O texto de hoje é sobre duas frases que chamaram minha
atenção nesse período de pandemia, em muitas das minhas conversas mantidas com populares:
Incrível como as pessoas possuem crenças que as podem matar.
Ouvi de um cidadão de 58 anos de idade: “Todo ano tem essas doenças. Doença
mata quando tem que matar”.
“Não adianta ir pro hospital porque eles lá matam mais
rápido ainda”. Essa segunda frase eu já tinha lido em algum grupo de Whatsapp.
Ao considerar a primeira frase de que “todo ano tem essas
doenças”, respondi que realmente existem as chamadas viroses. Mas indaguei ao
nobre cidadão: “Você já reparou que nos outros anos nossos amigos não estavam
morrendo como nesse caso do Covid?”
Ele ficou perplexo, talvez porque foi pego de surpresa
quanto à pergunta que o deixou encucado. Caiu por terra a afirmação, pois de
fato as pessoas não morreram em anos anteriores.
Vamos para a segunda frase em que certo cidadão disse que
“não adianta ir por hospital porque eles lá matam mais rápido ainda”. Nesse
caso, afirmei que, caso fosse verdade que o hospital virou um “matadouro” (vi
esse termo usado politicamente por grupos que apoiam pré-candidatos a
prefeito), os demais municípios onde as pessoas estão também morrendo estariam
sendo considerados assassinos.
No primeiro caso, a crença é antiga. Mas no segundo caso, as
pessoas foram induzidas por gente irresponsável, pois espalham notícias que
tentam derrubar um governo sem medir as consequências. Uma vez instalada a
ideia de que o hospital é um “matadouro”, o cidadão comum nem vai em busca de
socorro e pode, consequentemente, morrer.
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