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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

sábado, 27 de março de 2010

Falta de água na escola do interior causa transtornos

SERVENTE SOFRE ACIDENTE NO RIO ACUTIPEEIRA A BOMBA
Conjugado retificado chega à escola
A comunidade da Boa Vista cedeu o motor-gerador para a Escola Ezídio Maciel e posto de saúde por vários anos e a comunidade escolar, assim como os professores, ansiavam pelo dia em que a SEMED comprasse um novo equipamento, pois o antigo tem mais de doze anos de serviço ininterrupto.
Entretanto, o conjugado comprado pela secretaria de educação de Portel não é novo. Trata-se de um Tobata retificado, cujo tanque está furado e inunda de óleo a biblioteca da Escola Ezídio Maciel, até que seja construída uma casa de força para abrigar a máquina reformada.
Com dificuldade de fornecer energia de qualidade, o gerador não consegue funcionar a bomba d’água, causando transtornos para os alunos, que ficam sem água para saciar sua sede e sem merenda para satisfazer a fome.
Como se não bastasse, a servente, na tentativa de fazer alguma coisa pelos alunos, foi até o trapiche do barqueiro Quincas e lá sua perna atravessou uma tábua, provocando um acidente e a novata ficou com as pernas machucadas.
Esta manhã a direção da escola procurou a diretora administrativa, Cláudia Milena, que não se encontrava na SEMED.

quarta-feira, 24 de março de 2010

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PORTEL

Vista aérea da praia Tucano
No Município de Portel existia primitivamente, uma aldeia de índios, que em 1653, foi reorganizada pelo padre Antonio Vieira, ao introduzir os índios Nheengaíbas, trazidos da ilha de Marajó, ficando sob a direção dos padres da Companhia de Jesus, com a denominação de Aricuru (ou Arucurá), até a expulsão dos jesuítas, época em que já era freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Luz.

Em 1858, o governador e capitão-geral Francisco Xavier de Mendonça furtado elevou-a à categoria de Vila, mudou-lhe o nome para Portel, denominação portuguesa que significa "Porto Pequeno", e instalado pessoalmente o Município, em 24 de janeiro do mesmo ano.

No ano de 1833, o Município de Portel perdeu o título de Vila, ficando seu território enexado ao Município de Melgaço até 1843, quando a Lei nº 110, de 25 de setembro, restaurou-lhe a categoria de Vila, sendo reinstalado o município, em 7 de janeiro de 1845. O Decreto nº 6, de 4 de novembro de 1930, omitiu Portel da relação dos Municípios. entretanto, citou-o em um dos seus artigos como tendo sido acrescido do território do então extinto Município de Bagre.

Prédio histórico: marcas religiosas
Já no Decreto nº 72, de 27 de dezembro de 1930, foi confirmada a existência do Município, sendo incluído seu nome na relação dos Municípios e incorporado ao seu território o então extinto Município de Melgaço.

Com o Decreto nº 399, de 26 de junho de 1931, Portel sofreu outra alteração, pois foi anexado ao Município de Breves. Restabelecido posteriormente com território desmembrado do Município de Breves, figura no quadro de divisão administrativa relativo a 1933, constituído apenas do distrito-sede.

A lei nº 8, de 31 de outubro de 1935, enumerou todos os Municípios do Pará, entre eles o de Portel.

Pela divisão territorial de 31 de dezembro de 1936, do Instituto Nacional de Estatística, Portel é citado na relação dos Municípios, constituído de 6 distritos: Portel, Bom Sucesso, Santa Helena, Bagre, Oeiras e Jacundá.

Já em 31 de março de 1938, com o Decreto-Lei nº 2.972, o Município de Portel compunha-se apenas de três distritos: Portel, Bagre e Oeiras.

Em 31 de outubro de 1938, através do Decreto-Lei nº 3.131, que fixou a divisão territorial do Estado, Portel perdeu para o Município de Oeiras o distrito de Bagre. Oeiras passara a ser Município autônomo. Portanto, nessa divisão, deveria compor-se somente do distrito-sede, apresentando-se, no entanto, com 2 distritos: Portel e Melgaço.

Conforme o Decreto-Lei nº 4.505, de dezembro de 1943, que estabeleceu a divisão territorial do Estado, para o período de 1944 a 1948, o Município de Portel permaneceu composto do distrito-sede e do distrito de Melgaço. Este restabeleceu sua autonomia através de Lei nº 2.460, de 29 de dezembro de 1961.

