Desde o final da tarde de ontem, 08, Bolsonaro está num dos 16 município que compõem o arquipélago do Marajó, a cidade de Breves no Pará. Mas, afinal, o que Bolsonaro traz na mala para beneficiar o combalido Marajó, uma região que representa o pior IDH do Brasil?
Segundo a Agência Brasil, o Abrace Marajó, lançado em março deste ano pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, articula uma série de ações com diferentes órgãos federais, do estado e dos municípios para melhorar os serviços públicos e fomentar o desenvolvimento econômico e social do arquipélago.
Como Portel está entre os piores Índices de Desenvolvimento Humano (a lista engloba 50 municípios brasileiros e aponta Melgaço como o pior) - aí incluídos o próprio município de Breves, Bagre, Chaves, Curralinho, Anajás e Afuá - penso que não há desenvolvimento sem considerar problemas estruturais, como os elencados abaixo:
Porto - Portel possui um dos melhores calados da região do Pará. Há inclusive indícios de que essa peculiaridade poderia servir de porto de carga e descarga para produtos gerados no Estado do Pará, como o gado. Sem dúvida, Portel está mais próximo do oceano, rota dos navios que promovem o transporte das riquezas do Pará e do mundo.
Aeroporto - Não de pode falar em turismo sem esse diferencial tão sonha pelos políticos mais sérios, que se distanciam à milhas dos que pensam pequeno e se envolvem em picuinhas que apenas divide o nosso povo. Atualmente, depois da extinção do campo de pouso da extinta Amacol (hoje Rua da Vivência), quem socorre Portel em questão de aeroporto é o empresário Juarez Paranhos, nas imediações do quilômetro 10 da Transcametá.
Rodovia - Portel possui uma estrada aberta pelo saudoso ex prefeito Felizardo Diniz, até a altura do quilômetro 40. Depois, um empresário chamado Miguel Figueiredo (assassinado em sua propriedade rural no rio Pacajá e que até hoje não elucidado), prosseguiu a abertura da mesma, ligando a vários municípios. Miguel Figueiredo gastou 500 mil reais, na esperança de que o município o reembolsasse. Morreu sem ver o retorno de seu investimento. Penso que, caso o Presidente Bolsonaro ajude com um valor de mais de 50 milhões de reais para a pavimentação, vejamos o sonho de Miguel Figueiredo ser concretizado, conjuntamente com todos os portelenses que pensam grande.
Energia - Bolsonaro inaugura o Programa Mais para a Amazônia, com expectativa de implantação de placas solares nas residências de 11 mil famílias do Marajó. Ainda considerando Portel, regiões dos rios Pacajá, Camarapi e Anapu não são beneficiados com a energia proveniente de nossas hidrelétricas, mas Sul e Sudeste recebem tais benesses.
Creches - Prosseguem sem desbloqueio os recursos das cinco creches no município de Portel, cujo aporte é Federal. Justiça ainda não condenou os responsáveis pelos desvios dos recursos que beneficiariam milhares de crianças.
Saneamento - Prefeitura pobre como Portel não dispoem de verba para a implantação de galerias para o escoamento das águas das chuvas. O máximo que um prefeito faz é asfaltar as ruas (como não tem dinheiro, tem que ter a capacidade de articulação com outros entes como o Estado e a própria União), amenizando o sofrimento do povo e da economia através da diminuição da poeira e lama. Bem recentemente, Pedro Barbosa foi criticado por políticos estaduais dentro da AMAM por "enterrar dinheiro", ao investir em saneamento básico, principalmente no bairro da Tijua.
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