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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

domingo, 26 de junho de 2011

TIO EZÍDIO QUEBRA JEJUM APÓS 4 ANOS SEM FESTA JUNINA

Grupo de dança Geração do Campo fez uma belíssima apresentação
Neste sábado, 25, a comunidade São Bento, na localidade Boa Vista, esteve em festa, quando aconteceu o terreirão dos alunos da vila. O evento ocorreu em frente à escola Ezídio Maciel sob o olhar atento dos moradores, que saíram de suas casas para prestigiar a apresentação de seus filhos. Os grupos de dança foram uma iniciativa dos próprios alunos, os quais pediram o apoio da professora Odinéia Corrêa, que não mediu esforços para que o sonho das crianças e adolescentes se concretizassem. Do começo ao fim, os alunos e pais fizeram de tudo para que as coisas acontecessem a contento.
Dentre os cidadãos que estiveram a convite dos grupos de dança foi o vereador Manoel Maranhense, que esteve na localidade para participar de uma reunião com a Comissão de Direcionamento e Acompanhamento do Rio Acutipereira e, assim, ficou para assistir ao espetáculo conduzido pelos alunos da Escola Ezídio Maciel. 
Antes do início da festa junina houve um imprevisto. Um dos moradores mais antigos da vila passou mal e, por sorte, o vice-prefeito Carlos Moura, que estava presente, conduziu o senhor Valério para a unidade hospitalar da sede do município. No momento, o ancião passa bem.
Depois de fazer sucesso no Inferno, Semente do Campo se apresenta na Boa Vista


ALUNOS DA ZONA RURAL DE PORTEL VÃO DANÇAR NO INFERNO


Semente do Campo, no Inferno
“Um show!”, foi a expressão utilizada por uma moradora da vila Boa Vista ao se referir a apresentação das quadrilhas  juninas Geração do Campo e Semente do Campo na localidade conhecida como Inferno, no último dia 24. A festança se deu em face do 8º aniversário da Comunidade Santo Ezequiel Moreno, situada na localidade popularmente conhecida como Inferno. 
Pais acompanham grupo de dança
Os grupos de dança junina da localidade Boa Vista foram organizados pela professora Odinéia, que recebeu o apoio da comunidade inteira, inclusive os alunos foram acompanhados por pais de alunos, como a matriarca da vila, a senhora Vena (Alexandrina Maciel), pela vice-coordenadora do Conselho Escolar, Leciléia dos Anjos Azevedo e também pelo Reginaldo da Silva e sua esposa Madalena, que é a atual dirigente da comunidade São Bento.
Geração do Campo, da Boa Vista
Como a comunidade do Inferno, onde existe a comunidade Santo Ezequiel Moreno, não possui área de terra firme, a festa foi realizada dentro da sede comunitária, porém  mostrou-se grandiosa, contando com a participação de vários grupos de dança convidados, como a quadrilha do Pinheiro e Cumaru , organizadas respectivamente pelos professores Cley e Natalino Tavares. Cumaru e Pinheiro ficam a  aproximadamente 15 minutos de viagem de barco.
Bagaceira da vila Pinheiro
Os dançarinos da localidade Pinheiro mostraram seu potencial através da Bagaceira, dança de quadrilha, enquanto que a equipe do Cumaru apresentou um número de danças envolvendo seis grupos, exibindo ora carimbó, ora melody.
Mas a festa também teve a participação dos anfitriões, onde a comunidade Santo Ezequiel Moreno teve a oportunidade de ver seus filhos em ação através de um grupo de carimbo, coordenado pelos professores da localidade.  Os moradores da vila em festa viram o espetáculo de dança produzido pelo quadrilha  Raízes da Terra.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A HISTÓRIA DO LÉLIO, UM ESTUDANTE SEM MOTIVAÇÃO