Praia Arucará, a mais visitada
Em 10 de maio de 1988, com a Lei nº 5.447, Portel teve sua área desmembrada, para ser criado o Município de Pacajá. atualmente, o Município é composto somente do distrito-sede.

Cultura: No Município de Portel, acontecem inúmeras manifestações religiosas. A de maior expressão popular, no entanto, é a festa da padroeira Nossa Senhora da Luz, cuja procissão ocorre no dia 2 de fevereiro. Bois-bumbá, quadrilhas e o carimbó constituem as principais manifestações de cultura popular de Portel.

O artesanato é constituído, basicamente, de peça confeccionadas em tala e argila. Os produtos mais destacados são os paneiros, os vasos e os alguidares.

Em Portel, não há informações de qualquer monumento histórico que possa registrar a memória e a cultura local. Uma Biblioteca Municipal é o único equipamento cultural de que a cidade dispõe.

Informações Gerais

LOCALIZAÇÃO
O Município de Portel pertence à Mesorregião Marajó e à Microrregião Portel.
A sede Municipal, tem as seguintes coordenadas geográficas: 01º 55’ 45" de latitude Sul e 50º 49’ 15"de longitude a Oeste de Greenwich.

LIMITES
Ao Norte - Município de Melgaço
Ao Sul - Município de Pacajá
A Leste - Municípios de Bagre e Baião
A Oeste - Municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz

SOLOS
Predominam, no município, as seguintes classes de solos: Latossolo amarelo distrófico textura média, Areias Quartzosas distrófica, relevo plano e suave ondulado; Plintossolo álico textura média, Gley Pouco Húmico distrófico textura indiscriminada, relevo plano; Latossolo Amarelo distrófico textura argilosa e Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados distróficos textura indiscriminada, relevo plano e suave ondulado.

VEGETAÇÃO
O domínio vegetal no Município de Portel é Floresta Densa dos terraços e baixos platôs. ao longo dos cursos d’água, é notada a presença da Floresta aberta Mista (Cocal) em extensões de até 1,5 Km a cada lado do rio.
A Norte do município, ao longo do rio Anapu (margem direita) encontram-se Campos Graminosos úmidos, em depressões assoreadas de Sedimentos Arenosos. A presença da Vegetação Secundária é pouco expressiva.

PATRIMÔNIO NATURAL
A alteração da cobertura vegetal natural, em imagens de LANDSAT-TM, do ano de 1986, era de 4,96%. Os acidentes geográficos, ecologicamente mais relevantes, são: os rios Pacajá, Anapu e Camaraipi e as baías de Melgaço, Portel, Pacajá e Caxiuanã. Apresenta várias cachoeiras, entre elas a Grande do Pacajaí, Pimenta, Piranha, Piracuquara, Pilão grande do Tueré e Comprida. Divide com o Município de Melgaço a Floresta nacional do Caxiunã, com área de 200.000 ha (2.000 Km²), dentro da qual o Museu Paraense Emílio Goeldi pretende implantar uma Estação ecológica.
Com o objetivo de racionalizar a exploração do potencial madeireiro, é vital a criação da Floresta Estadual de Caxiuanã, em função de sua baixa influência antrópica, boa topografia e condições de transporte.

TOPOGRAFIA
Como em quase toda a totalidade dos Municípios desta mesorregião, a cidade de Portel apresenta uma baixa altitude, variando entre 3 a 4 metros, não havendo modificações significativas para o "Interland" deste Município.

GEOLOGIA E RELEVO
A estrutura geológica do Município de Portel é em quase sua totalidade, formada por sedimentos cenozóicos, englobando litotipos da Formação Barreiras, de idade Terciária (arenitos, siltios e argelitos caulínicos, com lentes de conglomerados); e sedimentos inconsolidados (areias, silttes e argilas) de idade quaternária.

Somente em uma pequena porção ao sul de seu território, estão expostas rochas de idade pré-cambrianas, pertencentes ao Complexo Xingu (granitos, granodioritos, dioritos, migmatitos, granulitos ácidos e básicos, quartzitos, xistos e gnaíses), que constituem as cachoeiras dos altos cursos dos rios Pacajá e Anapú.

