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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

domingo, 23 de maio de 2010

Os artifícios para se dar bem a qualquer custo

Publicada em 23 de maio de 2010 e atualizada em 19 de fevereiro de 2015, às 19:19h.


Uma coisa eu não entendo, mas ao mesmo tempo entro em consenso comigo mesmo como se eu tivesse duas versões sobre os acontecimentos que se descobrem numa prefeitura com pouco recurso como a prefeitura de Portel. Trata-se agora não de servidores fantasmas descobertos pelo prefeito Pedro Barbosa ou seja quem, na ordem de 87 pessoas, mas de alunos para aumento de carga horária.

Eu sei que a coisa está preta após o fechamento da AMACOL e demais empresas que não conseguiram implantar o manejo florestal e demais exigências legais no sentido de preservar a floresta amazônica, após a pressão dos organismos que fazem vigilância sobre as drásticas consequências como o aquecimento global. Mas é importante ressaltar que há outras alternativas através das quais se pode conseguir um meio de sobrevivência sem se envolver em falcatruas que logo são descobertas.

Fontes fidedignas de dentro da SEMED me informaram que há professores que, no sentido de avolumar o salário por meio de aquisição de carga horária, recorrem a inserção de alunos fantasmas nas cadernetas. E não consigo conceber a ideia de que não haja participação de superiores como diretores e coordenadores e demais figuras que deveriam fiscalizar o número de alunos, especialmente os secretários escolares.

Espero que ações sejam tomadas, pois desde 2007 eu ouço falar nesse tipo de fraude. Ou será que só se tem olhos para pessoas non gratas aos inatingíveis da SEMED?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

SINTEPP DÁ AULA SOBRE PCCR AOS PARLAMENTARES



A categoria compareceu e lotou as dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, ontem (19/05), para apresentar aos deputados estaduais as nossas principais divergências ao Plano do Governo Ana Júlia.

Foi uma verdadeira aula aos deputados que ficaram surpresos com a falta de compromisso do Governo do Estado com a educação e a valorização dos profissionais da área. Dentre as várias intervenções aos parlamentares, os Coordenadores do Sindicato apelaram ao bom senso dos deputados para rever vários equívocos que reduzem salários e subtraem direitos da categoria, conquistados há muitos anos. “Esse plano regerá as nossas vidas funcionais daqui em diante, aprovar um plano recuado é rebaixar ainda mais os piores salários do Brasil”, comenta a profª Conceição Holanda, coordenadora geral do SINTEPP.

Os onze deputados que estavam presentes à audiência pública se comprometeram em fazer emendas ao PCCR de acordo com as reivindicações apresentadas pelo sindicato. Foi definido, também, que a votação do projeto de lei, acontecerá antes do recesso parlamentar. Ou seja, os deputados têm dez sessões para colocarem em pauta as propostas de substitutivos à Lei do PCCR.

Nossa receptividade por parte dos parlamentares foi muito boa, inclusive com discursos inflamados por parte de alguns, que afirmaram que nossas reivindicações são justas e que por isto, estarão se empenhando ao máximo, para fazerem as adequações necessárias para que o plano atinja todos os trabalhadores em educação, inclusive os excluídos pelo Governo Ana Júlia.

Sabemos muito bem que estamos em um ano eleitoral e que a maioria dos deputados presentes à audiência pública querem a reeleição e que por isto, aparentemente, estão do nosso lado. Sabemos ainda, que é neste momento que precisaremos intensificar as nossas forças para que este plano seja votado antes do recesso parlamentar.

O Projeto de Lei do PCCR encontra-se na CCJ - Comissão de Constituição e Justiça – cujo relator e o Deputado Márcio Miranda, também presidente da Comissão de Educação, posteriormente será encaminhado à Comissão de Finanças da Casa.

No dia 25 de maio (terça-feira), está marcada uma nova reunião com as Comissões de Educação, Justiça e Finanças da Assembleia, com participação dos coordenadores do sindicato e técnicos do governo.

Apesar das discussões tomarem outros rumos, a categoria responsabiliza diretamente o Governo do Estado e todos os quatro Secretários(as) de Educação que passaram pela SEDUC, nestes três anos e meio, pelo fiasco do PCCR. Não esqueceremos mais este golpe aos nossos direitos.

ASSEMBLEIA GERAL DIA 21 DE MAIO (SEXTA-FEIRA) – 9 HORAS
NO CENTRO SOCIAL DE NAZARÉ

sábado, 15 de maio de 2010

A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA


                                                                                                                                      by Ronaldo de Deus

                                                     " Algumas pessoas demonstram tanto respeito por seus superiores   que não      sobra nenhum para elas mesmas "   


Antes que alguém venha dizer que perseguição política é coisa da minha cabeça, algo de se fazer de vítima, quero dizer que uma das provas de que fui perseguido politicamente nos anos  90 é a minha indenização que recebo juntamente com mais 18 colegas. Eu e esses nobres servidores públicos fomos injustamente exonerados de nossos cargos simplesmente por não compactuarmos com os desmandos cometidos naquele triste e enfadonho governo. Diante daquilo que chamo de humilhação pública, adentramos, eu, Severino Sena, Edna Maués, Socorro Lobato, entre outros, com ação contra a prefeitura de Portel, reivindicando o cargo, valores devidos e mais danos morais, como manda a Constituição desta Nação, em caso de exoneração ilegal. Lógico que o juiz que atuou no caso foi imparcial e fez valer os direitos dos humildes servidores públicos e foram reintegrados aos seus devidos postos de trabalho, merecendo uma indenização à altura.

