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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

sábado, 30 de julho de 2011

HISTÓRIAS DA AMAZÔNIA


Nesta sexta-feira fiz uma viagem a Belém, cuja embarcação foi, por sinal, é muito confortável, apesar de ter um gosto amargo quando se fala nos custos com alimentação. O preço da passagem já é salgado, pois o cidadão tem que despender 70 reais para ir de rede, e ainda por cima tem que pagar a alimentação, num valor de 7 reais. É estranho porque já é uma tradição o fornecimento da refeição com custo embutido no bilhete da passagem, fato deixado como marca desde os áureos tempos do São João, naqueles tempos pertencente à família Cardoso.
É comum, numa situação de solidão quando se viaja sozinho, ficar pensando em coisas particulares, especialmente olhando a paisagem e, nesse momento em que eu me encontrava, vi uma mulher dentro de uma canoa, cujo bico estava preso no aningal. Sabia exatamente o que aquela mulher estava fazendo, pois já vi centenas de outras pessoas em situação semelhante. Era uma pescadora, do tipo artesanal, em busca, quem sabe, do seu almoço. Isso me fez refletir.
Ocorre que nós, inclusive como professores, chegamos a reclamar do salário baixo, das condições de trabalho, da falta de perspectiva quando se vê o plano de cargos ser dizimado pelos políticos, a gente não percebe que existem pessoas quem lutam por um prato de comida. Vou mais além em considerar posição social que aquela mulher tem na sociedade e a música do bar diz: “eu era feio, agora tenho carro...”, como se fosse um complemento aos meus pensamentos de que uma pessoa pobre não é enxergada e fica, talvez, sem condições de galgar mais um degrau da escala social. Primeiro que ela certamente não estudou, depois vem de uma família pobre, ao que a sociedade capitalista não vai dar uma chance de mudar de vida, uma garantia mínima de ter alimentação farta, roupa para vestir os filhos, dinheiro para comprar livros, enfim bancar a educação de um futuro cidadão.
No entanto, mais adiante, no porto de Breves, vi outra situação. Eu olhava em direção às voadeiras e Jet-skis quando notei uma garotinha numa faixa etária, supus, entre nove e dez anos, se dirigindo a mim: “Vai uma ajuda aí?” Olhei para ela e esta desviou o olhar em direção a um cidadão com um pacote de biscoito. O cidadão lançou o pacote e, imediatamente, ela escondeu o biscoito debaixo do bico do casco. Aquilo é uma estratégia para que outras pessoas continuem a doar mais alimento. A mãe, na popa da canoa, evita olhar nos olhos dos viajantes.
Com estas duas histórias, deixo você, caro leitor, encarregado de pensar na situação social das pessoas, e desejar um ótimo fim de férias a todos.

sábado, 23 de julho de 2011

IESM TERMINA COM SEMANA DE FEIRA

Turma B garantiu a alegria das crianças
Em tempos de férias também se aprende com aula de qualidade.Foi o que dezenas de crianças perceberam neste fim de semana na quadra do Abel Figueiredo, escola onde funcionam as aulas do INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO MARAJÓ. Eventos dessa natureza estão se tornando constantes em Portel. Inclusive recomendamos que os pais fiquem atento aos eventos realizados pelas faculdades. Todos os meses de férias os acadêmicos desta faculdade produzem grandes atrações educativas que valem a pena conferir.
As crianças tiveram oportunidade de ler livros infantis, assistir a teatro de fantoches, encenações da peça Deu a Louca nas Histórias de Conto de Fadas.
Mês de julho no passado: sol e praia tem demais
Um stand montado pelos acadêmicos exibia uma coleção de fotos dos tempos passados e, para contrastar, outras fotografias dos tempos atuais. Esse momento enriquece muito o aprendizado das novas gerações, que podem constatar, assim, as mudanças ocorridas e os fenômenos políticos e econômicos de Portel.
Houve, por exemplo, um momento em que estudantes, acompanhados da histórica Edina Fialho, conseguimos reverter um quadro genocídico. As autoridades daquele período pretendiam fazer uma remodelação da Igreja do Espírito Santo, que é conhecida como Igreja Velha. Felizmente conseguimos convencer que a igreja deveria, em vez de ser reconstruída, passar por uma restauração. Nesse mesmo período também ficou registrado na memória de muitos colegas meus, estudantes do Paulino de Brito, a luta pela preservação de uma árvore gigantesca situada em frente ao hospital e bem a beira da praia. Perdemos essa batalha: tombou.
Houve, no entanto, uma apresentação que merece até a atenção de gente grande. Foi uma coleção de moedas antigas, uma parte da história do município de Portel.Entre elas, uma moeda do ano de 1776. Quem pensa que essas relíquias pertencem ao Museu de Portel está muito enganado. Segundo a equipe que apresentou o trabalho, faz parte de uma coleção particular. Peças históricas assim foram sequestradas por muitos estrangeiros que as adquiriram a preço de banana, muitas vezes iludindo crianças que não sabiam dos valores que as mesmas continham.