HIDROGRAFIA
Neste Município, aparecem três grandes rios que drenam toda a área: rio Anapú, rio pacajá e o rio Camaraipí e se deslocam no sentido sul-noroeste. O rio Anapú deságua na Baía de Pracuí a Baía de Caxiuanã e os principais afluentes são: Pela margem direita: rios Marinaú, Tueré e os igarapés: Itatira, Merapiranga, Janal Grande, umarizal, Marapuá, Atuá e Majuá e, pela margem esquerda; rio Pracuruzinho, rio Curió e rio Pracupi, os igarapés Carumbé, Itatinguinho, Itatingão, Poção, Jacitara, Cocoajá e Tapacú.

O rio Pacajá joga suas águas na baía de Portel, que passa em frente à sede do Município, logo após encontrar com o rio Camaraipi. Os seus principais afluentes são: pela margem esquerda: rios Urianã, Aratari, Mandaquari, Guajará e os igarapés: Damiana, Capoeirão, Grande, Pajé, Limão e pela margem direita: rio Jacar-Parú Grande, rio Jacaré Paruzinho e igarapés: Vinte e Nove, Angelim, Do Ouro, Pereira, Ana, Tucumanpijó, Mineiro, Candirí, Maratuba, Cajú e Araú.

O rio Camaraipí é a terceira drenagem do Município, porém de grande destaque, porque deságua na baía de Portel, em frente à sede municipal. Seus principais afluentes pela margem direita são: rio Banã, rio Pirico e os igarapés Esmeralda, Macaco, Açaituba, Meratuba, Grande e Cariatuba. Pela margem esquerda, encontramos rio Pitinga, rio Acangatá, rio Paca, rio Ajará e os igarapés Taquera, Tamaquerinha, Tanquera, Arumã e Otá.
Apresenta outros rios menores, como o Acutí-pereira e seu afluente o igarapé Laranjal. O rio Jaguarajó faz limite a leste com o Município de Bagre.

CLIMA
Segundo "Kôppen", na sua classificação este município pertence ao grupo AF, sendo um clima tropical úmido, com a precipitação de 350 mm, no mês de abril é rebaixado até 60 mm, no mês de outubro. O trimestre mais chuvoso é fevereiro, março e abril, enquanto nos meses de agosto, setembro e outubro aparece como o período mais seco (índice pluviométrico anual é 2.200mm). A freqüência média anual de precipitação é de 21º C, sendo que a temperatura mínima chega a 21º C e a máxima não passa de 90% em abril e 80% em outubro, e a insolação média atinge 2.200 horas por ano.

Bandeira e brasão do município de Portel
Bandeira de Portel - essa versão foi feita por mim no Corel Draw


Bandeira de Portel - o presente desenho é de autor desconhecido
Esta eu criei no Photoshop, em 18/05/2012

Brasão de Portel



INTENDENTES E PREFEITOS

INTENDENTES E PREFEITOS DE PORTEL – PERÍODO REPUBLICANO 1889 - 2008
MANOEL SERRÃO DE CASTRO JARDIM

INTENDENTE
1889 – 1899
THEODULO GONÇALVES BAIA
INTENDENTE
1900 – 1906
FAUSTO AUGUSTO DA SILVA VALENTE
INTENDENTE
1907 – 1911
BELLO JOAQUIM PIRES
INTENDENTE
1912 – 1918
MANOEL SERRÃO DE CASTRO JARDIM
 INTENDENTE           
1919 - 1922
MANOEL GONÇALVES COELHO DA SILVA
INTENDENTE
1923 – 1923
CEL. FRANCISCO SEVERIANO DE MOURA
INTENDENTE
1924 - 1931
EUSTORGIO MIRANDA
INTENDENTE
1932- 1932
FELINTO DE SIQUEIRA
INTENDENTE
1933-1934
OTTOKAR SAMPAIO BANDEIRA
PREF. INTERINO
23/01 A 23/09/1935
CEL. FRANCISCO SEVERIANO DE MOURA
PREFEITO
1935-1937
CEL. MÁRIO SEVERIANO DE MOURA
PREFEITO
1938-1940
TEN. AUGUSTO GOMES DE SOUZA
PREF. INTERINO
27/07/1940 A 26/02/1941
CEL. RAIMUNDO FERREIRA GUEDES
PREFEITO
1941 – 1942
FIRMO TAGY DE MACEDO
PREFEITO
1943-1945
FRANCISCO SILVA LEITE
PREFEITO
1946-1947
TERTULIANO VITOR DE SENA BRASIL
PREF. INTERINO
01/04 A 02/12/1947
FRANCISCO SILVA LEITE
PREFEITO
1948-1950
ARMANDO PINTO GOMES
PREFEITO
1951-1954
HUGO CARLOS SABÓIA
PREFEITO
1955-1957
LADISLAU QUEIROZ DA SILVA
PREFEITO
1958-1958
FIRMO TAGY DE MACEDO
PREFEITO
1959-1960
FRANCISCO TEIXEIRA DA COSTA
PREFEITO
1961-1962
LADISLAU QUEIROZ DA SILVA
PREFEITO
1963-1966
JOÃO MESSIAS DOS SANTOS FIALHO
VICE