Em recente reunião na minha escola (quem sou eu pra dizer que sou dono de escola, quando um grupo se acha superior, imortal, intocável que comanda a mesma) sobre o PPP, lembrei de um colega de aula da 1ª série. Eu era um garotinho que não queria estudar, mas quando pus os pés na escola pela primeira vez, caí de amor pelos estudos. Senti-me bem ser percebido pela professora e pelos meus colegas, um reconhecimento aos trabalhos da minha primeira professora, minha mãe. Em casa ela tinha o costume de falar o termo desenburrar, ou seja, ensinar a leitura em casa para quando chegar a escola já estar com meio caminho andado. Funcionou. Minha mãe nunca concluiu os estudos, ficou no ensino fundamental, 4ª série, mas tinha uma percepção aguçada e isso permitiu ver com antecedência que, quando eu fosse a escola, seria submetido a um teste que não está nos planos das escolas, quer dizer, está na sociedade, onde as pessoas tendem a competir uns com os outros, e são aceitas ou recusadas conforme a situação em que se encontram. Fui testado pelos colegas, pela professora, pelos amigos, e saí bem, voltei pra casa feliz da vida por ter sido abraçado por uma sociedade ávida em dar seu veredito.
Já o meu colega Lélio não teve a mesma sorte. De família humilde, mãe analfabeta e pai semi-analfabeto, não recebeu sequer um pedachito (termo usado por uma colega da 4ª série) do tal desemburramento aplicado pela minha mãe em todos nós filhos dela, uma tropa de oito irmãos. Vi aquele menino definhar ante o olhar dos colegas, não recebeu um elogio da professora, não produziu nada, e, como se fosse uma ostra, fechou-se em seu mundo, baixou a cabecinha, os olhos brilharam, parecia que ia chorar. Lélio podia não ser um cara bom com a caneta, mas era fera no futebol, um baixinho ágil, de domínio fácil com a bola. Esse seria a sua motivação, caso a escola tivesse essa oportunidade  a oferecer.
A professora, dessas que os políticos contratam porque estão desempregadas, não percebia que Lélio não tinha livros em casa, ninguém lia nada. Esse contato é necessário, imprescindível. Na minha residência a gente encontrava revistas, jornais, gibis (centenas deles, pois eu era um dos maiores colecionares de revistas em quadrinhos da cidade!), contos, poesias. A minha irmã, professora. A dele, prostitua. Assim, Lélio, caminha o mundo...
Ajudei meu amigo Lélio nas primeiras lições, ali mesmo na sala de aula, mas parecia que a professora só tinha olhos para os mais preparados, como se aquilo servisse para elevar a sua própria imagem diante dos outros professores e direção escolar. E foi assim que ouvi do Lélio as palavras da desistência, antes mesmo de acabar a aula daquele primeiro dia. Disse-me: “Vou desistir”.
Creio que vou contar essa história por muito tempo, sobretudo porque ela ilustra a falta de motivação de um aluno, que desiste e ninguém procura saber as razões. Nesse caso, é imprescindível a comunicação constante entre o professor e o aluno e deste com sua família; do professor com a equipe técnica. Assim, a escola vai deixar de apenas se interessar pelos números e passar a se interessar pelos seres humanos e suas qualidades.

PREFEITURA DE BREVES ABRE CONCURSO PARA SAÚDE E EDUCAÇÃO


Oportunidade para quem almeja carreira pública em Breves, no Pará. São 468 profissionais de diversas áreas e níveis de escolaridade que serão selecionados por meio do Concurso Publico da Prefeitura Municipal de Breves, Pará. As inscrições começaram ontem, dia 20 de junho, e podem ser preenchidas até às 23h59 do dia 5 de agosto no site www.apgpa.com.br. Para quem concorrer às vagas de nível Fundamental a taxa de inscrição é de R$ 50,00, para as funções de nível médio o valor é de R$ 60,00 e para o Ensino Superior a taxa é de R$ 80,00. Abaixo está a relação de cargos de acordo com a escolaridade.
Fundamental: Vigia, Auxiliar de Serviços Urbanos, Auxiliar de Serviços Urbanos, Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar Administrativo, Agente de Limpeza, Agente de Alimentação, Agente de Portaria, Motorista e Zelador. O salário inicial é de R$ 545,00.
Médio Especializado: Técnico em Enfermagem e Técnico em Radiologia. A remuneração é de R$ 545,00 por 40 horas semanais.
Superior: Assistente Social, Nutricionista, Psicopedagogo, Fisioterapeuta Educacional, Estatístico, Sociólogo, Psicólogo, Farmacêutico Bioquímico, Enfermeiro, Biomédico, Médico, Médico Veterinário, Fisioterapeuta, Odontólogo, Psicólogo, Professor de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, Professor das áreas de: artes, Educação Física, Inglês, Língua Portuguesa, Geografia, História, Matemática, Ciências e Ensino Religioso. O valor dos vencimentos chega a R$ 3.000,00 mais gratificações para trabalhar 40 horas semanais.
As provas devem ser realizadas dia 4 de setembro, nos turnos da manhã e tarde. Todas as informações oficiais a respeito deste Concurso serão publicadas no Diário Oficial da União e no site da empresa organizadora.
O concurso terá validade de dois anos, contado a partir da data de homologação do resultado final e pode ser prorrogado por mais dois anos, a critério da Prefeitura de Breves.


ESCOLA ALCIDES MONTEIRO ELABORA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Professores do 3º turno a serviço da comunidade portelense
A escola Alcides Monteiro, depois da chegada do novo coordenador pedagógico Otoniel Sena, tomou novos rumos e está, finalmente, produzindo o Projeto Político Pedagógico. As reuniões são constantes devido ao alto volume de trabalho que o processo de elaboração do projeto requer, fazendo com que todos os turnos reunam com frequência.
Centrada no bairro que mais cresce na cidade de Portel, a escola Alcides já passou por situações de discriminações por pertencer a "um bairro pobre e de situação de risco" (através do PPP, descobrimos que não há nenhum estudo que prove essa afirmação), agora, ao receber tratamento de caráter científico, passaremos a abordar as questões sociais com um novo enfoque. Certamente isso posibilitará a escola a ser considerada uma das melhores da cidade, pois virá, finalmente, a trabalhar o conjunto educacional de forma científica, abandonando o famoso "achismo", abordando questões, inclusive, da deficiência em leitura nas séries inciais. Muitas vezes vemos que o aluno sai do fundamental, passa pelo médio e, já na faculdade, ainda tem problemas de leitura e interpretação.

