Sim, ele ainda vive! Estou falando do bloco carnavalesco mais antigo de Portel, no Estado do Pará. Há 40 anos, seus fundadores ainda sambam na avenida, acompanhados dos mais novos, que se rendem ao ritmo do verdadeiro carnaval de rua.
Enquanto alguns blocos surgem movidos pelo momentâneo empoderamento de grupos políticos, o bloco Vai Quem Quer supera de longe aqueles que surgem hoje e morrem amanhã. Saí hoje para assistir ao movimento que chama a atenção da sociedade portelense a percorrer a Hugo Saboia (onde tradicionalmente inicia o grande cordão humano), Floriano Peixoto e depois dobrando a recém asfaltada rua Hamilton Mora para, finalmente, chegar até a praia da Vila Velha em direção à Praia do Arucará.
Mesmo os blocos recém fundados cedem à história do carnaval de Portel, se enfileirando ora porque pequenos, ora porque não podem deixar de seguir o Vai Quem Quer. Ora, vai mesmo quem quer porque os homens se trajam de mulher, barangas, raparigas, enchimentos e perucas, com vários carros a conduzir homens, mulheres, crianças, tocando as mais famosas marchinhas de carnavais brasileiros.
Até o fechamento desta postagem, não se sabia se o Bloco do Porco vai sair, pois o mesmo vem sendo proibido desde a grande porrada do tapas e socos iniciados quando um folião animado pelo teor etílico não resistiu a um traseiro feminino e passou a mão. Ocorre que a vítima do "mão-boba" estava acompanhada do seu marido e o pau comeu.
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