    Mas um gestor não atua, nem sai por aí apregoando que eu ou qualquer outra pessoa deverá ser perseguido. Quando o faz, denota através de gestos, como não receber alguém que vai até as dependências da prefeitura e lá dentro ele está reunido com seus apanhiguados (popularmente conhecidos como puxa-sacos) contando piadas ou outra atividade trivial.

No meu entender, os interesses vinculados direta ou indiretamente ao poder público são: tráfico de drogas, licitação fraudulenta, desvio de arrecadação, empreguismo, venda de produtos superfaturados, associado ilegal na Colônia Z-47 (tem muitos empresários como sócio!) – nunca foi pescador na vida! -, entre outros, que no vai e vem da vida eu critiquei e fui penalizado, como se a vida num município estivesse revivendo a Idade Média e queimar vivas bruxas estivesse na moda novamente.

    Inegavelmente o setor do tráfico de drogas rendeu muito dinheiro no passado e continua rendendo mais ainda hoje; licitação é algo de milionário, pois enriquece qualquer pessoa que entre no ramo para pegar milhões por obras mal feitas como a da Ilha Grande do Pacajaí ou a obra do Conjunto da Cidade Nova; quanto ao desvio de arrecadação, somente no início de uma dada gestão, no início do ano a arrecadação proveniente da madeira girava em torno de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) e dois meses depois já caíra para R$ 3.000,00 (três mil reais)!; em relação aos produtos superfaturados, verificou-se, só para se ter uma idéia, que o preço de uma vassoura cujo preço praticado era R$ 2,00 (dois reais), na nota aparecia com o valor de R$ 7,00 (sete reais); o emprego sempre foi usado como meio de troca com os votos recebidos, por isso a maioria dos prefeitos truculentos não ousava fazer concursos públicos, e, quando fazia, era por força da lei, geralmente pressionada pelo Ministério Público; e essa de ser sócio da colônia de pescadores e possuir um capital avantajado não é mera coincidência de existir em outros lugares do Brasil, pois muita gente acha o setor bom para receber uma bela indenização e assim poder pagar uma moto ou a prestação de um carro, quando não paga a faculdade de um filho. Claro que também está enliado à barganha de votos, por isso que muitos políticos controlam a vida dos pobres pescadores; enfim, se esqueci de citar mais uma fonte, por favor, entre no espaço de comentários e enriqueça mais esse texto, que poderá redundar em pesquisas e até TCC’s dos cursos a nível superior levado a sério.
Pedro Barbosa, decreto contra professor doente, Rosangela Fialho, perseguição política
Prefeito Pedro Barbosa atende pedido de Rosângela Fialho: redução de carga horária de concursados
Pedro Barbosa
    E por falar em nível superior, mesmo sabendo disso, os mandantes e imortais da SEMED, quase seres intocáveis, tiram a carga horária de servidores matriculados em faculdades particulares, apesar de o prefeito intervir, há vereador com poder de impedir a proeza de perseguir um pobre professor em busca de conhecimentos, amparados, em sua maioria de vezes, em argumentos bem feitos e/ou ouvidos menos aguçados. Fiz bem em sugerir que a carga horária fosse atribuída de acordo com o tempo de serviço e idade, isso como proposta ao novo PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração). Enquanto isso, a distribuição de carga horária fica dependente dos critérios flutuantes dos diretores e de quem os indicou (políticos). Além dessa prática, vinha-se usando o desconto desde que o Paulo Oliveira, chefe de gabinete do então secretário de educação Orziro Santana, estabeleceu o desconto em folha de quem faltasse, apesar da possibilidade de reposição de aulas. No entanto, Pedro Barbosa foi explícito ao assinar um ofício, em 8 de janeiro de 2010, encaminhado à secretária de educação Rosângela Fialho, onde ordena a redução de carga horária pelo fato do professor estar doente ou ter faltado por motivo de força maior (veja cópia do documento acima).
    Quando conversei outro dia com uma sindicalista, este disse que sua carga horária permanecia em 100 horas (o mínimo que a prefeitura paga), os imorríveis disseram que não podiam ser acrescidas mais horas aos membros do SINTEPP para que estes pudessem desempenhar melhor as suas funções! Outro absurdo: se uma pessoa adoecer e faltar, mesmo com sérias comprovações de exames médicos, como foi o meu caso, um diretor PODE fazer um relatório dizendo que este servidor falta muito e que está à disposição da secretaria de educação. Mas asseguro que este não foi o caso, pois, diante da situação, apresentei uma proposta através de projeto, onde propunha dar aula de inglês aos muitos professores da zona rural que pegam carga horária sem saber falar o idioma estrangeiro para ter a carga horária aumentada. Levei a proposta ao diretor de ensino, ao vice-prefeito Carlos Moura e não resultou em nada. Resumo, a questão era política: passei a ser perseguido após ajudar na eleição da atual presidente do STTR (sindicato rural) e contrariar os interesses vinculados aos repasses feitos do governo federal e estadual a obras às quais as entidades sindicais intermediam. Claro, a soma destes projetos é enorme, atraindo a gatunagem.