Cédulas antigas: cortesia de colecionador portelense

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Seminário de mobilização contra o escalpelamento acontecerá em Breves


Agência Pará de Notícias

O município de Breves, na Ilha do Marajó, sedia de 10 a 12 de agosto o primeiro Seminário de Mobilização Social e Capacitação de Combate ao Escalpelamento. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação de Educação em Saúde e Mobilização Social e da Comissão Estadual de Erradicação do Escalpelamento. O objetivo do evento é erradicar esse tipo de  acidente, ainda comum em áreas ribeirinhas e que vitima dezenas de mulheres e crianças. O arquipélago do Marajó é a região que registra o maior número de ocorrências de escalpelamento atualmente.

Somente em 2011 já foram quatro os acidentes deste tipo, ocorridos em Portel, Curralinho, Barcarena e Oriximiná. Em 2009 as ocorrências chegaram a 20, caindo para cinco em 2010. Apesar dessa redução, o Estado e demais entidades que atuam no combate a esse problema trabalham intensivamente para eliminar de uma vez por toda essa prática, ainda comum entre alguns condutores de barcos, de navegar sem a  proteção do eixo dos motores.

A coordenadora de Educação em Saúde e Mobilização Social da Sespa, Socorro Silva, explica que a região do Marajó tem sido alvo de ações permanentes voltadas para esse fim. "O governo do Estado tem se esforçado para firmar parcerias com sindicatos de pescadores, barqueiros, pastorais, conselhos tutelares e rádios comunitárias para sensibilizá-los sobre o escalpelamento. Durante o mês de julho, isso tem sido feito também na Operação Verão, com a distribuição de panfletos e cartazes", diz.
Além da Sespa, participarão do seminário em Breves representantes de todos os organismos que compõem a Comissão Estadual de Erradicação do Escalpelamento: Programa de Atendimento Integral às Vítimas de Escalpelamento (Paives) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e do Espaço Acolher; Capitania dos Portos da Amazônia Oriental; Defensoria Pública da União – Seção Pará (DPU); Ministério Público Estadual (MPE); Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro); Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) e Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape).

Serviço: O seminário acontecerá no auditório do Centro de Desenvolvimento e Educação Profissional de Breves (CEDEP), localizado à avenida Rio Branco, s/n, bairro do Aeroporto. Informações pelo telefone (91) 4006-4329.

sábado, 16 de julho de 2011

VENHA CURTIR AS FÉRIAS EM PORTEL

Natureza e cultura: Saberes da Terra
Como nosso blog é visitado por pessoas de todo o mundo, tal como o líder Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Islândia, Japão, entre tantos outros, assim como também todos os estados brasileiros, aproveitei o mometo para mostrar um pouco da minha cidade, local da sede do blog Educadores de Portel. 
Essa foto ao lado mostra uma área que serve de experiência e lar para dezenas de jovens que participam de um programa voltado para o setor do campo, ou seja, meninos e meninas da área rural estudam assuntos relacionados a vida no interior, como plantação, teoria e prática.
Museu de Portel, na praia Aruracá: o útil e o agradável
Neste período de férias, Portel começa a receber turistas, os quais vêm de toda parte do Brasil, especialmente curtir as praias e as lindas garotas, natureza, paz, enfim, cada um com seu motivo. Às vezes serve até para visitar um parente... vale tudo. Não dispomos de uma estatística para afirmar números de visitas, mas a verdade mesmo é que os hotéis são a referência da movimentação de pessoas. E isso gera renda. Centenas de ambulantes servem de tudo. Comida típicas da região, bebidas, sol... O resto ficam com sua imaginação, pois Portel é um lugar aprasível, com tanta beleza que só vocês de fora é que podem avaliar melhor, sou muito suspeito para falar dessa cidade.
Há uma grande quantidade de modalidades esportivas ocorrendo durante todo o mês de julho. E nesse domingo 17 haverá a escolha da Garota Pancadão, nome alusivo aos carros com som automotivo. Ainda lembrando as beldades do município, no último domingo das férias ocorre o tradiconal baile da Musa Verão, onde você tem a oportunidade de ver as criaturas mais lindas do local.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

