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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

quarta-feira, 27 de abril de 2011

APREENSÃO DE MADEIRA GERA PROPINA GROSSA EM PORTEL

Uma balsa contendo madeiras supostamente ilegais é apreendida em Portel neste mês de abril. Segundo informações de alguns madeireiros com quem conversei, a balsa pertence a um senhor conhecido como Edson.

Os madeireiros disseram que estão revoltados pelo fato da apreensão ser feita sob cobrança de propina, a qual chegou ao valor de 15 mil reais. Ainda de acordo com esses informantes, o valor cobrado foi rateado entre o grupo encarregado da apreensão. Cinco mil reais foram entregues ao chefe do expediente, enquanto que o restante, dez mil reais, foi dividido entre os outros integrantes.

Tentamos várias vezes entrar em contato com a secretaria de meio ambiente de Portel, mas não conseguimos acesso, uma vez que sempre cai na caixa postal. No momento a TIM, a única operadora local, está sem sinal.

MERENDA ESCOLAR EM PORTEL VEM DE OUTROS ESTADOS

Esta manhã eu e meu bebê decidimos ir em busca de polpa de frutas no sítio (ou “horta”, como é popularmente conhecido) do Seu Pedro Wakimoto. Como choveu muito durante a madrugada, a estrada estava escorregadia, mas esse empecilho não nos impediu de chegarmos ao nosso destino.

Logo que nos aproximamos da residência do Pedro Japonês, este logo saiu para ver quem eram os visitantes. Gritou: “Pode vir, os cães estão amarrados”. Wakimoto estava só porque seus trabalhadores haviam saído para o almoço. Para si, cozinhava palmitos de açaí.

Polpas de acerola são ótimas fornecedoras de vitamina C, principalmente para os frágeis sistemas imunológicos de uma criancinha como o Wesley, de apenas dois anos.

No retorno para minha casa, matutava sobre o porquê de não fornecer alimentos saudáveis aos alunos da rede municipal de ensino. Vejo, quando tem merenda na minha escola (Alcides Monteiro), produtos como chocolate, iogurte e suco engarrafados, todos produzidos em outros estados, tais como São Paulo, Goiás e outros. Portel tem um formidável leque de opção alimentar, porém não é valorizado, o que, consequentemente, nos leva a crer que o homem do campo e seu trabalho não são valorizados também.

terça-feira, 26 de abril de 2011

CASO DE AUDITORIA EM PORTEL

Outro dia, ou seja, aproximadamente dois meses atrás, fui informado de um homem gostaria de me vender algo a um preço muito mais baixo do que o praticado no mercado.

Tratava-se de gasolina. Realmente o produto estava bem em conta. O valor acertado entre o posto da Shell e o da Texaco é de três reais e quarenta e nove centavos. Aquele cara estava vendendo a dois reais o litro.

Quis saber se a gasolina era boa, pois uma vez não havia esse material em nenhuma das concessionárias e adquiri o líquido em situação semelhante. Corrompi o carburador da minha moto. Diante dessa indagação, o sujeito disse: “Cara, essa gasolina é do mesmo posto onde tu compra; a requisição é da prefeitura, SEMED, entendeu?”

Evidentemente que todo mundo precisa de uma renda para custear suas despesas. Mas... o que dizer das escolas que estão ruindo, da falta de merenda, da escassez de material escolar? Se de uma lado esse cidadão sustenta sua família e existe tanta miséria na educação, por outro lado há uma minoria comprando carros, sítios, motos, apartamentos luxuosos, incompatível com a renda. Está na hora de fazer uma auditoria no setor de compras de combustível, para verificar essa informação.

UMA ESCOLA QUE PODERIA SERVIR DE MODELO À ZONA RURAL

Macionílio Vieira, foi inicialmente concebida como uma caixa, quente e acanhada. Para tornar ainda menos desejada, tanto pelos alunos quanto pelos próprios professores, o lixão que funcionava no fundo exalava um cheiro insuportável.

A intenção dos administradores foi desafogar as escolas do centro, que jaó não suportavam a grande demanda de matrículas a cada ano. Eram apenas três salas, de manhã, intermediário e à tarde.

