Paulo Ferreira é o novo prefeito de Portel, com 26,76% dos votos válidos.
Muitos eleitores de Manoel Maranhense ainda não entendem o que aconteceu para que o homem que foi eleito com 11.531 votos em 2016 tenha sucumbido para apenas 6.339. É preciso ser frio e calculista para uma análise criteriosa.
O homem que equilibrou as finanças da prefeitura de Portel não conseguiu tirar da sonolênca 9.105 eleitores que deixaram de votar. O que teria acontecido para que todo esse montante ficasse desgarrado e não comparecesse às urnas?
Para nos situarmos no debate, cabe lembrar que 27.634 eleitores compareceram às urnas, o que percentualmente falando corresponde a 75,22%. Ainda que sejam eleitores registrados na Comarca de Portel, muitos deixaram o município em busca de trabalho e outras condições. Dentro do próprio território municipal existem aqueles que não dispõem de recursos para fazer o deslocamento até as seções de votação.
Votos nulos (1.027) estão na casa dos 3,72%. Não se pode precisar se esses votos foram propositalmente anulados ou se relaciona ao contingente de analfabetos. De igual maneira não se pode precisar se estes são os novos eleitores, que por algum motivo acabaram errando na hora de votar ou idosos com baixa visão ou não habituados com a máquina.
De sorte que uma jovem, a exemplo do que falo acima, relatou uma ocorrência com sua avó:
"Bom dia gente a minha avó acabou de ir votar na escola Júlia Barbalho sessão 0109. Disse que a foto do seu Manoel maranhense não está aparecendo, que não apareceu voto confirmado e nem aquela música."
Deduz-se desse fala que a eleitora idosa não apertou o botão "confirma", daí não gerar o som indicativo de gravação dos votos dados ao candidato a prefeito e a vereador. Não estou aqui a defender aquilo que só os técnicos poderiam responder após fazer teste com a urna eletrônica.
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