Em um período em que se assemelha
ao presente, Ademar Terra fala, com exclusividade ao Blog Educadores de Portel,
sobre a falta de dinheiro na campanha da oposição quando o atual governo venceu
a eleição contra o então candidato Raso. Além desse problema, Terra diz que
cada um pensa em si. Mas não descarta apoio a novo candidato.
- Ademar: Veio após eu tomar a decisão de apoiar o Elquias. Foi uma retaliação a isso. Os autores da lei foram o Walter da Cruz (Ceró), a Wanda e Walter Cordeiro. Justamente os três nomes que eu estava ajudando. Aí eu me virei para eles e disse: ‘Vocês três, não tem vergonha duma coisa dessas?’ Mas ao mesmo tempo disse a eles que não iria ficar com raiva porque assim fazendo eles estavam me ajudando. Afirmei naquele momento que eles estavam me fazendo um grande bem. Se eu assumisse, lá viriam balanços para o Ademar assinar, prestação de contas, e isso iria me comprometer.
A IMAGEM DE ADEMAR: ANJO OU DEMÔNIO?
- Ronaldo: Na rua, a impressão que tive foi de que o nome de Ademar Terra, ao sair do governo, foi pichado, manchado como se fosse o demônio e Pedro fosse o anjo.
- Ademar: Na visão de quem?
- Na visão do povo...
- Ademar: Na visão do povo, não. Na visão do PT!
- Ronaldo: Lembro que não tinha nem papel para fazer um ofício.
IRREGULARIDADES EM TESOURARIAS E OS MARAJÁS
- Ademar: Eu chamei o pessoal lá, e disse: faça um levantamento das contas que temos, vamos fazer uma recessão durante uns três meses. Havia secretários expedindo requisição e eu os chamei e disse que a prefeitura estava mal conseguindo fechar a folha. Disse a eles que tinha gente na pedra do hospital para fazer cirurgia e tinha que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar o material da operação. Chamei a equipe do governo, com o Bené, e mandei fazer levantamentos em todas as tesourarias e todas apresentaram irregularidades. Apresentei essa documentação ao Pedro e ele não botou essa gente na rua porque ele não quis. Nessa época eu transferi o dinheiro que era depositado no Banco do Pará, para que fosse controlado por aqui. Eu exonerei o Luciano Fonseca, a Cláudia Milena, cortei o salário do Mauro Bentes, do Raimundo Pereira, porque eles recebiam sem trabalhar. Diminuí 51 funcionários. Só não paguei o Custódio, porque o senhor Jorge Barbosa fez uma despesa de mais ou menos 500 mil reais, porque ele deu passagens adoidado. Logicamente eu cortei as passagens. Aí me chamaram de centralizador. E esse pessoal todo foi pra cima do Pedro. Quando ele (Pedro) recebeu a prefeitura, a folha de pagamento estava enxuta. Pergunta ao Toco, irmão do Nenen.
- Ronaldo: Ele trabalhava na SEGAF...
- To te dizendo! Ele (Pedro) fez uma reunião no Auditório Manarijó. Nem fui convidado. Mas eu fui lá. Ali ele entregou todos os convênios, do cunhado dele. Eu já tinha botado esse cunhado dele na rua, Eduardo, eu botei na rua. Fez sacanagem na licitação e eu o botei na rua.
- Ronaldo: Esse Eduardo é o mesmo Canelas, o cara que ganha todas as licitações?
- Ademar: Eu botei ele na rua, por problemas nas licitações.
- Ronaldo: Sim.
ADEMAR ACUSA COMPANHEIROS DE PEDRO DE DESVIO
- Ademar: Eu tava defendendo a prefeitura e o município. Lógico que isso vai de encontro aos interesses das pessoas que não queriam o bem-estar do município, como hoje acontece. Todos os caras estão ricos, estão muito bem de vida. Na realidade a minha saída foi porque eu era o problema para eles. Não é esse negócio de que o Ademar é mau para o povo porque o povo não fala isso, não. Além do mais, como vice-prefeito eu trouxe o trapiche, aquela feira fui eu que consegui junto ao Zenaldo Coutinho, embora meu nome não esteja lá. 400 mil obtido pelo Zenaldo e 300 mil do governo do estado.