terça-feira, 21 de junho de 2011

ACUTIPEREIRA VOLTA A FAZER FESTA JUNINA DEPOIS DE 4 ANOS

Os alunos da escola Ezídio Maciel se reuniram com a professora Odinéia para manifestar a vontade em retomar as festas juninas após quatro anos de total estagnação cultural. A procura de apoio da professora também foi feita pelos alunos da EJA -educação de jovens e adultos. "Confesso que me sensibilizei com o pedido, sei que isso dá muito trabalho, mas esse é um dos papéis do professor, lançar mão de recursos lúdicos, motivando os alunos e propiciando a socialização dos estudantes", afirmou Odinéia Ferreira.
Quadrilha Semente do Campo é só alegria nos ensaios
De acordo com a professora que há mais de 10 anos trabalha nessa região do rio Acutipereira, não havia como se recusar a esse convite, porque "são pessoas que fazem muito esforço para continuar com seus estudos, principalmente os alunos da EJA, que são pessoas idosas, com seus cabelos brancos, que tem que trabalhar durante o dia e ainda enfrentar a sala de aula na parte da noite", disse a professora.
Quadrilha Explosão do Campo faz ensaio de noite
A professora Odinéia disse que é uma prazer sem igual ver a alegria e a satisfação das criancinhas em participar dos ensaios, sobretudo porque se percebe a felicidade nos rostinhos delas.
Claro que tinha que sobrar pra mim, que fiquei responsável por fazer a mixagem das músicas e inclusive narrar a introduão e gravar, o que ocupou todo a tarde do domingo 19/06/11. Creio que valeu a pena, pois o trabalho ficou bom e com certeza vou me divertir muito no próximo dia 25. Nesse dia, o vereador Manoel Maranhense, patrocinador dos uniformes dos alunos, também vai estar lá para prestigiar um momento ímpar que ocorrerá na vida desses alunos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

UM DIA MUITO AGRADÁVEL

Sei que sou lido, através dos serviços de estatística do blog oferecido pela Google e por demais empresas as quais este blog se relaciona e conto histórias que vocês que moram nos Estados Unidos (o segundo país a curtir o meu blog, seguido pelo Brasil e depois por Portugal) e conto minhas histórias porque sei que vocês adoram aventuras de selva, trilhas, essas coisas de natureza - que, diga-se de passagem, somos ricos nisso!
Esta manhã sai com minha esposa para a zona rural onde ela leciona para criancinhas. Desfrutei de uma viagem muito agradável, apreciando a brisa suave. Sei que muitos de vocês pagariam o bastante só para ter um passeio assim. No meio do caminho tinha areia, pedras, paus, água, igarapés, bois me encarando ou fugindo do ronco do motor da moto, pintinhos, muitas árvores, mais igarapés, estudantes retornando para suas casas por falta de professor, idosos apreciando a manhã, pessoas trabalhando, lavando roupa, viajando pelo mato. É a vida que corre solta no interior de Portel, a cidade da natureza. 
Caso queiram visitar a cidade e desfrutar das coisas bem naturebas, por favor, entre em contato com a gente, estaremos dispostos a ajudar, mesmo que seja um brasileiro morando no exterior, como na Califórnia, ou até dos vários estados brasileiros que me visitam constantemente, como o estado de São Paulo, este é o campeão, depois do Pará, logicamente.

domingo, 19 de junho de 2011

APAIXONADOS EM CIMA DE DUAS RODAS

No último dia 12 deste mês, dia dos namorados, uma turma de aproximadamente 60 pessoas esteve fazendo um passeio de moto pela estrada que liga Portel a comunidade São Bento, na localidade Boa Vista, Acutipereira.

Igarapé Muim-Muim: primeira travessia dos motoqueiros
O organizador dessa viagem feita em cima de duas rodas, Adonis, reuniu os casais motoqueiros mais apaixonados da cidade e resolveram curtir as lindas paisagens naturais do município de Portel. Depois de atravessar a ponte do igarapé Muim-Muim, a turma do barulho passou pela comunidade da Prainha, fazenda Bom Jesus, Queimada - onde tem um igarapé delicioso -, Cumaru e suas belas praias, Pinheiro e suas infindáveis sombras, Campinas e, finalmente, depois de passar por cima de duas pontes sobre igarapés, chegaram a Boa Vista.
A festa foi muito boa, de acordo com o empresário Márcio, o qual experimentou o churrasco preparado a moda gaúcha pelo empresário Gilberto Denadau. Além de muita carne e cerveja, a esposa do Zé Carlos, Luciléia, preparou duas latas de açaí e, com a preguiça que vem depois, nada melhor do que tomar banho no igarapé de água gelada.
Houve também um confronte de futebol entre os motoqueiros e os homens da comunidade, tudo para experimentar o campo recém criado pela professora Odinéia.
Cenas do off-road do dia do trabalhador
Claro que quem trabalha merece seu lazer, seja ele qual for, e, nessa situação se encontra o Adônis, o Dr. Evandro, Sissi e muitos outros que cultivam o motociclismo como seu esporte favorito. Então, no mês de maio houve uma exibição de habilidade que chamou a atenção da cidade toda, que lotou uma arena montada na rua da vivência. Era o off-road. confira.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PREVIDÊNCIA: A CASA COMEÇA A CAIR




