Iniciei a leitura de um livro interessante na semana que antecedeu ao JEP’s atual. JEP’s é a sigla Para Jogos Estudantis de Portel, uma imitação dos Jogos Estudantis do Pará. Nesse livro (Trabalhando com jogos cooperativos), o autor, Marcos Miranda Correia, consegue enxergar a educação física como uma ferramenta de mudança social ou de instrumento do capitalismo e sua busca pelo vencer a qualquer custo. O livro questiona se a cooperação é um comportamento tão valorizado nos discursos dos educadores, por que, muitas vezes, não é privilegiado nas práticas escolares? Fundamentado na literatura da área, demonstra a importância de que se cultive a cooperação, com a conseqüente modificação de práticas, conceitos e valores competitivos comumente encontrados na escola.
E por falar em JEP’s...
Na manhã do dia 8 de agosto, o comentário era geral acerca de times escolares que participariam do JEP’s não compareceram às quadras, perdendo assim por W x O. Ainda que não caiba analisar as causas em um texto sucinto, vale lembrar que estamos diante de um fim de mandato. E, nessa circunstância, a politicagem que se engendrou nos meios educacionais está a causar severas mazelas. Há, a meu ver, um distanciamento das boas práticas ao atender aos ditames politiquentos que não deveria acontecer se houvesse uma liberdade ao setor para atuar com autonomia.
Sendo o JEP’s, cópia ou não, um evento de caráter anual, caberia ao professor encarregado saber de antemão quem são seus atletas. Nesse caso, a relação só foi repassada dois dias antes do início da competição. É de enfraquecer a amizade mesmo. Jogo, pelo fato de ser jogo, não pode ser confiado ao azar ou a mera sorte, vejo que se trata de treino e, nesse ponto, ficamos muito a dever. Há um número enorme de modalidades e um número restrito de professores de educação física, o que, por si só, já sinaliza um problema de preparação desses alunos.
Posso salientar um ponto de igual gravidade que é a exclusão nos jogos, e isso o autor do livro o tece muito bem, em que apenas uma minoria participa, ficando grande parcela de estudantes de fora das competições, e nem sequer essa maioria vai aos eventos. Portanto, não está acontecendo uma inclusão e sim uma exclusão.
Posso salientar um ponto de igual gravidade que é a exclusão nos jogos, e isso o autor do livro o tece muito bem, em que apenas uma minoria participa, ficando grande parcela de estudantes de fora das competições, e nem sequer essa maioria vai aos eventos. Portanto, não está acontecendo uma inclusão e sim uma exclusão.
E, para piorar o quadro, no dia 7, ontem, aconteceu um sério acidente envolvendo um aluno da escola Lourdes Brasil e da escola Alcides Monteiro, ficando o primeiro com traumatismo craniano e o outro com sete pontos (coincidentemente no dia sete de setembro). Logo, muitos pais se sentiram inseguros de enviar seus filhos a um evento com condições de segurança mínimas.
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