- Ademar: Do Jatene. Eu, Zenaldo... Então, consegui telefone para o Cocal, Cickel, Elmo. Em 8 meses de governo. Eu me considero o melhor vice-prefeito que Portel já teve, em termos de ajudar o município. Eles podem me chamar de ditador, botou na rua todos os caras que não trabalhavam, mas não podem me chamar de ladrão.
OS LADRÕES DAS TESOURARIAS
- Ronaldo: Existe essa história das tesourarias, que o senhor falou anteriormente. São as tesourarias, o senhor está falando da SEMED, da Saúde e da própria prefeitura?
- Ademar: Exatamente.
- Ronaldo: O pessoal estava furtando a grana mesmo?
- Ademar: Tava, foi provado isso. Houve um caso bem conhecido de um tesoureiro (DA PREFEITURA) que tinha documentos dos caras que mandavam pegar o dinheiro. E se mandavam pegar 5 mil, ele tirava 3 mil pra ele mesmo. E a outra (DA SEMED), foi diferente, foi feito um levantamento, o Bené sabe disso.
- Ronaldo: O senhor não se preocupou em tirar cópias dessas coisas?
Ao falar sobre os pré-candidatos
e a falta de verba na campanha, observa que para fazer uma simples viagem, há
necessidade de comprar gasolina, amparar os cabos eleitorais. Os vereadores, por exemplo, podem continuar
no poder porque há uma força montada, enquanto que os novos candidatos não
possuem uma voadeira. Disse que já foi candidato e dono de supermercado. O
eleitor busca esse meio, pedindo um frango e a pessoa, quando recebe uma
negativa, sai falando mal, aumentando 30 vezes. A campanha antecipada para quem
não tem estrutura é perigosa.
Além do problema existente no
caixa da oposição, há um racha entre os opositores. Lembrei que o próprio Lula
perdeu várias eleições por tentar concorrer sozinho. Porém, ganhou após fazer
alianças que a própria divergência não aceitava José Alencar. No entanto, os
pré-candidatos ficam falando mal um do outro.
Ademar acredita que uma
secretaria de educação é 60% da administração e que pode alavancar uma
candidatura, apesar da visível queima do Prefeito Pedro Barbosa perante a
opinião pública, é possível reverter. Ademar Terra pensa que um candidato pode
até dizer ao eleitor que não pode pagar uma receita, só quando ganhar. Mas esse
eleitor vai ao candidato do governo, que tem recursos públicos, receberá essa
receita, digamos, num valor irrisório de 7 reais. Ou tem dinheiro ou perde a
campanha, conclui.
Terra acredita que não se pode
contar com verba do partido, porque essa nunca veio e não é desta vez que virá.
Diante de um quadro miserável em que a população se encontra, o que se pode
vislumbrar através das salas de aula, quando, em conversa, o aluno conta que
não tem comida em casa ou que o pai perdeu o emprego. Com um alto índice de
desemprego, em viagens pelo interior se constata a fome, com relatos de pessoas
com até três dias sem comer. Além desse quadro, contei a Ademar a dificuldade
que tive com a minha esposa doente e não se pode contar com o posto de saúde, que
distribui 8 senhas, na terça-feira e se paga 39 mil reais para um médico.
Tivemos que recorrer a uma clínica particular, gastando o que não se tem.
LEI DA MORDAÇA
Mas a minha ida à casa de Ademar Terra foi para abordar a famigerada Lei da Mordaça. Esta foi a primeira pergunta:
- Ronaldo: A Lei da Mordaça foi criada por Elquias ou pelo governo de Pedro?
Mas a minha ida à casa de Ademar Terra foi para abordar a famigerada Lei da Mordaça. Esta foi a primeira pergunta:
- Ronaldo: A Lei da Mordaça foi criada por Elquias ou pelo governo de Pedro?
- Ademar: Essa lei foi criada
especificamente para que eu não assumisse na ausência do prefeito. Depois, eu
vim saber que o medo que eles tinham era de eu assumir e pegasse um milhão de
reais e desse ao Elquias. Só que eu não derrubei essa lei porque eu não quis,
não tinha interesse. Eu não mais pretendia ser candidato, porque passou o tempo
da minha candidatura. Eu teria que ser candidato até novembro, dezembro,
conforme era combinado com o Pedro (Barbosa). Como eu vi que ele queria ser
candidato, larguei de mão. Quando eles criaram essa lei, consultei um advogado
que confirmou ser inconstitucional. Não tem como se evitar que um vice-prefeito
assuma. Eu poderia entrar com um mandado de segurança e derrubaria essa lei.
