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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTEL E A LEI DA MORDAÇA METEM MEDO EM CANDIDATOS A VICE-PREFEITO


    A temporada de caça ao cargo de prefeito para o próximo pleito de 2012 em Portel já começou e seguramente em todo o Brasil. Ainda que de forma tímida, alguns pré-candidatos sonham em abocanhar o cargo do prefeito eleito como o mais popular de todos os tempos depois de Renato Queiroz: Pedro Barbosa.
O grande problema, porém, é que todos os candidatos que se dispõem à disputa não sonham, de maneira nenhuma, ocupar o cargo de vice-prefeito. E com uma razão inconteste: vice pode não mandar em nada. Acompanhe esta história contada por Ronaldo de Deus.
    O irmão do prefeito, Jorge Barbosa, junto com seus fiéis escudeiros outros vereadores, decidiram, ainda no primeiro mandato iniciado em 2005, impedir qualquer ação do vice-prefeito Ademar Terra da Costa (vice, coitado), redigindo uma lei sabidamente inconstitucional, que não deixava o vice atuar interinamente. Tal lei colocava no cargo de prefeito os secretários executivos e até a Primeira Dama, Lindalva Barbosa, a qual, tão eufórica em ocupar o maior cargo municipal, fez uma festa com direito a bolo e refrigerante no prédio da prefeitura da cidade.
    No segundo mandato de Pedro Barbosa, Ademar Terra cedeu (se é que pôde ceder) lugar ao petista Carlos Moura (Antônio Carlos Moura da Silva), que continuou sem os poderes de vice nem a possibilidade de sentar na cadeira mais importante do município na ausência do titular. A situação ficou tensa quando a então governadora Ana Júlia do PT, mesmo partido de Moura, começou a questionar a ausência do maior petista da cidade de Portel. A situação era constrangedora para o prefeito Pedro Rodrigues Barbosa. Como ele teria que explicar a então Lei da Mordaça?
    Devido a essa situação constrangedora gerada pela pelega Câmara de Vereadores, Portel perdeu milhões em investimentos.
    Diante duma experiência desta, muitos pré-candidatos não querem ficar com vice na chapa de ninguém. Afinal, já existem nomes diversos que o povo ouve falar nas ruas da cidade, a saber.
   Wagno Nascimento, o Nenê – Já foi candidato a vice-prefeito de Renato Queiroz numa campanha derrotada no passado. Seu nome é muito cogitado na zona rural, onde já faz trabalho há mais de cinco anos. O povo da cidade costuma não engolir muito o nome de Nenê devido ao comportamento dos irmãos dele nem com a postura da esposa tida como arrogante e cheia de não-me-toques, no entanto tem um lado positivo em contar com o apoio de Pinto, deputado federal, e Luzineide Farias, deputada estadual.
    João Henrique – Nunca exerceu cargo político. Sua vida sempre foi de comerciante. Tem andado muito pelo interior com o candidato declarado Nenê Nascimento (Wagno Nascimento). Joãozinho, como é conhecido na cidade, não é um homem do povo, apesar de ser respeitado pela elite da cidade.
    Zé Diniz – empresário herdeiro da fortuna do falecido empresário e ex-prefeito de Portel Felizardo Diniz, sempre foi menino de bom comportamento, o que o levou fatalmente ao cargo de vereador mais jovem e mais votado dos anos 80, tendo conseguido se eleger para um segundo mandato, acabando por perder um terceiro. Já teve seu nome apreciado pela população de Portel como candidato a vice-prefeito de Elquias Monteiro, tendo sido derrotado por Pedro Barbosa. Diniz se sentiu traído por Elquias, o qual prometia resolver suas muitas pendências com o Tribunal de Contas, por mau uso do dinheiro público, tendo, no final da eleição, seus votos anulados: mais de 5 mil votos jogados no lixo e o fechamento de uma das farmácias do Grupo Diniz.
    Zaqueu Freitas – Tabelião vitalício em Portel, Zaqueu já foi candidato a prefeito, mas nunca exerceu cargo nem de vereador, tendo perdido por poucos votos para Elquias Monteiro. Zaqueu já teve vida de boêmio quando mais jovem. Depois disso, retornou a Assembléia de Deus, mas parece não contar mais com o apoio do mais poderoso e eterno pastor de todos os tempos na Assembléia de Deus em Portel, Gabriel. Zaqueu também não é, como Joãozinho, um homem de traços populares, não chegando a ser antipático, simplesmente não tem carisma junto ao povo portelense. Segundo as más línguas, Zaqueu estaria sendo manipulado pelas forças do atual governo municipal para derrotar as bases do irmão no evangelho, o pastor Eri, um forte candidato, em termos morais.
    Manoel Maranhense – Manoel de Oliveira, o Manoel Maranhense como é conhecido no município de Portel, é o vereador mais popular dentre os nove vereadores da Câmara Municipal. Sua fama pelo interior é tanta que o prefeito Pedro Barbosa mandou suas equipes acompanhá-lo em suas viagens para constatar o que lhe diziam as pessoas. Numa dessas viagens, Manoel era tão paparicado pelo povo ribeirinho que os outros vereadores ficaram desprezados. Manoel Maranhense consegue essa façanha com uma receita simples: ao contrário da maioria dos vereadores eleitos, nunca abandonou suas bases eleitorais e aceita convites para estar nas comunidades durante seus festejos religiosos, além de estar fielmente presente na vida cotidiana de todas as comunidades que o elegeram. História com toda essa fama fez com que todos os pretensos candidatos manifestassem convite ao Manoel para integrar chapa ao cargo de prefeito como VICE.
    Miro Pereira – Advogado, um dos fundadores do tradicional Mandioca Mole, Dr. Miro, como gosta de ser chamado, já concorreu ao cargo de deputado estadual, conseguindo 10% dos votos necessários. Sem muita opção de bons nomes, o PMDB já apontou o nome de Miro Pereira, sem conseguir o aplauso da população. Inclusive os votos que Pereira conseguiu amealhar são, em sua maioria, provenientes de outros municípios, tendo o povo portelense votado em candidatos de outras cidades, como o deputado estadual do município de Breves Luis Rebelo, apoiado por vereadores como Jorge Barbosa, Preto da Marina, dentre outros cidadãos portelenses. No momento, o PMDB, diante da reação negativa do povo ao nome do Dr. Miro, pensa em substituí-lo por nomes como o do Dr. Evandro.
    Rosângela Fialho – Secretária de educação, odiada pelo SINTEPP e administração contestada por barqueiros, professores, serventes, vigias e outros, Rosângela Fialho, herdou o sobrenome do falecido ex-prefeito de Portel, Othon Fialho, porém não goza de mesma popularidade, tanto que seu nome nem saiu na última listagem como pré-candidatos na reunião do PMDB que escolheu o rejeitado Miro Pereira. Seu nome passou a ser cogitado quando Pedro Barbosa andou falando na possibilidade do cargo ser ocupado por uma mulher. O povo teme que aconteça o mesmo com a ausente ex-prefeita Nancy Guedes, principalmente pelo fato de Rosângela Fialho já ser ausente do seu cargo de secretária de educação, em suas sucessivas e eternas viagens.




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