GOVERNO BRASILEIRO VAI MANDAR ALUNOS PARA ESTUDAR NO EXTERIOR


Achei interessante esta leitura, que repasso a vocês, caros leitores.
Alunos serão enviados para as melhores universidades do mundo com o objetivo de melhorar a formação dos profissionais brasileiros.
Por Redação da Computerworld*
12 de julho de 2011 -
O governo federal vai oferecer 75 mil bolsas de estudo para pesquisa e estágio no exterior até 2014. O anúncio foi feito pela presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega do Prêmio Anísio Teixeira, realizada no Palácio do Planalto, ontem 11/6. A premiação faz parte das comemorações dos 60 anos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
As bolsas farão parte do Programa Ciências sem Fronteiras, que oferece aos estudantes a oportunidade de estudar nas melhores universidades do mundo. As bolsas do programa serão lançadas por meio de editais, em que as universidades apresentarão propostas, e terão financiamento pela Capes e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
O governo pretende que essas 75 mil bolsas atinja o total de 100 mil, com a participação do empresariado. “Temos o desafio de sensibilizar o setor privado para contribuir para a formação de mais 25 mil estudantes”, disse a presidenta.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou que o crescimento do Brasil se dará com a capacitação dos brasileiros em todos os níveis. “O maior ideal de Anísio Teixeira era a formação de recursos humanos de nível superior, não para o nível superior, mas para toda a educação”, disse ele.
Para contribuir para uma formação completa da educação básica à pós-graduação, o portal de periódicos da Capes oferece todo o conteúdo da Enciclopédia Britânica Escola Online para estudantes do ensino fundamental de escolas públicas brasileiras. O conteúdo pode ser acessado em computadores localizados nas dependências das escolas públicas. Mais de 27 milhões de alunos terão acesso aos conteúdos.
*Com informações da Agência Brasil

domingo, 10 de julho de 2011

TORNEIO DE BILHAR EM PORTEL

Elton perde para a estratégia do oponente, que aplicou uma sinuca no velho estilo de jogo
Os empresários de Portel precisam apoiar eventos como o III Torneio de Verão, realizado pela prefeitura municipal de Portel, que aconteceu neste sábado. Quarenta e dois jogadores se enfrentaram numa tarde inteira, em que se reuniram as maiores feras do esporte de taco.

