Conforme anunciado pelo blog Educadores de Portel, a compra de votos superou os outros anos. Em termos de violência também.
Na cidade, a notícia mais escabrosa foi da ocorrência de uma mesária que teria recebido oferta de um empresário para burlar o sistema de votação de uma seção. O comprador de votos, segundo consta, estaria foragido. A Justiça, em nenhum momento, fez briefings sobre o andamento das ocorrências.
Logo após a disseminação da notícia, os mesários e fiscais tiveram tempo de acessar a rede social WhatsApp para testemunhar que os próprios policiais atestaram a veracidade das informações. Os mesmos deram ciência aos mesários da Escola Lourdes Brasil quanto ao perigo de serem comprados por possíveis corruptores.
O estranho é que esse corrupto viajou numa voadeira para o interior da cidade. Moradores da Vila Acangatá denunciavam, através de rede social, que este sujeito estava a comprar votos lá e estaria acompanhado de dois seguranças.
O Promotor de Justiça Rodrigo Vasconcelos abordou inclusive candidatos a vereador e o filho de uma empresária da Floriano Peixoto.
Ainda que pouco peso tenha, jogar santinhos nas proximidades dos locais de votação virou um abuso. Na porta da Escola Estadual Paulino de Brito, candidatos jogaram dezenas de santinhos, uma afronta à Justiça Eleitoral.
Na escola Rafael Gonzaga, no momento do fechamento das urnas, os fiscais do 20 estavam sendo impedidos de entrarem na sala. Até o momento do fechamento da postagem, nenhuma informação foi dada acerca das razões dos fiscais não acompanharem a emissão dos BU's.
Na frente da escola Paulo Afonso também foram identificadas bocas de urnas. Como o número de agentes que acompanham o promotor é reduzido, talvez seja esse o motivo da não coibição e punição aos infratores. Pela rede social WhatsApp alguém assim apelava: "manda alguém aqui pra frente do Paulo Afonso".
No bairro do Muruci a reclamação de eleitores era quanto à ausência de foto do candidato Manoel Maranhense. Uma eleitora assim escreveu: "[...] minha avó acabou de ir votar na escola Júlia Barbalho sessão 0109. Disse que a foto do seu Manoel maranhense não está aparecendo, que não apareceu voto confirmado e nem aquela música".
No bairro do Bosque, um candidato (PSDB) PROMOVIA a compra de votos debaixo de uma mangueira situada em frente à COSANPA.
À parte dos compradores de votos, registro aqui a fome que muitos fiscais passaram. Alguns já estavam chateados a ponto de falar alto nos corredores da escola. Acredita-se que a falha ficou por conta da centralização coordenadora. Na instituição católica CAME fiscal relataram que havia proibição de comer no prédio onde atuavam, só o podendo se deixasse o prédio. Fiscal longe da seção? Tem doideira aí.
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