OTHON ALVES FIALHO
PREFEITO
1967- 1970
RAFAEL GONZAGA
VICE

RAFAEL GONZAGA
PREFEITO
1971-1972
OTHON ALVES FIALHO
PREFEITO
1973-1976
 ANTÔNIO GONZAGA DA ROCHA
VICE

FELIZARDO JUSTINO DINIZ
PREFEITO
1977-1982
RAIMUNDO PEREIRA DE ALMEIDA
VICE

ELQUIAS NUNES DA SILVA MONTEIRO
PREFEITO
1983-1988
PEDRO RODRIGUES BARBOSA
VICE

RENATO QUEIROZ RODRIGUES
PREFEITO
1989-1992
HUMBERTO PEREIRA CARDOSO
VICE

NANCY DE ARAÚJO GUEDES
PREFEITA
1993-1996
ESTANISLAU PEREIRA MONTEIRO
VICE

MARIA TRINDADE SABÓIA ALVES
PREF. INTERINA
01/97 A 05/97
ELQUIAS NUNES DA SILVA MONTEIRO
PREFEITO
1997-2000
RAIMUNDO GOMES PEREIRA
VICE

ELQUIAS NUNES DA SILVA MONTEIRO
PREFEITO
2001-2004
RAIMUNDO GOMES PEREIRA
VICE

PEDRO RODRIGUES BARBOSA
PREFEITO
2005-2008
ADEMAR TERRA DA COSTA
VICE

PEDRO RODRIGUES BARBOSA
PREFEITO
2009- ?
ANTONIO CARLOS MOURA DA SILVA
VICE


Fonte: Publicação de Orziro Santana;
           Diagnóstico Sócio-Econômico do Rio Acutipereira, 2007;
           Dados da Prefeitura Municipal de Portel.

Mais sobre Portel
Artigo do professor Laudo do Socorro Pinto
História do Município de Portel na Wikipedia

quarta-feira, 17 de março de 2010

SINTEPP REAGE CONTRA A VOLTA DA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

O SINTEPP reuniu-se com a promotora de justiça SAMILE SIMÕES ALCOLUMBRE no dia 1º de março deste ano em curso, através de sua Coordenadora Regional LUCIDALVA MACIEL XAVIER e o coordenador Estadual HERMISSON BRUNO BAIA PALHETA. Na pauta constavam: a) lotação do ano letivo de 2010, no que tange aos critérios de lotação, à possível perseguição política com os membros do SINTEPP, porque tiveram sua carga horária reduzida para 100 horas, bem como em relação à redução de carga horária de 200 h para 100h de outros professores que já lecionam há mais de 05 anos, e também à contratação de professores, como se fosse para dividir essa carga horária; b) Ofício nº 005/10-GAB/PMP, que determina a não contratação de professores com alto índice de atestado médico e de faltas no ano ano de 2009 e a redução da carga horária dos servidores concursados na mesma situação; confecção do Plano de Cargo Carreira e Remuneração PCCR, que a Prefeitura Municipal realizou sem discussão com a classe, por meio do Sindicato  e já enviou o projeto de lei à Câmara Municipal; d) reajuste dos salários dos professores no ano de 2010, face ao reajuste do salário mínimo nacional ocorrido em janeiro do corrente ano; e) possível paralisação das aulas escolares, em razão da inexistência de possibilidade de continuação do ano letivo, face à não adequação das escolas para o ensino de 09 (nove) anos, bem como a existência de outras obras, que prejudicam a saúde e colocam em risco a integridade das crianças e professores; f) devolução de professores pelos diretores escolares à Secretaria Municipal sem qualquer critério; g) superlotação nas salas de aula nas escolas municipais. 