terça-feira, 5 de julho de 2011

REUNIÃO DA COMISSÃO DO RIO ACUTIPEREIRA E GOVERNISTAS RECEBEM DENÚNCIAS


Moradores denunciam às autoridades do município
As palavras do vice-prefeito, no final da grande reunião da Comissão Dirigente do rio Acutipereira, resumiu bem a situação do abandono das comunidades mais organizadas de Portel, quando este disse que o grande problema que a região do Acutipereira tem é não ter mais se reunido para tratar dos seus problemas.
E tinha toda razão. Oitenta e uma pessoas falaram em um só tom as queixas ao diretor de Ensino, Rosivaldo Paranhos, que assumiu todas as denúncias em nome da secretária de educação, que mais uma vez esteve ausente, desta vez, de acordo com Paranhos, “está se recuperando de uma cirurgia”.
Caminhando para trás
O primeiro cidadão a fazer a denúncia foi o morador da vila Boa Vista, Sebastião, o Sabá, que iniciou sua fala dizendo que as coisas não são resolvidas porque as autoridades convidadas nunca se apresentam para discutir os problemas da comunidade ao serem convidadas, mas que desta vez os comunitários não estavam falando sozinhos. Sebastião falou que as coisas estão caminhando para trás, com problemas que a secretaria não se manifesta, não reúne com a comunidade, como se as pessoas não tivessem direitos, que tem esperado para contribuir, como pai de alunos, por uma educação de qualidade; outra coisa negativa foi quando o Ensino Médio saiu, e seu filho já deveria ter concluído, e isso foi um prejuízo tanto para ele como aluno como para seus pais. A educação não condiz até o momento.
Lucivaldo (Xerengue), da comunidade Menino Deus, rio Mocajatuba, falou sobre a escola, que chovia porque o teto estava furado, e um lugar agradável é fundamental para que as crianças se sintam á vontade para estudar e a escola da comunidade Menino Deus caiu, e esteve com a secretária de educação e até o momento não houve resposta. A comunidade cedeu o prédio da sede comunitária para as aulas se realizassem e não houve resposta quanto à proposta de parceria com a SEMED e a escola de referência, o pólo, Ezídio Maciel, está caindo.
A dirigente da comunidade São Miguel, Walma Pinheiro Teles, disse que está enfrentando dificuldades devido à ausência do professor em sala de aula, pois são vinte dias letivos e só se tem aula em 13 dias do mês, e outra coisa é em relação ao ensino médio, quando são apenas dez alunos e, quando estes passarem, não terão ensino médio; sabe-se que pode melhorar, pois acompanha os noticiários sobre melhorias na qualidade de ensino, mas nas nossas escolas não está havendo essa melhoria, porque o Governo Federal cria esses programas e a realidade no campo precisa melhorar muito, em relação a professor, a estrutura. Segundo Walma, o próprio prefeito falou numa reunião na Aparecida, que as escolas do tempo do Elquias iam cair. Em sua comunidade as professoras dão aula na mesma sala ao mesmo tempo, e acredita que isso não dá condição de aprendizado. Em relação a coordenação, a senhora Walma disse que a Inês convocou a comunidade e alunos para instituir um conselho, houve uma votação, pegaram documentos, depois não houve retorno dos papéis para assinar, e, até o momento, após cobranças, a coordenadora não deu nenhuma resposta.
Martino falou que sua queixa é em relação a professor, questionando se é lícito dar zero ao aluno, porque acha que o professor Paulo Henrique falta às segundas-feiras, e, por isso, achou melhor retirar seu filho da escola. Ante à queixa de sua esposa, o professor disse que podiam denunciá-lo. Disse que o professor é alterado e achou que, para evitar outros problemas, pediu a sua esposa para parar com a questão e retirar o seu filho da escola.
O Raimundo Santana (Dico) falou sobre a comunidade São Miguel, onde tem filhos matriculados, e, ao reclamar, o professor já vem com pedras nas mãos; transferiu seu filho para Portel e este não se acostumou e voltou. Assim, Dico pede compromisso com a educação. Pediu que estivesse presente o diretor, a coordenadora, porque estes diretores estão trazendo seus amiguinhos, e estes fazem o que querem porque tem apoio e a SEMED espera que o diretor leve a informação e esta não chega ao destino. A escola não tem apoio pedagógico, e o diretor transporta a merenda até a escola, mas não conversa com ninguém, mandou um recado para que este pai fosse conversar com ele no Ezídio e não esperou  para conversar com ele naquele momento. Indagou ao diretor de ensino a respeito da situação dos concluintes do ensino médio, pois no tempo do programa Saberes da Terra, quando houve a conclusão do curso, houve uma festa, e a cidade ganhou uma escola técnica e esses alunos estiveram em formatura na Assembléia de Deus; estava lá o Ganzer, o dinheiro estava liberado e que ouviu dizer que outro município ganhou essa escola. Os ganhos do tempo dos Saberes da Terra foram perdidos.
