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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Portel: Como vivem agora os professores após a retirada de direitos pelo prefeito Paulo Ferreira?


Afinal, como vivem agora os professores de Portel após a abrupta retirada de direitos desde o início de 2021?

 
Para a professora X, sua vida capotou de vez como nunca antes visto desde que adquiriu estabilidade no emprego por meio de concurso público. Essa professora me relatou que só vivenciou esse tipo de situação no governo de Nancy Guedes, mas que o atual governo superou os desmandos contra a Constituição. Seu saldo é de 160 reais por mês. Com esse valor, disse ela, não dá pra sobreviver mais como professora prestes a se aposentar.


Como está a relação dos professores com os bancos? 

 
A dívida com o banco é acochante, tendo ido a agência local do Banco do Brasil para resolver através de uma renegociação, pois acredita que o atual governo não tem interesse em favorecer a educação no município. Disse-me ela que a segunda opção seria recorrer ao Ministério Público que, segundo ela, não é confiável, que se vendeu. Mas, afirmou, o governo atual é menos confiável do que a Justiça.


Quais são os impactos dessa retirada de valores dos professores no comércio portelense?

 
Os comerciantes não tem muito a comemorar, pois as perdas foram muito grandes. O prejuízo ao comércio não foi calculado. Com a perda salarial promovida pelo governo de Paulo Ferreira, houve uma queda gigantesca na aquisição de bens. Segundo os dois professores com quem travei conversa esta manhã, insumos como carne de boi é um sonho distante, sendo, para eles, um retrocesso que os jogou na área da pobreza.


Quais os prejuízos que as famílias tiveram, com relação aos investimentos em educação de seus filhos?

 
Outro setor da vida do professor que sofreu duro desgaste foi a educação dos filhos.  De acordo com o professor Y, a faculdade da filha está ameaçada. Com os boletos vencidos, a opção foi se dirigir à instituição para trancar o curso. A direção da universidade foi maleável e insistiu que a jovem continue os estudos. Para o professor W não foi muito diferente, pois teve consequências drásticas quanto a educação dos dois filhos. A solução foi interromper os cursos. Nesse caso, a instituição foi mais severa e não ajudou muito.

O quê faz o Ministério  Público em relação ao essas perdas que afetam direitos básicos e constitucionais como a alimentação?
O Ministério Público recebeu uma ação coletiva promovida pelo Sindicato dos trabalhadores em educação de Portel. Nenhuma manifestação do órgão foi sentida até o momento. A professora disse que o Promotor era notícia na rádio e TV todos os dias, mas ultimamente desapareceu. 

PARA QUEM ESTÁ POR FORA, VEJA O PACOTAÇO DO PREFEITO PAULO FERREIRA

1. Reduziu cargas horárias dos professores, até dos que trabalham há mais de 20 anos;

2. Retirou a dedicação exclusiva dos Técnicos Pedagógicos;

3. Retirou a Hora Atividade dos Professores;

4. Retirou a gratificação pelo Difícil Acesso;

As ações consideradas arbitrárias pelo Sintepp chamaram a atenção (em março do corrente) da Deputada Marinor Brito (PSOL), a qual solicitou mediante requerimento informações a respeito das retiradas de direitos ao próprio prefeito Paulo Ferreira.

Inicialmente a ideia parecia sensata, para não causar um colapso na educação portelense, mas alguns sinais mostram que não é bem assim. Primeiro que os recursos estão amontoados nas contas. Segundo que a farra de contratações está de vento em popa. Assim, a justificativa caiu por terra.

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