 A Operação Hidra de Lerna - animal da mitologia grega de nove cabeças de serpente – prendeu na manhã de ontem, quinta-feira 16, 28 pessoas, das quais 27 em Belém e uma em Recife (PE). Todas são acusadas de praticar fraudes na concessão de benefícios assistenciais ao idoso em agência da Previdência Social na Capital paraense. Segundo a Assessoria de Pesquisas Estratégicas do Ministério da Previdência Social as fraudes superam os R$ 5 milhões,
De acordo com a PF, para que as fraudes se concretizassem, os líderes das quadrilhas contratavam pessoas idosas, chamadas de “soldados”, que utilizando documentos falsos se passavam por beneficiários do Benefício Assistencial ao Idoso, o LOAS ao idoso, junto às agências do INSS e agências bancárias. Os membros das quadrilhas requeriam e recadastravam benefícios previdenciários, desbloqueavam cartões de pagamentos e renovavam senhas, com ou sem a participação dos idosos e de servidores do INSS.
A Secretaria da 3ª Vara informou que o juiz federal Rubens Rollo D’ Oliveira, que ordenou a operação, expediu 35 mandados de prisão preventiva, além de 47 de busca e apreensão. Mas a Polícia Federal só conseguiu prender 28, no início daquela manhã. As outras sete são consideradas foragidas e estão sendo procuradas por agentes da PF.
Dentre os presos estão 2 servidores da Previdência Social, 1 agente prisional, 1 funcionário do banco Bradesco, 27 intermediários conhecidos como “cartãozeiros” e 4 pessoas portadoras de documentos falsos para saques fraudulentos de benefícios, apelidados de “soldados”. Outras pessoas serão conduzidos coercitivamente para prestarem depoimento por haver forte suspeita de envolvimento com o grupo criminoso, sendo 1 servidor da previdência, 1 agente prisional e mais 4 suspeitos. 
Um deles, José Guimarães Amorim, o “Juca”, apontado como um dos líderes da quadrilha, possui registros criminais por tráfico de drogas, roubo e falsificação de documento, segundo a Polícia Federal. Seu patrimônio inclui veículos particulares de luxo, táxis, lancha de alto padrão e vários imóveis, entre outros.
As investigações identificaram cerca de 370 benefícios com indícios de irregularidades que causaram um prejuízo ao erário público na cifra de aproximadamente 10 milhões de reais. A operação contou com a participação de cerca de 200 policiais federais de todo o país.
Jamen: Concorrência era  menor
No Recife foi cumprido um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal da 3ª Vara da Seção Judiciária do Pará contra o paraense Jamen Figueroa dos Santos, de 36 anos, que atualmente morava em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. No interrogatório, ele disse que escolheu Recife para aplicar os golpes porque aqui a “concorrência era menor para aplicar a fraude”.
Parte inferior do formulário
As investigações policiais, conforme informações da 3ª Vara Federal, revelaram a ação de quatro quadrilhas que não tinham ligação entre elas, mas se especializaram na prática de crimes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Belém. Monitoramento da conversa dos investigados, autorizado pela Justiça Federal, constatou a fragilidade do sistema do INSS para concessão do benefício assistencial ao idoso.

Os membros das quadrilhas, segundo a decisão da Justiça Federal que expediu os mandados de prisão e de busca e apreensão, cadastravam um nome de titular do benefício vinculado a um número de CPF (em geral pessoa fictícia), inserindo para esse titular um número de RG de uma outra pessoa.

QUEBRA DE SIGILOS

O juiz Rubens Rollo D’Oliveira, em sua decisão de 115 laudas, transcreve trechos de conversas entre os integrantes das quadrilhas e define o papel de cada uma nas atividades ilícitas que vinham praticando.

A 3ª Vara também mandou quebrar os sistemas de informática e telemática para apurar as infrações penais. “Formou tal convicção a partir da consideração de que nas residências dos investigados podem existir equipamentos de informática onde podem ser fabricados os documentos falsos e outros documentos relativos aos benefícios fraudados e aparelhos celulares”.

As apreensões incluíram documentos públicos e particulares falsos, documentos pessoais em nome de terceiros, computadores e mídias eletrônicas de armazenamento de dados, cartões de pagamento de benefícios previdenciários, processos concessórios de benefícios previdenciários e outros documentos relacionados à tramitação de benefícios previdenciários, além de dinheiro e bens “oriundos da atividade criminosa ou quaisquer outros materiais que possam indicar a configuração dos crimes investigados”, concluiu o juiz. (informações da Ascom da Polícia Federal).