A sindicalista e membro dos movimentos sociais, Osvânia Ferreira, aVanica, ao lembrar que a fala Sabá, na qual dizia que as coisas estão indo pra trás, disse que essas estão indo pra trás na questão da estrutura, da direção e da coordenação, pois as queixas chegam todos os dias ao seu conhecimento no sindicato rural. E é preciso que os pais saibam dos direitos que lhes cabem, tal como o que disse o prefeito ao dizer que as escolas “caixas” estão caindo. No dia em que a coordenação foi entregar merenda, não fizeram reunião com os comunitários que estavam presentes por ocasião do término do culto. A professora não tinha uma relação dos alunos e ela não sabia como começar. Falou ao diretor Angeniro que precisava de uma reunião e este disse que iria fazer uma reunião. Depois de certo tempo, de volta à comunidade, perguntou se o diretor havia feito alguma reunião e os moradores disseram que este não fez nada. Antes as coisas estavam mudando, mas as reuniões eram freqüentes, porém, após ficar ocupada no sindicato, as coisas pararam. Os membros da comissão não levam ao seu conhecimento, apenas nesses últimos dias o Teofro e o Walmir estiveram lá para reivindicar algumas questões que os afetavam. Há professores bons, que receberam capacitação, mas a questão da estrutura é um problema onde à qualquer momento pode haver um desabamento. No tempo da elaboração do projeto político pedagógico, as comunidades reuniam e as coisas estavam andando, mas depois disso as coisas pararam. Não se pode dizer que a educação não está fazendo nada, está, mas precisa melhorar. Juntamente com o Walmir, lutou para que o ensino médio viesse, no entanto as reivindicações pararam.
Dilas falou que o teto da escola de sua comunidade também está caindo, a cozinha não funciona, a merenda corre risco de estragar, não tem uma merendeira, não se pode culpar o professor, que não pode dar sua aula e fazer merenda ao mesmo tempo, assim como se corre o risco de furto, porque isso existe em todo lugar. Pediu que o diretor de ensino fosse lá verificar essas situações.
A dirigente da comunidade São Bento, Maria Madalena, disse que gostaria que o diretor da escola Ezídio estivesse presente, e se agradou de sua administração, no início, mas depois, isso se desfez, quando ele fez uma farra no dia de 18, às vésperas da visita do navio Madona e se repetiu no dia 19 de maio, onde havia gritarias em horários impróprios, depois da meia noite, perturbando o sossego dos moradores mais próximos do alojamento. Disse que o professor é muito rígido no tocante à freqüência dos professores, e isso é um ponto positivo, no entanto ele age de forma muito individualista, e isso torna difícil a tentativa de ajudar.  Este, segundo Maria Madalena, disse que comunidade em parceria com a escola é um problema, e por isso entendeu que ele não trabalha de forma coletiva.
A presidente do Sindicato Rural, Gracionice pediu espaço para fazer alguns questionamentos e, na sua fala, disse que, ao trabalhar no dia-a-dia do STTR, recebe denúncias a todo o contexto social e o sindicato tem competência para resolver algumas questões, e quando não pode, chama quem pode. Esses problemas citados aqui são de competência da comunidade em fazer a denúncia. Quando se fala sobre a competência da direção e da coordenação, há uma pergunta no diagnóstico sobre as reuniões do diretor, e os ribeirinhos afirmam que este não faz reunião. Há políticos partidários que não tem responsabilidade, hoje querem voto e amanhã querem te prejudicar, é preciso ter uma política voltada para a população. Tem brigado tanto com a secretaria estadual para o funcionamento do ensino médio e não foi repassada a matrícula desses alunos que concluíram o ensino fundamental e os responsáveis não tinham resposta para que estes ingressassem no ensino médio. Onde se encontra a secretária para fazer essas verificações? Todo fim de ano há a responsabilidade de fazer matrícula, e é preciso retomar as discussões no rio Acutipereira, porque essas pessoas passaram fome, perderam seu tempo, e as conquistas não podem se perder. Direito só no papel não adianta, o estado não colocou o médio aqui porque o número não condiz com o requerido. Foi uma falha também dos pais, porque, apesar de lutarem, houve essa falta de responsabilidade em dizer se foi ou não aprovado.
