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quinta-feira, 8 de abril de 2010

A PROFESSORA SEM CALCINHA

Outro dia estava eu a matutar sobre as adversidades da vida enquanto aguardava meu horário de serviço na entrada da escola onde trabalho e vi, bem na minha frente, uma placa de inauguração do prédio. Nela eu via o nome de um secretário de educação sobre o qual uma professora, dessas antigas, contou uma história de assédio sexual.
Naquele tempo, ela mais jovem, no início do ano letivo, recebeu apenas 100 horas, redução essa feita para acomodar mais apanhiguados políticos. Claro que essas 100 horas não eram suficientes para a mãe-solteira alimentar seus três filhos, hoje inclusive vale ressaltar que um deles é professor na zona rural de Portel. Bem, a professora, séria como ela é, dirigiu-se ao então secretário e contou suas dificuldades e este sugeriu que  a mesma fosse até a secretaria de educação , que funcionava no prédio da biblioteca pública, de preferência por volta das 13 horas porque nesse horário não havia muita gente. Mas, surpreendentemente, o gestor da SEMED disse que a pobre professora fosse de saia e, preferencialmente, sem calcinha. Hoje a professora tem um rancor profundo contra esse cidadão.
No momento em que eu estava a pensar nos horrores que esse homem cometeu enquanto estava no poder, chegou um amigo professor, que é do SINTEPP, e contei que aquela placa me fez lembrar cenas desagradáveis como essa que relatei acima e este educador me contou a situação pela qual está passando, com redução de carga horária porque se manifestou publicamente contra o atraso no pagamento dos servidores municipais no início deste ano de 2010. Contou que uma irmã de um político desse atual mandato falou na reunião pedagógica da escola onde esse meu amigo professor trabalha conjuntamente com essa figura patética, que “a pessoa tem que vestir a camisa; ou é ou não é”. OU seja, ficou claro que o colega teve sua carga reduzida em função de suas reivindicações e, consequentemente, perseguição política. Mas esse, gente, é homem e não veste saia, muito menos anda de calcinha.
Mais tarde nesse mesmo dia, encontro novamente o professor perseguido e penso que ele ficou impressionado com a história que contei sobre a professora e a calcinha e pediu que eu repetisse a história para uma colega há muitos anos professora da rede pública municipal. Essa mulher de boa aparência, separada do marido, mas recatada, contou que nunca recebeu 200 horas e que neste ano um vereador sugeriu que a mesma fosse a um encontro e assim ele aumentaria as horas da professora. Segundo ela, o parlamentar insistiu várias vezes, inclusive por telefone (possível de ser provado), até que, vendo que desse mato não sai coelho, desistiu. Hoje ele não fala com a professora.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Esse cara é um perigo a sociedade, Ronaldo, um bicho frustrado que usa do cargo para atingir o objeto de sua frustração. E há muitas cópias dele nesse interior, diretores que se valem da posição que ocupa para receber sexo em troca de carga horária e de um contrato.