AUDITORIA EM PORTEL: DESVIOS E IRREGULARIDADES


Funasa comprova superfaturamento em obras com dinheiro federal
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA) encaminhou ontem ao Ministério Público Federal o pedido de providências contra o prefeito de Portel, no Marajó, Pedro Rodrigues Barbosa (PMDB). Uma auditoria da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) verificou, em novembro do ano passado, o superfaturamento em obras de drenagem e manejo ambiental para controle da malária e de melhorias sanitárias domiciliares, fruto de três convênios firmados entre aquela prefeitura e a Funasa, de números 0444/2006, 2531/2006 e 2802/2006. O superfaturamento foi de 655%, segundo o relatório, que notificou o prefeito a devolver R$ 400 mil à União. O relatório foi apresentado ontem pelo vereador José Pereira da Costa (PV) à OAB e a O LIBERAL junto com um dossiê de supostas irregularidades cometidas pelo gestor peemedebista.
Algumas dessas irregularidades foram mencionadas na denúncia recebida pelo e-mail presidente.contracorrupcao@orm.com.br, que gerou uma notícia para a qual o prefeito enviou resposta, publicada no último dia 7. Barbosa nega as acusações. Mas o relatório da Funasa, trazido ontem pelo vereador, reacende o caso. No documento, o coordenador de Auditoria Interna da Funasa, Carlos Antônio da Silva, analisou o preço de cada material adquirido para a realização das obras, com base nas notas fiscais apresentadas pela prefeitura.
Ele constatou que a obra foi executada diretamente pela prefeitura, que comprou materiais e locou equipamentos, quando deveria ter contratado uma empresa especializada para o serviço, conforme determinava o convênio. Além disso, a prefeitura não demonstrou ter empregado efetivamente todos os materiais adquiridos pela obra, como os 100 carrinhos de mão, quantidade considerada "exagerada" pelo auditor. "Os contratos foram aditivados com as empresas que forneceram materiais e serviços, resultando no aumento da despesa (...) os serviços foram supostamente executados com servidores municipais, sendo que esta prática é vedada (...) as folhas de pagamento apresentadas sequer demonstravam a liquidação dessas despesas (...) indicando a possibilidade de inexistirem tais contratações", afirma trechos do documento.
O auditor também apontou a participação do assessor jurídico da prefeitura, Eduardo César Travassos Canelas, que assina os pareceres jurídicos favoráveis a assinatura do contrato de R$ 1,6 milhão com a C-2 Engenharia, do irmão e da mãe dele, César Eduardo Travassos Canelas e Antônia Fernanda Travassos Canelas, respectivamente. A firma venceu a licitação nº 001/2007 para o fornecimento de materiais de construção, pré-moldados e locação de maquinários as obras de macrodrenagem dos b airros do Bosque, Cetro, Pinho e Muruci. Os pareceres de adjucação, publicação no Diário Oficial e contrato foram anexados a auditoria. “Conclui-se pela existência de irregularidades na origem da ação administrativa municipal (... e indícios de conluio entre as empresas participantes dos certames e servidores da Prefeitura Municipal, sobre preço, nas licitações para execução dos convênios”, informa o relatório. Apesar disso, grande parte das obras foi realizada. A participação da C-2 se deu  no Convênio 2.531/2006, no valor de R$ 4 milhões, sendo o repasse da Funasa de R$ 3,8 milhões e a contrapartida da prefeitura de apenas R$ 207 mil.
O vereador José Pereira acrescenta que o endereço da C-2 em Belém, registrada na Junta Comercial do Estado (Jucepa em 1º de fevereiro de 2005, fica no mesmo endereço da sede da Associação dos Municípios do Marajó (AMAM, na travessa da Três de Maio, 2,389, no bairro da Cremação. “Quando o prefeito assumiu a direção da AMAM, ele comprou a casa da mãe dele aqui em Belém para servir de sede a Associação, garante Pereira. A terceira alteração da sociedade empresarial da C-2, registrada na Jucepa, em 6 de junho de 2006, traz a assinatura da irmã do prefeito, Maria Rodrigues Barbosa, como testemunha. O vereador também assegura que Maria é namorada do dono da C-2. “Lá em Portel todo mundo sabe disso”, diz ele, que apresentou cópia do Processo Trabalhista nº 0000589-75.2010.5.08.010 movido contra a C-2, onde o preposto do município, Heliogabo Servet Costa Rolim, afirma que Maria namora César Eduardo.

