionavam sem autorização para atuar com a gestão de recursos de terceiros, bem como no mercado de capitais, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 24 milhões aos cofres municipais.
Por volta das seis da manhã de hoje (20), agentes federais procederam às incumbências de busca nas residência dos ex-diretores do Instituto Municipal Previdência de Portel (IMPP).

Fonte: G1

Quadrilha de piratas desbaratada no Marajó

A Superintendência Regional do Marajo Ocidental e CPRXII, sensíveis ao aumento dos casos de roubos a embarcação promovidos por organizações criminosas conhecidos por piratas realizou hoje operação RIO SEGURO no objetivo de identificar e desmantelar tais criminosos.
Que a equipe da Polícia Civil, comandado pela Superintedente Vanessa Macêdo, escrivao Wesley, Investigadores Paulo Aragao e Augusto Raulino e GTO, comandado pelo Sgt Costa, e integrada pelo SGT CARDOSO, Cabo Alves e Soldados Deyviso, Alessandro e Gama, embarcaram na EAT 01 e  saíram em direção ao principais rios que são alvos das quadrilhas.
No Rio Tajapuru recebemos denúncias importantes de ribeirinhos, que mesmo amendrontados  pela periculosidade e destemor dos piratas, não exitaram em apontar os  integrantes da organização criminosa que atua no Estreito de Breves, liderada pelo nacional Eduardo Custodio, pirata de alta periculosidade, conhecido pela pratica de roubos a embarcação, sendo preso eprocessado várias vezes pelos mencionados crimes.
Foi efetuado levantamento preciso de onde estava escondido parte do material oriundo do roubo a balsa Bertolini, praticado pela quadrilha de Eduardo, apurando-se que os principais integrantes são Eduardo Guimarães Custodio, Taíso Pena Vieirae Elton Costa Rodrigues,vulgo Mãozinha, os quais
estariam usando  casas de familiares para esconder o material ainda não vendido.
A primeira residência a ser abordada foi do pai de Taiso, Nilton Pena Vieira, efetuando buscas na mata adentro, localizando um "Taipiri" que havia vultosa quantidade de caixas de panela da marca Brilux, roupas ainda embaladas em sacos plásticos e motores rabudos, motivo pelo qual efetuou a detenção de Nilton e Nelson Soares, cunhado de Taiso.
A segunda casa abordada foi da esposa de Elton, vulgo Mãozinha,  Sra Iraci Raposo Viana, localizando-se muitas panelas novas da marca brilux, ocasião em que a mencionada mulher confessou que eram oriundas do roubo, efetuando-se também a detenção da aludida nacional
Direcionou-se para a casa do pai de Eduardo, local em que estaria escondida as armas utilizadas no crimes, bem como as embarcações que serviam para abordar as embarcações, sendo que quando a EAT se aproximou da mencionada casa deparou-se com Eduardo, o qual, ao perceber a presença policial, prontamente evadiu-se, embrenhando na Mata, ficando no local somente Raimundo Custodio, pai do assaltante. Na mencionada casa foi localizado vultosa quantidade de roupas novas ainda embaladas em sacos plásticos, 01 espingarda, 01 munição intacta de calibre 38 e a quantia de R$17.340,00 (dezessete mil, trezentos e quanta reais), além de motores rabudos, motivo pelo qual efetuou-se a detenção do aludido senhor.
Apesar das  incursões efetuadas na mata adentro não obteve êxito na detenção de Eduardo, Taiso e Elton.
O material apreendido e pessoas detidas foram trazidos para Gurupa, cidade mais próxima, para as providências pertinentes.
Amanhã as diligências continuam no objetivo de apurar outros roubos a embarcação.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Portel: traficante preso na Portelinha com maconha e crack

Na data de 18 de setembro de 2017, investigadores da delegacia de Portel em conjunto com o Grupo Pronto Emprego - GPE, da polícia civil realizaram um trabalho de combate ao tráfico de drogas, que culminou com a prisão do senhor CLODOALDO BRABO PANTOJA, VULGO "BRANCO, com quem foram aprendidos 02 tabletes de maconha prensada, pesando aproximadamente 800g, além de 02 "pedras" puras de crack, pesando aproximadamente 100g.
Fonte: Polícia Cívil de Portel

sábado, 16 de setembro de 2017

Melgaço: traficantes presos com maconha prensada

Na noite do dia 15 de setembro de 2017, a Polícia Civil e Militar de Melgaço apuraram denúncia anônima de um possível ponto de venda de drogas na estrada do "moconha", na casa dos nacionais Miguel Pantoja de Souza Gonçalves e João Carlos de Oliveira Gonçalves. No aludido local encontramos uma trouxa de maconha prensada, seis trouxinhas já embaladas da mesma substância, 1 pedra de oxi, artefatos utilizados na embalagem dos entorpecentes e preparo das drogas e outros objetos.
Fonte: *Delegado Paulo Junqueira*

