Por Ronaldo de Deus
Os administradores públicos de municípios pequenos passam por diversas dificuldades e muitas das vezes dispõem apenas do IPTU como fonte de arrecadação. Alguns contam com o IPI, em caso de indústrias. Outros angariam recursos através de imposto sobre a extração da madeira, como é o caso de Portel.
Durante anos a empresa madeireira conhecida como Companhia Amazonas e, depois, como AMACOL, foi o sustentáculo da economia do município. Muitos lembram com saudade os mega financiamentos dados aos madeireiros e também da enxurrada de profissionais formados pela empresa norte-americana, como os bons mecânicos, eletricistas, torneiros mecânicos e até empresas que surgiram com as muitas indenizações por tempo de serviço.
Passada a euforia do setor, hoje vemos madeireiros passando por sérias dificuldades financeiras.
Embora haja dificuldades, e estas não estão restritas apenas ao setor, o município ainda ostenta uma riqueza de dar inveja aos vizinhos, o que pode ser verificado pelas dezenas de balsas que trafegam o rio Pacajá, o qual banha a cidade de Portel. Cada uma dessas balsas pode deixar valores de até R$ 1.500,00 reais aos cofres públicos. Porém esses valores estão sendo desviados.
Para se ter uma idéia, no início do ano de 2005 a arrecadação provenientes das balsas madeireiras somava 180 mil reais até o mês de fevereiro, sendo reduzido em menos de três meses a 30 mil reais. Descoberto o vazamento, o prefeito Pedro Barbosa demitiu todo o pessoal da fiscalização.
Mas as ervas daninhas sempre voltam. Novamente a equipe que assumiu para moralizar o setor cai na tentação do rio de dinheiro e praticam os mesmos vícios. Pessoas praticamente sem nenhum patrimônio passam a possuir bens nunca imaginados, como carros, motos, residências boas na sede do município e em Belém, fora sítios e lanchas. A visibilidade do escândalo está disponível a qualquer cidadão e a prova do enriquecimento pode ser rastreada com facilidade.
O caso pode ser investigado pela própria administração através de inquérito administrativo para que os milionários da fiscalização provem de onde veio tanto dinheiro. Ao que se sabe a mega sena ainda não foi generosa com os portelenses. A questão é: estariam eles sozinhos nessa mina? Aí, é melhor ficar calado e não fazer nada, pois quem tem rabo de palha não se achega ao fogo.
2 comentários:
Nesta quinta 11/11 teve vereador cobrando do prefeito escolas na zona rural alegando que até o momento o FUNDEB já chegou a 23 milhões em repasse aos cofres públicos da prefeitura de Portel. Só esqueceram dessa arrecadação madeireira que parece que ninguém quer enxergar.
Ronaldo, tem muito ladrão e o Pedro precisa fazer alguma coisa. Tem a história do cara que vendia passagens de 70 reais por 30, tudo a custa da prefeitura. O cara tava ficando rico. Tem carro, moto, barco e ainda paga faculdade e vice numa boa. Descobriram essa ladroagem e mesmo assim ainda tem proteção. Merecia uma demissão sumária. Muitas pessoas precisam de uma passagem e um facínora deste quilate usa esse reurso para se dar bem.
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