Publicado em O Liberal, em 11 de junho de 2011.
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

AMAPÁ EM GREVE EDUCACIONAL

Hoje fiquei muito feliz. Foi o dia que minha filha, que mora no Amapá, veio a passeio a Portel. Claro que fiquei preocupado com as aulas dela. Ela me disse que as aulas em Santana, no estado do Amapá, estão suspensas. Em face dessa informação e por entender que temos muitos portelenses por lá, colhi o seguinte:
http://amapanocongresso.blogspot.com/2011/06/cerca-de-80-dos-professores-ja.html
http://diariodocongresso.com.br/novo/2011/06/justica-fixa-multa-diaria-ao-governo-se-cortar-ponto-dos-grevistas-na-educacao/

segunda-feira, 13 de junho de 2011

TIO ALCIDES REALIZA SEU II TERREIRÃO COM SUCESSO

Quadrilha Explosão na Roça, organizada pelo dançarino Almir Sátiro: digna de representar Portel nos intermunicipais
Pelo segundo consecutivo, a escola Alcides Monteiro, localizada em um bairro considerado de risco pelas autoridades, realiza um bem sucedido terreirão alusivo ao período junino, tendo como padrinho forte São edro que não permitiu uma gota de chuva ou falta de energia elétrica como a que prejudicou o terreirão do Tio Rafa (escola Rafael Gonzaga), o que forçou a coordenação do evento doar toda a alimentação.
O evento foi acompanhado de muitas quadrilhas que, diga-se de passagem, conquistaram o público, este último formado principalmente por famílias inteiras. O público foi formado por pessoas humildes do bairro e, principalmente, pelos pais dos alunos, os quais permaneceram no local até o fim.
A festa foi acompanhada pelas tradicionais guloseimas típicas da temporada, tais como vatapá, tacacá, manioba, mingau de milho, entre outros. Já no tocante a bebidas alcoólicas, houve uma proibição, dada a crença de que o bairro é tido como de risco. Aliás, esse papo de risco já está me enchendo o saco mesmo, pois não é de hoje que ouço isso. Há um tempo atrás reivindiquei o intervalo para um repouso tanto do professor quanto a um tempo de folga mental e relaxamento com brincadeiras por parte das crianas. A resposta foi a mesma: o bairro é violento e de risco. Ao tentar criar o atual grupo de dança Explosão do Alcides, a resposta foi de que era um problema num bairro de risco. Que risco?
Alcides Mirim
Além dos grupos convidados, a escola apresentou seus próprios talentos, como a Quadrilha Mirim do Alcides e a Explosão do Amor do Alcides, este na faixa etária entre 10 e 15 anos, todos oriundos do turno da tarde. Foi uma reivindicação feita diretamente a minha pessoa em 2010 pelos próprios alunos, que se consideravam fora dos eventos. De início foi difícil convencer a direção da escola sobre a necessidade de se implantar um grupo de danças. Houve até a sugestão por parte da coordenação de se criar um projeto para que pudesse ser aceito. As coisas sempre foram difíceis em administrações passadas, pois, segundo me confidenciou um professor mais antigo, quando a idéia partia dos professores e não da direção, era refutada, como foi o caso das duas primeiras arquibancadas, que hoje servem para acomodar os visitantes.
Qudrilha Explosão do Amor do Alcides
Toda a alegria foi comandada pelo DJ Losa e Ronaldo de Deus, locutor e professor da unidade escolar Alcides, com a cobertura da TV local SBT-Portel.
É mesmo de risco o bairro que mais cresce na cidade de Portel?
Estive na escola Lourdes Brasil e constatei que havia bebidas tradicionais nesse tipo de festividade, tal como o famoso quentão, assim como muita cerveja em latinha. Segundo colaboradores do blog Educadores de Portel, a escola Abel Nunes de Figueiredo também ofertou bebidas a classe alta da sociedade portelense que lotou as dependências da quadra esportiva. Mas, afinal das contas, quem foi mesmo o especialista que afirmou que a Cidade Nova é uma zona de risco? Ao percorrermos a rua 2 de Fevereiro, nos horários de pico, como entre as 11 horas e meio dia e entre as 18 e 20 horas, a percepção é nítida de que o povo está mesmo morando na Cidade Nova. Tudo que é novo pode passar por certas discriminaões, mas não deveria, principalmente aos olhos das pessoas cultas dessa cidade que precisam olhar melhor seus vizinhos, pois o centro vai ser mesmo o bairro da Cidade Nova.