Mas para mim não era interessante, porque eu não queria assinar mais documentos,
era muito perigoso, pois eu poderia me comprometer. Para mim foi bom, porque
eram somente seis meses de governo.
- Ronaldo: Quer dizer que a lei
da mordaça só veio no último ano do primeiro mandato de Pedro?
- Ademar: Veio após eu tomar a decisão de apoiar o Elquias. Foi uma retaliação a isso. Os autores da lei foram o Walter da Cruz (Ceró), a Wanda e Walter Cordeiro. Justamente os três nomes que eu estava ajudando. Aí eu me virei para eles e disse: ‘Vocês três, não tem vergonha duma coisa dessas?’ Mas ao mesmo tempo disse a eles que não iria ficar com raiva porque assim fazendo eles estavam me ajudando. Afirmei naquele momento que eles estavam me fazendo um grande bem. Se eu assumisse, lá viriam balanços para o Ademar assinar, prestação de contas, e isso iria me comprometer.
A IMAGEM DE ADEMAR: ANJO OU DEMÔNIO?
- Ronaldo: Na rua, a impressão que tive foi de que o nome de Ademar Terra, ao sair do governo, foi pichado, manchado como se fosse o demônio e Pedro fosse o anjo.
- Ademar: Na visão de quem?
- Na visão do povo...
- Ademar: Na visão do povo, não. Na visão do PT!
SOBRE O EMPREGUISMO
- Ronaldo: No início do governo de Pedro e Ademar, você teria criado uma equipe que vinha da AMACOL, entre eles estava o nome de Gerson Pereira e Aldebaro Pinto, os quais saíram de setor em setor, de secretaria em secretaria, no intuito de saber quem era quem no governo, de quem era a indicação, etc. Isso parece que se confirmou como verdade...
- Ronaldo: No início do governo de Pedro e Ademar, você teria criado uma equipe que vinha da AMACOL, entre eles estava o nome de Gerson Pereira e Aldebaro Pinto, os quais saíram de setor em setor, de secretaria em secretaria, no intuito de saber quem era quem no governo, de quem era a indicação, etc. Isso parece que se confirmou como verdade...
- Ademar: Eu mandei fazer o
levantamento. Mandei fazê-lo porque todo mundo estava mandando empregar, todo
vereador mandava. Na verdade, Ronaldo, o meu aprendizado como administrador tem
muito a ver com os americanos e eu aprendi com americanos sérios. E eu tive a
AMACOL na minha mão por 40 anos e sempre achei que a AMACOL não era minha e eu
tava lá ganhando o meu dinheiro e não devia passar a mão no dinheiro da
empresa. E essa mesma ideologia eu levei para o poder público. Então, em 2005,
ao ver o que estava acontecendo, eu chamei o Pedro e ele disse: “Ademar, tu não
sabes o que é setor público, aqui as coisas funcionam assim, não queira ser
palmatória do mundo”. Eu não aprovava isso. Bom, o Pedro adoeceu em 2006 e
assumi a prefeitura em março daquele ano. A prefeitura não tinha crédito para
pagar 40 reais em medicamentos.
- Ronaldo: Lembro que não tinha nem papel para fazer um ofício.
IRREGULARIDADES EM TESOURARIAS E OS MARAJÁS
- Ademar: Eu chamei o pessoal lá, e disse: faça um levantamento das contas que temos, vamos fazer uma recessão durante uns três meses. Havia secretários expedindo requisição e eu os chamei e disse que a prefeitura estava mal conseguindo fechar a folha. Disse a eles que tinha gente na pedra do hospital para fazer cirurgia e tinha que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar o material da operação. Chamei a equipe do governo, com o Bené, e mandei fazer levantamentos em todas as tesourarias e todas apresentaram irregularidades. Apresentei essa documentação ao Pedro e ele não botou essa gente na rua porque ele não quis. Nessa época eu transferi o dinheiro que era depositado no Banco do Pará, para que fosse controlado por aqui. Eu exonerei o Luciano Fonseca, a Cláudia Milena, cortei o salário do Mauro Bentes, do Raimundo Pereira, porque eles recebiam sem trabalhar. Diminuí 51 funcionários. Só não paguei o Custódio, porque o senhor Jorge Barbosa fez uma despesa de mais ou menos 500 mil reais, porque ele deu passagens adoidado. Logicamente eu cortei as passagens. Aí me chamaram de centralizador. E esse pessoal todo foi pra cima do Pedro. Quando ele (Pedro) recebeu a prefeitura, a folha de pagamento estava enxuta. Pergunta ao Toco, irmão do Nenen.