A escola, criada sob a administração de Elquias Monteiro, foi totalmente reformada já na gestão do prefeito Pedro Barbosa. Hoje, a escola que antes foi desprezada por muitos profissionais, é objeto de desejo. Essa reviravolta atingiu a classe discente: as crianças sentem prazer em estar nas dependências da escola.

Atualmente conta com cinco salas de aula, biblioteca, laboratório de informática com mais de dez micros e um monitor, sala de coordenação e sala dos professores. Aliás, essa escola me deixou bastante entusiasmado quanto ao aspecto estrutural. Disse ao professor “Gito”, Benedito João dos Santos Baía, o qual já milita nessa unidade há seis anos, que foi uma escola que mudou da água para o vinho.

Segundo Gito, a are posterior ao campinho de futebol, junto à praia, á alvo de um projeto que construirá uma maloca para leitura, assim como será preservado o que restou da mata nativa para fins de pesquisa, no que chamou de laboratório natural.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A FARSA DO MANEJO DE AÇAÍ

Sem dúvida, o açaí é um dos pratos mais consumidos pelo povo marajoara. Esse costume, no entanto, está se tornando muito caro aos bolsos cada vez mais diminutos dos moradores do município de Portel. Segundo Walter Libâneo, morador há quase duas décadas no rio Acutipereira, quando o mesmo adentrou pela primeira vez na região, seu barco era encoberto por açaizeiros de ambos os lados.



Hoje, depois de anos de exploração do subproduto palmito, vê-se uma desolação completa, onde reinam essas árvores apenas em terras habitadas, preservadas pelas famílias que têm o açaí como uma refeição que não pode faltar.



Existem extratores de açaí na região do rio Acutipereira que atuam na mais ampla clandestinidade, implantando suas fabriquetas nos grandes centros do rio, parte mais afastada da beira.



Mais o que mais surpreende é o fato de que os setores ditos organizados, que, apenas no papel cumprem os ditames da legislação, deveriam propagar o manejo como única fonte, compram palmitos de áreas não cobertas pela licença ambiental.

O modus operandus dessa exploração também é verificado na extração da madeira. Para fugir da legislação, empresários e até políticos patrocinam pequenos extratores com comida, combustível e até equipamentos. Com isso, os pequenos madeireiros atuam como se praticassem a própria subsistência. Um desses empresários "sustenta" pelo menos 300 homens. Assim, conseguem encher balsas e balsas com as "formiguinhas".

terça-feira, 19 de abril de 2011

PÁSSAROS DO IGARAPÉ MUIM-MUIM AMEAÇADOS POR PROFESSORES

Os pássaros preencheram meus dias de infância, seja no Bairro do Bosque, bem propício ao nome, seja no bairro do Centro, assim como no Bairro do Muruci, onde hoje resido.



No Bosque vi pássaros lindos, sempre soltos a cantar. Lindos passarinhos. Mas minha mãe nunca permitiu que tivéssemos esses bichinhos como animais de estimação.


No entanto, após décadas, já adulto, vejo a triste realidade desses seres voadores. Principalmente quando passo pelo Igarapé Muim-Muim e vejo dezenas de caçadores de curiós, dizimando o que resta dessa linda fauna.


O lamentável desse cenário de cárcere é que muitos dos caçadores são professores, diretores de escolas, policiais, ou seja, gente, dedutivelmente, culta.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

