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domingo, 4 de outubro de 2015

O que a Câmara de Vereadores pode fazer contra o enriquecimento ilícito?

Ao visitar o bairro da Cidade Nova, fui abordaddo por um cidadão que vive a mesma ansiedade do resto da população, que é saber, ainda que desconfiado das boas intenções dos candidatos, quem são os reais pretendentes ao cargo de prefeito de Portel. Ao que me parece, este cidadão conhece muitas coisas do passado político de muita gente.

Primeiramente relatei sobre os agentes do sistema que mais operam e desfilam em total conforto no município e até fora dele, com poderes acima dos cidadãos normais, ás vezes fazendo farras em bordéis com mulheres que custam no mínimo 500 reais uma transa, só para não dizer dos horrores gastos em orgias. Mas não esqueci de dizer das amarras que estão sendo traçadas, não citando os pobres bons intencionados rapazes que um dia lutaram contra opressão e ditaduras implantadas no município de Portel. Hoje tais ditadores, velhos e corrompidos e não aceitos pela opinião pública, ainda comem pelas beiradas, tais quais os vendidos.

Em seguida, falei dos planos de lançar um candiato a mais diante de uma possível abordagem de agentes federais para averiguação de suspeitas de fraudes em licitações, enriquecimento ilícito. Alertei, no entanto, que já são quatro tentativas, mas forças estranhas ao olho do povo estão desfavorecendo as ações federais. Isso deixou o olhar do meu interlocutor apreensivo, como se houvesse uma frustração quanto ao impedimento de qualquer medida que pudesse aliviar as tensões advindas de qualquer sinal de corrupção. E ele, finalmente, indagou: "E a Câmara (referindo-se ao Poder Legislativo Municipal), não pode fazer nada?"

Deixei-o ciente de que a Câmara de Vereadores possui um poderoso instrumento chamado CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), segundo o qual os prováveis defensores da dignidade e decoro parlamentar em defesa da ética poderia afastar as autoridades suspeitas e fazer uma investigação profunda, assumindo o Poder Execuivo e dando satisfação à opinião pública que paga altíssimos impostos e é merecedora de uma ação que se afaste da falácia, frases de efeitos e postura de falso defensor da moralidade quanto aos gastos públicos que redunda em enriquecimento ilícito. 

Confesso que não estava desejoso de manter o diálogo com o cidadão, pois já o vi andando de braços dados com o poder e nem falava comigo num momento em que me tornei a voz mais atuante em defesa dos interesses da população por meio de informações e denúncias sobre desmandos e desvios de verba pública hoje pública e notória que só confirma a veracidade daquilo que apontei no passado, redundando na defestração de mais de 80% dos representantes do Poder Legislativo no passado. Nem queria também, por ter uma paixão por um provável candidato que precisa provar mais à população de um estrangeiro tem outras intenções que não seja a de se beneficiar. 

Mas o cidadão queria mais. Indagou, - se não me engano pela quarta vez -, se eu não tinha medo das armações. Disse que já houve proposições nojentas de me calar, inclusive um que tem a postura de homem agressivo e que faz tudo pelo bem estar pessoal, teria prometido armar uma cilada a ponto de me desmoralizar publicamente, pondo fim a carreira de defensor da cidade onde nasci, o lugar em que cresci e fiz carreira. Sem mais a falar, me despedi e fui embora. 

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