- Ronaldo: Ele trabalhava na SEGAF...
- To te dizendo! Ele (Pedro) fez uma reunião no Auditório Manarijó. Nem fui convidado. Mas eu fui lá. Ali ele entregou todos os convênios, do cunhado dele. Eu já tinha botado esse cunhado dele na rua, Eduardo, eu botei na rua. Fez sacanagem na licitação e eu o botei na rua.
- Ronaldo: Esse Eduardo é o mesmo Canelas, o cara que ganha todas as licitações?
- Ademar: Eu botei ele na rua, por problemas nas licitações.
- Ronaldo: Sim.
ADEMAR ACUSA COMPANHEIROS DE PEDRO DE DESVIO
- Ademar: Eu tava defendendo a prefeitura e o município. Lógico que isso vai de encontro aos interesses das pessoas que não queriam o bem-estar do município, como hoje acontece. Todos os caras estão ricos, estão muito bem de vida. Na realidade a minha saída foi porque eu era o problema para eles. Não é esse negócio de que o Ademar é mau para o povo porque o povo não fala isso, não. Além do mais, como vice-prefeito eu trouxe o trapiche, aquela feira fui eu que consegui junto ao Zenaldo Coutinho, embora meu nome não esteja lá. 400 mil obtido pelo Zenaldo e 300 mil do governo do estado.
- Ronaldo: Mas a cobertura não
era daquele jeito...
- Ademar: Não! Nem daquele
tamanho, era muito maior, ia até a área que o Deodato ocupava. O asfalto da 2
de Fevereiro com a Castelo foi eu que consegui, lembro muito bem... foi no dia
30 de junho de 2006, faltavam 15 minutos para as 18 horas, exatamente no dia em
que o Jatene caiu do palanque em Parauapebas. Isso faria com que o povo dessa
região tivesse a melhor rua para caminhar. Ainda mais, foram 8 meses que passei
no governo.
- Ronaldo: Esses 8 meses se
referem ao período em que Pedro esteve doente?
- Ademar: De março a 31 de
outubro.
- Ronaldo: Só um parêntese, esse
recurso para a construção do asfaltamento da 2 de Fevereiro veio de onde?
- Ademar: Do Jatene. Eu, Zenaldo... Então, consegui telefone para o Cocal, Cickel, Elmo. Em 8 meses de governo. Eu me considero o melhor vice-prefeito que Portel já teve, em termos de ajudar o município. Eles podem me chamar de ditador, botou na rua todos os caras que não trabalhavam, mas não podem me chamar de ladrão.
OS LADRÕES DAS TESOURARIAS
- Ronaldo: Existe essa história das tesourarias, que o senhor falou anteriormente. São as tesourarias, o senhor está falando da SEMED, da Saúde e da própria prefeitura?
- Ademar: Exatamente.
- Ronaldo: O pessoal estava furtando a grana mesmo?
- Ademar: Tava, foi provado isso. Houve um caso bem conhecido de um tesoureiro (DA PREFEITURA) que tinha documentos dos caras que mandavam pegar o dinheiro. E se mandavam pegar 5 mil, ele tirava 3 mil pra ele mesmo. E a outra (DA SEMED), foi diferente, foi feito um levantamento, o Bené sabe disso.
- Ronaldo: O senhor não se preocupou em tirar cópias dessas coisas?
- Ademar: Não. Não sou capaz de
denunciar uma pessoa. Gente importante do PMDB chegou comigo para que tomasse a
prefeitura do Pedro. Eu jamais faria isso. Nunca sacaneei com o Pedro. Ele não
pode dizer que eu virei as costas para ele um segundo. O Pedro não tem o
direito de falar porque eu fui o cara que ia lá em Belém ver a situação.
Chamava o Branco e mandava ele contratar uma enfermeira para o Pedro, estavam
fazendo curativos nele com as mãos sujas, correndo o risco de infecção.
Levaram, então, lá pro Clodoaldo e aí ele se recuperou, senão ele estava lascado.