CONSELHOS EM PORTEL VIRAM NOVELA

Em nenhum momento da história do Brasil houve uma legislação tão linda quanto àquela aplicada ao controle social. Entretanto, com relação aos diversos conselhos existentes no município de Portel, fiz algumas constatações que merecem conhecimento do público para que melhorias possam ser feitas antes que o negativismo tome conta da opinião geral.
A primeira vez que vi a inoperância dos conselhos, talvez principalmente por ser não remunerado, foi quando exerci o cargo de agente administrativo na Secretaria de Assistência Social do município. Os membros oriundos da parte governamental não compareciam às reuniões, enquanto que os representantes das entidades eram forçados a retornarem às suas casas por falta de quórum. Assim, fui encarregado de organizar a documentação de todos os conselhos em funcionamento naquela secretaria, desde a ata até os documentos de encaminhamentos, assim como expedição de editais de convocação e telefonemas e visitas aos membros dos conselhos.
Ao sair daquele setor e também após a súbita morte do companheiro Robledo, vi os trabalhos minguarem. Mas, vez por outra, dá vontade de fazer alguma coisa em prol desses conselhos que lidam com questões da maior importância para os cidadãos, em geral carentes de melhores serviços.
Ao observar situações como a ocorrida na escola Alcides Monteiro, através de documentos da prestação de contas a gente encontra coisa estranhas ocorrendo. Certo cidadão, A.P., denunciou que um diretor, em dezembro de 2009, que o fora contratado para prestar um serviço de confecção de uma estante móvel. Estranhamente o diretor pediu que o moveleiro assinasse o recibo antes de fazer o serviço, embora nunca o tê-lo realizado nem tampouco ter recebido soma alguma. Diante disso, o órgão competente para a prestação de contas verificou que havia uma nota fiscal de uma estante móvel e seu respectivo recibo, cópias das pesquisas de preços e um cheque não nominal sob nº 850014. O diretor então foi chamado e, em seu depoimento, afirmou ter pago o prestador de serviço e que a estante estaria nas dependências da escola. Ao devolver a prestação de contas para a fiel resolução do problema, este retorna com afirmação de que o cheque até então não nominal apareceu nominal a A.P., mas à outra pessoa não revelada pelo documento da Secretaria de Educação. Mas, argutamente, a secretaria de educação, através do órgão competente, exigiu a microfilmagem do cheque 850014, e, surpreendentemente, é revelado que o cheque não fora pago a quem diziam ter pago. Diz o documento que o gestor da escola teve que devolver o dinheiro, no entanto não vimos comprovação desse fato.
Outra escola também investiu em mal procedimento, o tal jeitinho brasileiro, levando a crer que é uma prática comum entre os gestores de escolas da rede pública municipal de Portel. Dessa vez foi a escola Abel Nunes de Figueiredo, cujo diretor exigiu que o dinheiro do PDDE  fosse utilizado para a compra tintas e de uma placa luminosa alusiva aos vinte e cinco anos de sua fundação e, para driblar a legislação pertinente, pediu que uma loja conhecida como LOJA DO POVO, providenciasse uma nota fiscal falsa para justificar o emprego do dinheiro. Ao constatar a fraude, o órgão responsável pelos recursos do PDDE soube que fora adquirido um freezer horizontal que, pasmem, nunca foi encontrado. A escola Abel Nunes, diga-se de passagem, ficou inadimplente durante longos cinco anos, perdendo uma fortuna que poderia ser investida no futuro de  muitas crianças. E interessante notar que essa mesma unidade de ensino só saiu da situação de débito porque a SEMED fez intervenção, arcando com a dívida.
Interessante notar que alguns desses gestores fraudulentos saem como ladrões dessas instituições e estranhamente assumem o controle de escolas com maior verba, como se o costume de versar mal a coisa pública merecesse uma premiação.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ACIDENTE DE MOTO DEIXA PELO MENOS UM MORTO NA RUA DA VIVÊNCIA

Por Ronaldo de Deus 
Ontem à noite (04/04) ocorreu um acidente grave envolvendo quatro motos na cidade de Portel. Três motos faziam o percurso na rua da Vivência quando um quarto motoqueiro invadiu pista através da travessa conhecida como Rua do Sassá.
O cunhado do vice-prefeito Carlos Moura, conhecido como Tebas sofreu pancada violenta e estava em situação de risco de vida. Outro personagem envolvido no acidente foi o irmão do vereador Manoel Maranhense, o qual atende pelo nome de Ronaldo.
Segundo informações de última hora, o causador da fatalidade, de menor, estaria fugindo da polícia após cometer assalto no bairro do Bosque. O seu comparsa, o carona, sobreviveu, porém o condutor teve traumatismo craniano, indo a óbito.