Nesta data, 22 de fevereiro de 2010, descobri que já fui lotado com apenas 100 horas na Escola Municipal Alcides Monteiro, e que já começou o planejamento e que provavelmente o diretor de lá, um tal de Cley, que por sinal não gosta de mim, pois uma vez, segundo o Diretor de Ensino Valdo Paranhos, recusou o meu nome como professor de inglês por lá. Já é um bom começo, até porque não gosto de puxação de saco, essa coisa de babação, sabe?
Bom, entremeio a essa agonia de não saber onde vou ser lotado, coisa que não é só minha (tem alguns milhares que vivem nessa situação), surgiu a necessidade de se falar sobre a questão de norteamento dos trabalhos. Norteamento vem de norte, palavra muito utilizada quando se busca uma direção, um rumo. E assim, entende-se que alguém possivelmente perdeu um rumo. Ou seria a própria educação deste município que está sem um destino, está ao deus dará?
No ano passado os técnicos se queixavam de não poderem trabalhar com independência devido à ingerência dos políticos, os quais indicam os professores que são mais chegados a eles e participam do seu jogo politiquento. Nesse quesito, pode-se dizer assim, há uma grande razão que amparou os homens e mulheres da SEMED, pois nós professores nos sentimos tais como uns pobres coitados, pobres mortais cujos destinos estão nas mãos dos deuses e se reúnem sob os múltiplos telefonemas de vereadores, vice-prefeitos, prefeitos e outras figuras sobrenaturais. Tais imortais não se preocupam com a qualidade do ensino prestado por pseudos professores, a exemplo de uma lida garota escolhida a dedo por um vereador que noutro blog foi apelidado de “anta portelense”, este escolheu essa tal moça por motivos puramente sexuais, a pobre coitada não sabia o português muito menos o inglês que colocaram em sua carga horária! – dizendo as más línguas que ela realmente era habilidosa com as papas (da língua).
A meu ver, a coisa desandou de lá pra cá, tendo como marco inicial da desarrumação o soberbo atraso do pagamento de janeiro. Isso sem falar do super retardamento do começo das aulas, o que certamente irá causar outros novos transtornos às famílias dos estudantes assim como destes e dos pobres mortais professores que terão que trabalhar também aos sábados, como no ano passado; trabalharão já no começo de julho (em plenas férias!) como em 2009 (!), perdurando tal corrida contra o tempo até as vésperas do natal. A recomendação digna para um início sem atropelos seria começar as aulas logo a partir da primeira quinzena do mês de fevereiro.
Lembro muito bem daqueles dias no primeiro semestre do ano de 2007 quando vivíamos o período do Orziro Santana e a coordenação da pedagoga Jil, a qual conduziu com excelência a configuração do PPP – Projeto Político Pedagógico – levado a sério, pois contou com um diagnóstico envolvendo desde o barqueiro, servente, coordenadores da igreja católica, dirigentes, associações, sindicatos, professores, coordenadores, diretores, assim como toda as comunidades envolvidas no processo de elaboração de um documento recomendado por todas as conferências de educação deste país. Vê-se, portanto, que o desatino é de tamanha dimensão que não se sabe o fim deste documento com os anseios da própria população, as propostas de quem sabe onde aperta o sapato.
Um norte se busca com uma bússola pelos grandes navegadores, mas quem navega nos mares da educação de Portel muito bem sabe que não basta uma bússola para encaminhar as propostas de melhorias de qualidade da educação quando se contrata pessoas desqualificadas para orientar as crianças que são o futuro deste município.
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