sábado, 11 de junho de 2011

COMO VENCER UM EXÉRCITO


Um cara me disse certa vez que sentir e pensar não produz efeitos no mundo real, exceto fazer acontecer, isso sim causa mudanças. Credo, e pensar que eu passei a vida sentindo e pensando. Aí esse bicho me deu uma idéia. Fiz estragos, gente.
Só pra se ter uma idéia, no dia em que eu estava conversando confortavelmente com o prefeito de Portel, o poderoso Pedro Barbosa (dizem que poderoso mesmo é o irmão, Jorge), e, logicamente, para aqueles que suspiram em indagações sobre o motivo de eu estar ao lado de alguém assim, digo que era pura confiança. Creio que a mesma confiança que milhares de portelenses depositaram nesse sujeito quando o elegeram ao cargo de prefeito de uma cidade com pouco mais de cinqüenta mil habitantes. Confiávamos nele porque os administradores de Portel estavam fazendo o dinheiro sumir. Confiei até a data em que ele ligou para a SEMED pedindo solução para um problema e, ao mesmo tempo, assinou um documento que me prejudicou.
Naquele instante, uma eleição para a nova diretoria do sindicato rural de Portel. Nesse ínterim, um indivíduo ligado ao governo (um secretariozinho de merda) ligou para o prefeito relatando como a situação estava. Naquele momento o que interessava aos dois era saber a respeito da chapa. O que eu não sabia era que se processava uma trama para desbancar a ambientalista Vanica, que, coincidentemente, é minha sogra. Pedro disse ao seu interlocutor que não havia uma chapa única, dizendo também que eu estava ali a confirmar a situação. Nesse momento, minha esposa, que é justamente a filha da sindicalista Vanica, me ligou para dizer que a sede do sindicato tinha sido invadida pelos políticos e que Jorge Barbosa tinha mandado toda a sua tropa, aquela que atua nas frentes de campanha e boca de urna. Informou que o vereador Preto da Marina também estava lá. Disse que era pra ela se acalmar, que eu daria uma solução. O que eu não disse foi que, na verdade, não tinha nada planejado. Mas o Rei do Improviso nunca teme o futuro. E lá fui eu. Despedi-me do Pedro, na maior inocência a respeito de uma trama armada contra a Vanica e sua turma. Porém, antes que eu saísse da casa do Pedro pela última vez na vida, ele me falou que sua vontade era que todos permanecessem juntos, numa diretoria onde cada um ficasse arranjado sob uma diretoria e não se promovesse a divisão. Temia, segundo ele mesmo, que uma cara como o Zé Diniz assumisse o governo e não desse espaço aos organismos não-governamentais.
Quando eu cheguei à sede do sindicato rural, optei entrar pela porta dos fundos e vi caixas térmicas (isopor) com a inscrição CIKEL na tampa, num óbvio apoio ao candidato à reeleição TEOFRO LACERDA. No auditório, como parte da tropa, uma conhecida traficante de drogas fazia campanha para Teofro, no estilo boca de urna, característico do período eleitoral do município. No meio da multidão encontrei minha esposa que logo me informou sobre o furto de uma agenda. Um cara, morador da vila Campinas, rio Acutipereira, me falou que viu UM vereador passar com uma agenda vermelha. Outro morador do rio Anapú, o qual estava próximo da gente, me contou que viu o vereador O VEREADOR a folhear uma agenda vermelha atrás do depósito da fabriqueta de bloquetes. Aí surgiu um relampejo. Aquele que todo gênio (parece que eu me acho) sente ao aparecer uma grande idéia.
Como a informação que tínhamos apontava para o depósito, resolvemos fazer campana em frente do mesmo. Há uma casa construída em alvenaria, creio que pertence a uma senhora chamada Jaurimar, e lá permanecemos até que aparecesse alguém para resgatar a tal agenda. Em seguida, vimos o próprio prefeito se aproximar dos veículos estacionados ali, provavelmente permaneciam ali para reparos, pois grande parte dos caras ali de serviço eram mecânicos. Pedro estava trajando bermudas, chinelo e uma camisa pólo. Com sua aproximação pelo centro da rua da vivência, fez com que os caras dali fossem em sua direção. E, nesse momento, um assessor de Jorge Barbosa, chegou de moto. Saiu dali da casa do Eguimar, onde o Jorge Barbosa implantou um quartel general para comandar a eleição do Teofro Lacerda. No quartel provisório estavam o Barão, o Naldir e mais uma dezena de outros asseclas (puxa-sacos, popularmente falando). O governo tinha muito interesse em promover a reeleição de Teofro, sobretudo porque este estava envolvido no projeto da Ilha Grande do Pacajaí (clique aqui).
A idéia foi basicamente simples. Não abordaríamos o ASSESSOR, apenas ficaríamos olhando o destino que ele daria àquela agenda. Vimos o livro sob a sua camisa. Estava claro o que se processava naquele momento. Nós o vimos seguir para a residência do Jorge Barbosa. Conclusão: vamos espalhar a notícia. Estressadinho como o ASSESSOR é, bastava divulgarmos que alguns dos asseclas levaria a notícia. Deu certo. O VEREADOR agrediu Miguel Calixto, uma das testemunhas. No tumulto, minha mulher tentou fotografar a agressão, e foi impedida violentamente pelo ASSESSOR, que bateu em seu braço. Pedi que minha mulher continuasse a falar. Aí o cara partiu em sua direção, exigindo que ela mostrasse provas. Entrei em cena e disse que eu também vi. E este perdeu o controle emocional. Tentou me agredir. Dezenas de eleitores viram a cena. Criou-se um cenário de antipatia ao grupo que apoiava Teofro. Era revolta pura. Naquele momento acreditei que nós tínhamos virado o jogo. Gracionice seria a presidente. Um governo inteiro, um aparato municipal, derrotado. E a arma foi parecida com a dos gregos e o Cavalo de Tróia: simples e funcional. Foi assim que Gracionice chegou ao cargo de presidente do Sindicato Rural de Portel.
Tentativa de arrombamento do sindicato
Durante a madrugada que antecedeu a eleição da nova diretoria do sindicato rural, houve uma tentativa de arrombamento da porta lateral da entidade. Mas a Vanica decidiu dormir no STTR naquela noite porque, segundo ela, conhece os adversários,  e dessa forma frustrou os planos dos arrombadores.
De acordo com os diretores da atual administração sindical, os invasores pretendiam tomar posse das fichas sindicais para quitar débitos e dar legalidade aos eleitores inadimplentes junto á instituição, uma vez que só podem votar aqueles associados quites com suas obrigações sindicais.
O caso da agenda
De acordo com a Gracionice, o governo municipal estava em busca de provas de laços empregatícios entre ela e a prefeitura e tais evidências, caso se concretizassem, poderiam ser usadas para obstruir a chapa eletiva. O leitor pode achar estranho que um governo não tenha controle sobre suas responsabilidades, mas é o que ocorre nos governos de conchavos, pois muitos acordos são feitos e, nesse caso, a SEGAF – Secretaria municipal de gestão e administração financeira – pertence ao PT. Esta fez parte do acordo político de adesão do PT local ao PMDB de Pedro Barbosa. Gracionice negou ter cargo comissionado ou assessoria especial nesse governo.
Apoiada e pressionada pelas testemunhas, Gracionice se dirigiu a delegacia para registrar queixa sobre o furto da agenda vermelha, mas não havia ninguém para receber a denúncia.
Em tempo: Gracionice fez registrou um B.O na unidade policial de Portel. Veja cópia do documento.