Portel: duas mulheres presas por drogas e porte ilegal de armas

No dia 15 de setembro de 2017, as polícias civil e militar realizaram um trabalho de combate ao tráfico de drogas e crimes associados, que culminou com a prisão da senhora IRACILDA CORREA PALHETA. Em sua residência, localizada no Bairro Cidade Nova, foi apreendido 50g de maconha prensada. Por volta das 18h, a nacional MARIA REGINA MAVIGNO FIALHO foi presa em flagrante delito.  Em sua casa, localizada no bairro do Pinho, foram apreendidos 04 cartuchos, calibre 32, intactos.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Portel: dois presos por tráfico de drogas na Portelinha

No dia 14 de setembro de 2017, as polícias civil e militar realizaram um trabalho de combate ao tráfico de drogas, na cidade de Portel, que culminou com a prisão  do nacional SIDNEY DA CRUZ DOS SANTOS, com quem foram encontrados 05 papelotes de pasta-base de cocaína, que estavam guardados  no quintal de sua casa, localizada no Bairro da Portelinha. Também foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas, o senhor MINERVALDO DE CARVALHO BAÍA, VULGO "NEGUINHO". Com o autuado foram apreendidas 130 "petecas" de crack, que estavam enterradas no quintal da residência, onde estava dormindo, localizada no Bairro Cidade Nova.

TRF1 paralisa mina da Vale no Pará por danos a índios Xikrin e Kayapó

Decisão da 5ª Turma ordena a paralisação imediata das atividades da Onça Puma. Mineradora deve estimadamente R$ 50 milhões em compensação aos índios

Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto de índios assistindo julgamento no TRF1. Foto: Guilherme Araújo/Ascom PRR1.

As atividades da mineradora Onça Puma, subsidiária da Vale que explora uma mina de níquel no município de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará, deverão ser suspensas por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A ordem responde o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que sejam pesquisados os danos causados pela atividade sobre os índios Xikrin e Kayapó. Mais de 150 indígenas acompanharam o julgamento em Brasília.

Enquanto não cumprir as obrigações da licença ambiental relativas aos indígenas, a Onça Puma deverá ficar paralisada e pagar compensações que foram arbitradas em um salário mínimo por indígena afetado, a partir de setembro de 2016. Como a Vale recorreu da decisão e perdeu, deve aos indígenas cerca de R$ 50 milhões, referentes ao período em que deixou de pagar os valores.

A decisão de ontem (13/09) confirmou que as indenizações são devidas e foi tomada pela 5ª Turma do TRF1, que reúne o desembargador Antonio Souza Prudente e os juízes convocados Marcelo Albernaz e Roberto Carlos de Oliveira. Desde que o caso da Onça Puma chegou aos tribunais superiores, em Brasília, essa é a quarta derrota da mineradora, que tentou suspender as compensações aos índios em recursos ao próprio TRF1 e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um recurso do governo do Pará, que ficou ao lado da empresa nesse caso, também foi derrotado no STF.

Essa é a terceira vez que a Vale é ordenada a paralisar a Onça Puma por causa dos impactos severos que causou aos modos de vida dos índios Xikrin e Kayapó, sem apresentar estudos competentes e sem projetos para mitigação e compensação de impactos. Em 2015, foram mais de 40 dias de paralisação. Agora, a paralisação deve durar até que a empresa cumpra obrigações socioambientais, apresentando planos e programas mitigatórios e compensatórios em favor das etnias atingidas. Ou seja, até que a Vale cumpra a licença ambiental que recebeu do estado do Pará.

Grave situação - Em manifestação no julgamento, o procurador regional da República Felício Pontes Jr. narrou a grave situação causada pela Onça Puma: “os impactos do empreendimento sobre as aldeias são reais. O chão treme com as bombas advindas da operação do empreendimento, afugentando a fauna e prejudicando a caça. O rio está completamente contaminado, o que tem acarretado doenças nos indígenas que não eram registradas entre eles, como lesões dermatológicas, angioedemas deformantes e cefaleias”.