Em seguida, após ouvir as reclamações dos ribeirinhos, o diretor de ensino Rosivaldo Paranhos tentou responder:
Sobre as obras e as denúncias que não chegam
Paranhos: Turbilhão de denúncias
Paranhos: Portel é um dos maiores municípios, e o acesso é muito complicado, e, diante disso, quando se pretende fazer chegar nos lugares distantes as políticas públicas se torna difícil, e há um anseio pela educação de qualidade. Tanto se fala em regime de colaboração, a parceria, e, ao assumir a diretoria de ensino, havia 213 escolas, ou melhor, salas de aula, onde se estudava até a 4ª série, e, ao transferir esse aluno, não tinha validade, era pra se “desemburrar” o aluno.
Sobre  falta de recursos e o ensino médio
Paranhos: Tem que se garantir o acesso e permanência dos alunos, e os barcos tem que funcionar, e esse investimento está a ordem de 300 mil reais. Nesse caso, tem que se estabelecer prioridades, tal como o conselho escolar, tem que ver o que é mais prioritário. Depois, foi instalado o módulo, no sentido de ofertar 5ª series, onde se tem um número reduzido de horas, e nenhum professor com formação virá, e a única forma foi implantar nos lugares onde existem alunos nas proximidades, assim o professor vai dar sua disciplina e assim vai se revezando com outros de outras disciplinas. Para existir validade tem que passar pelo conselho estadual, que exige estrutura, professor formado, e assim se anexa cada sala de aula a uma escola da cidade. Cada avanço que se gera, amplia-se mais demanda. Perguntou sobre a demanda, pois se houver uma escola em cada comunidade, pode esquecer as séries finais, nem se pode manter uma servente em cada escola. Pode-se até propor isso ao pretender votos, mas vai desestruturar. Daí a idéia de se colocar todos numa escola grande, onde se reúna todos num só local. A educação tem esse lado histórico de se fingir que se ensina e fingir que se aprende, e hoje há uma demanda e deve-se entender que até hoje a responsabilidade pelo ensino médio é do estado.  O que o município pode fazer é ceder espaço, e o estado tem problema com relação a professor que não quer se deslocar para o interior. Mesmo que se queira, tem que esperar pelo estado, agora mudou de governo e assim muda de secretário e também de política educacional. Aquilo em que o município pode, este entra como parceiro, como na questão de alimento escolar.
Sobre o retrocesso na educação
Cada avanço que se gera, amplia-se mais demanda. Disse em relação a fala do Sabá, ao dizer que anda para trás. Se fosse para gerar voto, colocaria escola de qualquer jeito. Com a preocupação que tem, vê-se a prioridade, como a questão da estrutura, que foi muito questionada na reunião.
Sobre direção e coordenação
A atribuição do diretor é levar as questões administrativas, mas não pode dizer que a parte pedagógica não é com ele, pois não se pode isolar da mesma. O coordenador tem a atribuição de ajudar nas dificuldades, fazer formação dos professores, dar orientação pedagógica aos alunos e aos professores, mas vai da responsabilidade de cada um, pois há aqueles que têm compromisso, e há aqueles que não têm, e, nesse caso, é fundamental as denúncias. Se a gente quer resolver só os problemas pessoais, e a comunidade não interessa, é melhor se isolar numa ilha.
Sobre o fornecimento da energia elétrica
A questão do motor é um exemplo onde houve parceria durante muitos anos e agora que a escola tem seu gerador, não fornece energia para a comunidade. Se der energia para todos, o motor não vai suportar e isso vai gerar uma bola de neve, não haverá como manter.
Denúncias sobre as orgias do diretor e professoras
Em relação a denúncias sobre bebedeiras, vai fazer uma chamada ao diretor assim que retornar a Portel e se tomará algumas providências
.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

UM INTERIOR EM FESTA

Mesmo com uma escola caindo em pedaçõs, o povo do Acutipereira encontra esperança de dias melhores, especialmente através da dança. Centenas de pessoas se aglomeraram no terreirão montado na vila Boa Vista, neste dia 30 de junho.
Sementes do Campo, organizado pela professora Odinéia
Grupo de carimbó Raízes do Campo, do Inferno

Segundo opinião de um dos moradores da Boa Vista, o grupo de danças do Inferno apresenta bom desenvolvimento, apesar de sua recente criação.