Abel Figueiredo, antes do fechamento do portão |
Logo depois das 16 horas, quando a prova é liberada para serem levadas pelos candidatos, uma mulher saiu de uma das salas da escola Alcides Monteiro, chorando, tremendo, quase desmaiando. Minha esposa que estava próximo, viu o desespero daquela mulher, para ela desconhecida. Talvez seja de outro município. Um dos monitores pediu que a mulher se retirasse do prédio, após averiguar que ela já havia terminado a prova. Logo depois, não se viu mais a mulher na multidão de concurseiros que já estavam do lado de fora da escola.
Já fora, por volta das 16:30, eu saía pelo portão e avistava um monteiro de gente, com semblante nada animador. Minha esposa, que aguardava junto ao prédio do meu amigo Perdigão, chamou-me para dizer que o drama estava forte, com reclamações acerca de não ter conseguido resolver as questões. Disse que não gostava de ouvir esse tipo de lamuriações e logo nos retiramos do local.
Do outro lado da cidade, após constatarmos quantas questões havia gabaritado, sentamos na frente de um hotel de Portel e a proprietária falava acerca das dificuldades que as pessoas passaram pra se deslocar de sua cidade ou estado e se sair muito mal no exame. Seu filho, também empresário, contou que um homem de Cametá chegou a chorar quando constatou que seus resultados não foram satisfatórios.
Se para aqueles que fizeram a prova o dia não foi muito alentador, imagina para aqueles que perderam o horário, chegando atrasado ao local de prova e não puder entrar porque os portões já estavam lacrados com os cadeados. Estes, infelizmente, nem puderam verificar se seu preparo valeu a pena.
QUESTÓES QUE CABEM RECURSOS
Ouvi dizer que tem um órgão com a intenção demandar judicialmente, através de mandado de segurança. Um absurdo. Existem regras contidas no edital e estas já trazem em si a previsão de recursos quanto a questões que contenham erros. Inclusive o período de recurso abre hoje, 21, indo até amanhã, dia 22 de janeiro. Por favor, não passem vergonha.
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