Diante de tudo isso, a Promotora de Justiça já encaminho ofício à SEMED e, por causa da gravidade dos fatos, realizará procedimento administrativo para a apuração de eventuais irregularidades.

domingo, 14 de março de 2010

DIFUSÃO DE IDÉIAS

O EDUCADORES DE PORTEL é do conhecimento de todos os deputados da Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Pois é, foram enviadas mensagens, via e-mail, para cada um dos parlamentares e assim eles possam acompanhar o que acontece em Portel, principalmente as dores e sofrimentos dos professores, mas também projetos, idéias e realizações, pois nem só de coisa ruim vive Portel. 
Até o momento, apenas o deputado Miriquinho, o qual é professor também, respondeu às nossas mensagens, em agradecimento pelo envio do endereço do blog dos educadores de Portel.

sexta-feira, 12 de março de 2010

O MEDO DA LIBERDADE



Se existe uma coisa que amo fazer, é desenhar. Sou cartunista. Não ganho a vida com isso, mas me divirto um bocado... E quando as pessoas

descobrem minha habilidade, invariavelmente pedem:

- Desenha alguma coisa aí?

Nessa hora eu congelo! Fico olhando aquela folha branca e... Nada!

- Desenhar o quê, pô? Um porco? Um dinossauro? Um relógio? Um sapato?

- Ah, sei lá... uma vaca, vai.

E então eu desenho a vaca. E a pessoa fica satisfeita e vai embora com o desenho da vaca. Feliz como uma criança...
Se me pedem "qualquer coisa", demoro pra desenhar. Mas se dizem o que querem, é plaft-pluft!

Mas o tal "branco" que me dá não é só desenhando, não. Quando entro naquelas gigantescas seções de CDs e DVDs das "megastores", por exemplo,
já sei o que vai acontecer. Esquecerei nomes de artistas, de álbuns, de músicas, de filmes e de diretores. Branco total! Se não fizer uma
lista antes, sou capaz de sair com nada nas mãos. Acredite: já aconteceu. São tantas as opções de escolha que eu escolho coisa nenhuma.

E a compra de café no supermercado, nos EUA? Tem café sem cafeína. Com menta. Com açúcar. Em grão redondo, grão oval e grão quadrado. Cru,
torrado e sublimado. É um sofrimento. E quando finalmente faço minha escolha, saio do mercado com a pulga atrás da orelha.

- Pô, tinha tanta opção... Será que fiz um bom negócio?

Dizem os especialistas que aquela máquina maravilhosa chamada cérebro, por absoluta falta de capacidade física, não consegue processar as
escolhas na velocidade das ofertas. Só conseguimos lidar com uma quantidade limitada de variáveis. Dê-me uma ou duas alternativas. Três ou
quatro. Talvez sete... Mais que isso, vira problema.
Além disso, quanto mais oportunidades de escolha, mais expostos ficamos a uma coisa com a qual não lidamos bem: a liberdade.

Você já subiu em um prédio, chegou até a beirada e olhou para baixo? Qual é a sensação que você tem? Medo, não é? Pois é. E medo de quê? A
maioria das pessoas dirá:

- De cair!

Engano seu... Aquele medo que aparece não é de cair. Você fica apavorado porque, naquele instante, vem à consciência uma verdade terrível:
se quiser pular, você pode! Não vai pular, mas se quiser, pode...
É esse o medo que apavora: a certeza de que podemos fazer o que quisermos com nossa vida. Toda a responsabilidade do mundo cai em seu colo.
Você está diante de um risco, sozinho, dono de seu destino, livre para construir o futuro. Se falhar na escolha e os outros ficarem sabendo,
você poderá ser criticado, ridicularizado. Que horror! É isso que apavora. Paralisa...
E então você escolhe "ficar na sua", seguir o rebanho e não inventar moda.

A consciência da liberdade de escolha dá medo. Por isso precisamos de pessoas que orientem nossas escolhas, que nos dêem a sensação de
alívio daquela tal responsabilidade. Gente que nos dê segurança.
Para vencer o medo da liberdade de escolher você precisa estudar, aprender, ilustrar-se.

Nada disso garante que você se transformará num líder. Mas ajuda a escolher que líder seguir.

Luciano Pires

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