Depois de assistir a várias reuniões políticas em locais públicos de Portel, cheguei à constatação que não gostaria de ter chegado: todos não apresentam proposta para o setor da agricultura.
É preocupante pelo fato de que o grande sustentáculo da economia de Portel, o setor madeireiro, sucumbiu após mais de 60 anos. Alimentou várias gerações portelenses assim como muitos municípios desse estado. Vale lembrar aqui a grande AMACOL, a qual foi saqueada por um grupo de pessoas que a administravam e, em seguida, invadida por sem terras e sem vergonhas, criando-se a maior favela do município. Esse favelão viria se tornar o maior símbolo da miséria que se seguiu, resultando em índices de violência nunca antes visto numa cidadezinha pacata, mas cheia de pessoas humildes.
Hoje quem sustenta os cerca de 30% de empregados é o comércio e o setor público, sem esquecer dos milhares de bolsistas do programa federal Bolsa Família. 70% da parcela de desempregado atualmente apedrejam a governadora Ana Júlia pela falta de ação para combater o desemprego na região.
Portel tem vocação para o setor agrário, com potencial para produção de alimentos capaz de abastecer grande parte dos municípios da Ilha do Marajó. No entanto, os candidatos que por aqui passaram não apresentaram até o momento nenhuma proposta para o setor. Eles sabem que a saída está no ramo da agricultura, apesar disso preferem seguir a cartilha do imediatismo, resultando em verbas para asfaltamento de ruas. É visível aos olhos dos eleitores. Investimento no social é algo de médio e longo prazo. Fomentar o setor agrícola também tem prazos extensos e isso não gera voto. Liberar o setor madeireiro parece ser um consenso, encabeçado principalmente por candidatos empresários.
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