Nossa luta pela transparência continua. Aqui você sabe quanto foi repasado à conta do FUNDEB

DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Saqueamento de direitos implica em desequilíbrio na economia do município


Portel regride, em termos educacionais, à era ao século XIV. Os professores tiveram seus direitos cerceados em plena Pandemia do Covid-19. Economia sofrerá, como consequência.

APÓS O ATAQUE (SAQUE) AOS DIREITOS DOS PROFESSORES, NOTA TENTA JUSTIFICAR A AÇÃO CONDENÁVEL

Ainda que restem os posicionamentos do Ministério Público e da Justiça, cabe lembrar que os professores não tem culpa pela paralisação das aulas. Dentro dessa perspectiva, o Estado do Pará manifestou-se favorável à aplicação dos recursos do FUNDEB para garantir os salários dos professores da rede estadual e manter a economia aquecida.

Com esse achatamento nos direitos trabalhistas da categoria da educação, resta aos senhores educadores restringirem seus gastos ao básico, como alimentação. Isso já está acontecendo, tanto que o setor de serviços já começa a sentir os efeitos negativos da ação. Uma vez melindrados pelo atraso no pagamento do mês de dezembro - cujo prazo legal para a efetivação do pagamento aconteceu dia 8 de janeiro -, a situação econômica do município de Portel piorou.

Caso o SINTEPP aja através dos meios legais, como esperado pelo governo municipal, os direitos podem ser restabelecidos. No entanto, as consequências desse ato perpetrado pelo advogado-professor incida em prejuízos para os cofres públicos, já que sem dúvida junto estará a indenização por danos morais.

Marx diz que o povo está alienado, ou seja, não conhece e nem reconhece os processos históricos, sendo papel fundamental da escola, como instituição, praticar o exercício crítico e a conscientização do aluno. Assim, compreende-se que governos ditatoriais não vêm com bons olhos a classe dos professores. O ódio se acentua quando esta mesma classe eleva a rejeição nas urnas.

Para Loomba, a análise do discurso permite que se perceba "como o poder trabalha através da língua,  da literatura, da cultura e das instituições que regulam nossa vida diária" (LOOMBA, p. 41). Dessa forma, a tentativa de explicar o inexplicável pode redundar, para alguns, um firmeza de ideia e de propósito, muito embora quem sofra são aqueles que se endividaram com cartão de crédito, empréstimo consignado e a própria rotina mensal de gastos contemplada no apertado orçamento dos professores.

Ao estudar o perfil do nosso atual gestor, descarta-se as caracterizações anteriores quanto a questões psicológicas das duas faces, ou melhor, bipolaridade. O que interessa, a partir dos estudos feitos a respeito da incorporação dos dominadores sobre os dominados realizados por Loomba, situa-se exatamente, no nosso contexto, no período em que Elquias Monteiro era gestor municipal. Aliás, a mãe do gestor corrente sofreu duras penalidades naquele período. 

Enquanto o macaco amolece nos porões do Poder Judiciário, os vereadores mantêm um silêncio sepulcral, dadas as amarras desvantajosas a curto e longo prazo. Adianto que as minhas previsões quanto ao número de vereadores reeleitos que são feitas ao final de um mandato, antecipo para desde o sepultamento de 10 candidaturas nas próximas eleições. 

A fim de distrair a atenção sobre este inédito furto de direitos, propõe-se uma CPI para investigar recursos usados no combate ao Coronavírus no governo anterior. Do montante aplicado, parte do recurso tinha destinação livre e foi justamente essa a grande sacada para que não ficasse culpando A ou B na difícil arte de administrar uma prefeitura durante períodos de crise. Não houve, sem dúvida, uma perda de vida de servidores empenhados no combate.

O órgão representativo da classe parece perdido. Pode ficar ainda mais, caso o governo municipal saque da manga uma carta que é um lockdown. Esse seria mais um passo, uma vez que já existe um decreto sem ações. No passado, juntamente com o decreto, equipes eram vistas nas principais vias de acesso, um gasto que ninguém quer fazer.

Nenhum comentário: