by Ronaldo de Deus
" Algumas pessoas demonstram tanto respeito por seus superiores que não sobra nenhum para elas mesmas "
Antes que alguém venha dizer que perseguição política é coisa da minha cabeça, algo de se fazer de vítima, quero dizer que uma das provas de que fui perseguido politicamente nos anos 90 é a minha indenização que recebo juntamente com mais 18 colegas. Eu e esses nobres servidores públicos fomos injustamente exonerados de nossos cargos simplesmente por não compactuarmos com os desmandos cometidos naquele triste e enfadonho governo. Diante daquilo que chamo de humilhação pública, adentramos, eu, Severino Sena, Edna Maués, Socorro Lobato, entre outros, com ação contra a prefeitura de Portel, reivindicando o cargo, valores devidos e mais danos morais, como manda a Constituição desta Nação, em caso de exoneração ilegal. Lógico que o juiz que atuou no caso foi imparcial e fez valer os direitos dos humildes servidores públicos e foram reintegrados aos seus devidos postos de trabalho, merecendo uma indenização à altura.
Mas um gestor não atua, nem sai por aí apregoando que eu ou qualquer outra pessoa deverá ser perseguido. Quando o faz, denota através de gestos, como não receber alguém que vai até as dependências da prefeitura e lá dentro ele está reunido com seus apanhiguados (popularmente conhecidos como puxa-sacos) contando piadas ou outra atividade trivial.
No meu entender, os interesses vinculados direta ou indiretamente ao poder público são: tráfico de drogas, licitação fraudulenta, desvio de arrecadação, empreguismo, venda de produtos superfaturados, associado ilegal na Colônia Z-47 (tem muitos empresários como sócio!) – nunca foi pescador na vida! -, entre outros, que no vai e vem da vida eu critiquei e fui penalizado, como se a vida num município estivesse revivendo a Idade Média e queimar vivas bruxas estivesse na moda novamente.
Inegavelmente o setor do tráfico de drogas rendeu muito dinheiro no passado e continua rendendo mais ainda hoje; licitação é algo de milionário, pois enriquece qualquer pessoa que entre no ramo para pegar milhões por obras mal feitas como a da Ilha Grande do Pacajaí ou a obra do Conjunto da Cidade Nova; quanto ao desvio de arrecadação, somente no início de uma dada gestão, no início do ano a arrecadação proveniente da madeira girava em torno de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) e dois meses depois já caíra para R$ 3.000,00 (três mil reais)!; em relação aos produtos superfaturados, verificou-se, só para se ter uma idéia, que o preço de uma vassoura cujo preço praticado era R$ 2,00 (dois reais), na nota aparecia com o valor de R$ 7,00 (sete reais); o emprego sempre foi usado como meio de troca com os votos recebidos, por isso a maioria dos prefeitos truculentos não ousava fazer concursos públicos, e, quando fazia, era por força da lei, geralmente pressionada pelo Ministério Público; e essa de ser sócio da colônia de pescadores e possuir um capital avantajado não é mera coincidência de existir em outros lugares do Brasil, pois muita gente acha o setor bom para receber uma bela indenização e assim poder pagar uma moto ou a prestação de um carro, quando não paga a faculdade de um filho. Claro que também está enliado à barganha de votos, por isso que muitos políticos controlam a vida dos pobres pescadores; enfim, se esqueci de citar mais uma fonte, por favor, entre no espaço de comentários e enriqueça mais esse texto, que poderá redundar em pesquisas e até TCC’s dos cursos a nível superior levado a sério.
Prefeito Pedro Barbosa atende pedido de Rosângela Fialho: redução de carga horária de concursados |
Pedro Barbosa |
Quando conversei outro dia com uma sindicalista, este disse que sua carga horária permanecia em 100 horas (o mínimo que a prefeitura paga), os imorríveis disseram que não podiam ser acrescidas mais horas aos membros do SINTEPP para que estes pudessem desempenhar melhor as suas funções! Outro absurdo: se uma pessoa adoecer e faltar, mesmo com sérias comprovações de exames médicos, como foi o meu caso, um diretor PODE fazer um relatório dizendo que este servidor falta muito e que está à disposição da secretaria de educação. Mas asseguro que este não foi o caso, pois, diante da situação, apresentei uma proposta através de projeto, onde propunha dar aula de inglês aos muitos professores da zona rural que pegam carga horária sem saber falar o idioma estrangeiro para ter a carga horária aumentada. Levei a proposta ao diretor de ensino, ao vice-prefeito Carlos Moura e não resultou em nada. Resumo, a questão era política: passei a ser perseguido após ajudar na eleição da atual presidente do STTR (sindicato rural) e contrariar os interesses vinculados aos repasses feitos do governo federal e estadual a obras às quais as entidades sindicais intermediam. Claro, a soma destes projetos é enorme, atraindo a gatunagem.
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