Na decisão original do TRF1, confirmada ontem, os julgadores consideraram que, numa justa e adequada ponderação de valores, o bem vida sobrepõe-se aos eventuais prejuízos econômicos decorrentes da paralisação do empreendimento, devendo ser prestigiada a medida que implicar a mitigação dos riscos de perecimento e a subsistência física e cultural das comunidades indígenas Xikrin do Cateté e Kayapó.

A indenização arbitrada pelo TRF1 será utilizada pelos povos indígenas nos termos de um acordo firmado com o MPF: uma parte do dinheiro será convertida em um fundo de investimentos para uso futuro e outra parte para despesas com saúde, projetos produtivos, infraestrutura e monitoramento ambiental. Também serão aplicados valores na administração das associações representativas do povo Xikrin. Uma das principais prioridades será a recuperação ambiental do rio Cateté, onde vivem.

Danos – As aldeias Xikrin da região do Cateté, no sudeste do Pará, entre as cidades de Ourilândia do Norte, Parauapebas e São Félix do Xingu, foram cercadas por quase todos os lados por uma das atividades econômicas mais poluidoras, a mineração. São 14 empreendimentos no total, extraindo cobre, níquel e outros minérios, todos de propriedade da Vale, alguns já implantados, outros em implantação. Um dos empreendimentos, de extração e beneficiamento de níquel, chamado Onça Puma, em sete anos de atividade contaminou com metais pesados o rio Cateté e inviabilizou a vida dos cerca de 1300 Xikrin. Casos de má-formação fetal e doenças graves foram comprovados em estudos.

Processo - A Mineração Onça Puma Ltda., subsidiária da Vale S/A, obteve em agosto de 2004 no Pará licença prévia para exploração de nível nas Serras do Onça e do Puma, em áreas próximas às terras indígenas localizadas na sub-bacia do Rio Catete e do Igarapé Carapanã. A licença obrigava a mineradora a apresentar planos e programas preventivos mitigadores e compensatórios para as comunidades indígenas afetadas.

Nos primeiros esboços apresentados, a mineração Onça Puma comprometeu-se a desenvolver atividades para acesso a energia, recuperação de mata ciliar e de controle de emissão de resíduos. Em abril de 2005, foi emitida a licença de instalação do empreendimento; em agosto de 2008, a licença de operação das atividades de lavra, que foi renovada em 2010 com a licença de operação da atividade de beneficiamento de minério.

Em maio de 2011, o MPF ajuizou uma ação civil pública contra a Vale S/A, controladora da mineradora, e da Funai, alegando que o empreendimento estaria em operação sem que tivessem sido atendidas todas as condicionantes previstas em seu processo de licenciamento. O Ministério Público solicitou o deferimento de cautelar para suspender as atividades de mineração e para que fosse paga uma quantia mensal de R$ 1 milhão a ser revertida em favor das comunidades indígenas até que aquelas condicionantes fossem implementadas.

O juiz de primeiro grau acolheu o pedido parcialmente, determinando o depósito em quantia inferior para três das aldeias. Assinalou que os estudos demonstravam que havia concentração de metais no Rio Catete acima do limite estabelecido para o local, bem como o aumento anormal de casos de mal formação de recém nascidos do povo Xikrin. As associações indígenas e o MPF agravaram essa decisão, pedindo a suspensão da atividade de mineração e considerando insuficiente o depósito que estava sendo feito.

O relator do caso no TRF1 acolheu os pedidos formulados no recurso e determinou a suspensão da atividade e o depósito mensal da quantia mensal de R$ 1 milhão. A Vale S/A impetrou mandado de segurança contra essa decisão do relator e o presidente do TRF1 concedeu liminar suspendendo a decisão, ao entender que a suspensão das atividades era uma medida drástica e que a exigência do depósito mensal tinha natureza satisfativa e irreversível. A matéria chegou ao STF através de recurso do estado do Pará, que foi derrotado. Por nove votos a dois, o STF negou o recurso e devolveu o caso para o TRF1.

Com informações do Supremo Tribunal Federal

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal
Procuradoria Regional da República - 1ª Região
Tel.: (61) 3317-4583
No twitter: mpf_prr1