Um congresso e um exercício de expressão verbal: saúde em risco em Portel



Fui convidado a representar o sindicato dos trabalhadores em educação – SINTEPP – na 14º conferencia nacional de saúde etapa municipal e, quero agradecer ao Paulo Junho, que propôs a idéia de um professor que não faz parte da diretoria  estar representando o sindicato mais forte da cidade de Portel. Claro que, ao chegar ao Auditório Manarijó, me dirigi a mesa de recepção e cadastramento e fui informado de que não havia regimento do congresso impresso por falta de recurso. Claro que vi cheques sendo assinados pela secretária de saúde durante o expediente, inclusive levados pelas mãos do Aleluia. Recursos há, portanto. Seria de suma importância um regimento de condução de um congresso com uma elaboração impecável para não comprometer os debates em termo de aproveitamento de tempo, geralmente escasso.
Uma reunião de caráter decisivo como a que se refere à saúde requeria não só o aparato governamental, pois a presença de autoridades como a secretária de saúde e o vice-prefeito municipal é um determinante imprescindível numa sociedade que convive com o fantasma da perseguição política. Digo isso amparado nos mesmos pressupostos que geraram minha opinião sobre a ausência da secretária de educação de Portel, prefeito e vice-prefeito e o ausente presidente da câmara em discussões públicas sobre assuntos correlatos no congresso da educação, opinião essa de que se o chefe está presente há uma indicação de que é pra todos estarem participando da reunião. Evidentemente que as caras dos contratados foi de total abstenção no evento da educação. Essa é uma norma dos tempos ditatoriais, que, por alguma razão lógica, persiste até os nossos dias.
Durante aos debates, a experiente Antônia Trindade Valente levantou uma questão que merece algumas considerações. Reconheço que o salário dos profissionais da saúde é um dos melhores do estado, pois sou um concurseiro de carteirinha e posso provar que, através dos muitos editais que leio, vem em destaque o publicado nos editais de concurso para a prefeitura municipal de Portel. No entanto, a falta de debates no setor da saúde está deixando um grande aleijão quanto ao aspecto da participação em eventos de discussão sobre as problemáticas da saúde. Vi que apenas os professores é que participaram da discussão, ora levantando questão, ora propondo, ora criticando. Tudo é uma questão de exercício. Se ninguém abre espaço no setor para amplos debates não haverá pessoas preparadas para discussões de percepção de problemas e suas soluções.
Sinto-me na obrigação de dizer que fui achincalhado pela própria diretora do hospital, que cobrou a chegada tardia ao evento dos professores. Não fosse por eles (ou nós), creio que o debate estaria minguado. E nesse quesito gostaria de falar, no sentido de ilustrar meu ponto de vista sobre a participação das pessoas do setor da saúde, ao fato do último congresso ter exercitado os profissionais da educação para participação no congresso regional que aconteceu em São Sebastião. Os professores portelenses foram destaques em todos os setores, tanto nas mesas de debates quanto nos grupos de trabalho e participação em relação a questionamentos.
No momento de minha fala falei sobre a questão da degladiação inútil entre portelenses, onde, entre mortos e feridos, sai perdendo mesmo é a sociedade, pois, vejo, sobremaneira, que, com licença da palavra, o buraco é mais embaixo. Quando me refiro a degladiação é quanto as discussões estéreis, onde todos se machucam e não traz nenhuma solução para os problemas. É certo que o setor da saúde não está devidamente regulamentado como o setor da educação, onde há previsões de arrecadação de impostos que garantem os custos. Aí a cobrança seria destinada á bancada de deputados, os quais nem sequer se dão ao luxo de mandar um representante para organizar melhor a luta pelos direitos de uma saúde capenga como a do estado do Pará.