Não me arrependo das coisas boas que fiz para esse cara, porque sei que fui
companheiro e tenho certeza que Pedro não tem nenhuma vírgula para falar de
mim. Se tivesse que fazer de novo, eu faria. Vou te dizer uma coisa. O Pedro
era alguma coisa para mim como um irmão. Um dia eu falei pra Pedro que a minha
maior satisfação era torná-lo prefeito de Portel, pelas humilhações que eu vi
ele passar.
A PESQUISA PARA DECIDIR QUEM SERIA CANDIDATO A PREFEITO
Tanto é que, ao encomendarmos a pesquisa para definição de quem seria o prefeito e vice, entre nós, ligaram de Belém. Não fui pra lá. Foi o Branco, o Carlinhos, Raimundo Luis, o Pedro. Aí, ligaram lá de Belém. “Ademar, tu ficaste em segundo lugar”. Era o Carlos Moura. Eu respondi que estava ótimo, então. Aí, eles todos retornaram de Belém, o Pedro foi lá comigo. Ele me perguntou se dava pra eu ficar de vice na chapa. Respondi que eu queria que ele fosse prefeito. Uma semana depois, o telefone tocou e o interlocutor do outro lado da linha disse: “E aí, prefeito?”. Era o presidente do instituto responsável pela pesquisa. Eu disse: Eu não sou prefeito, sou gerente da AMACOL. “Mas vai ser o próximo”. “Você ganhou a pesquisa”. Ele continuou: “A chapa vai ser você prefeito e o Pedro como vice”. Depois dessa conversa, eu peguei o telefone e liguei para o Carlos Moura e perguntei: Moura, qual foi o resultado da pesquisa? Ele logo se espantou quando eu fiz essa pergunta porque ele já tinha vindo ao meu escritório e dito que eu tinha perdido a pesquisa, tinha ficado em segundo lugar. Aí, ele disse: “Por quê? Soube de alguma coisa?”. Disse a ele que soube aquilo que tinha escondido de mim. Ele disse: “Sabe como é que é, foi lá na hora, o pessoal queria colocar o Pedro e você ficasse como vice. Falei a ele que eu estava muito decepcionado com eles, inclusive com o Pedro que mentiu pra mim. O Moura disse que fariam uma reunião, que Pedro não me queria como vice, arrumariam um outro qualquer para vice, como o Orzirinho. Eu disse: Agora quem não quer sou eu. Depois dessa conversa o Pedro soube e veio até mim. “Rapaz, desculpa, não vou ser candidato a prefeito, eu te ajudo”. Eu disse que ele podia seguir como candidato. Aí ele falou que se ganhássemos a eleição, ele me apoiaria como o próximo prefeito. Então, eu fui prejudicado e nunca pensei em vingança. Eu poderia ser o cara mais rico de Portel, porque até quando estava na prefeitura, recebi proposta para ganhar muito dinheiro. Não tenho raiva do Pedro. Eu estou pronto para apoiar algum candidato, mas só vou me posicionar após a convenção.
A PESQUISA PARA DECIDIR QUEM SERIA CANDIDATO A PREFEITO
Tanto é que, ao encomendarmos a pesquisa para definição de quem seria o prefeito e vice, entre nós, ligaram de Belém. Não fui pra lá. Foi o Branco, o Carlinhos, Raimundo Luis, o Pedro. Aí, ligaram lá de Belém. “Ademar, tu ficaste em segundo lugar”. Era o Carlos Moura. Eu respondi que estava ótimo, então. Aí, eles todos retornaram de Belém, o Pedro foi lá comigo. Ele me perguntou se dava pra eu ficar de vice na chapa. Respondi que eu queria que ele fosse prefeito. Uma semana depois, o telefone tocou e o interlocutor do outro lado da linha disse: “E aí, prefeito?”. Era o presidente do instituto responsável pela pesquisa. Eu disse: Eu não sou prefeito, sou gerente da AMACOL. “Mas vai ser o próximo”. “Você ganhou a pesquisa”. Ele continuou: “A chapa vai ser você prefeito e o Pedro como vice”. Depois dessa conversa, eu peguei o telefone e liguei para o Carlos Moura e perguntei: Moura, qual foi o resultado da pesquisa? Ele logo se espantou quando eu fiz essa pergunta porque ele já tinha vindo ao meu escritório e dito que eu tinha perdido a pesquisa, tinha ficado em segundo lugar. Aí, ele disse: “Por quê? Soube de alguma coisa?”. Disse a ele que soube aquilo que tinha escondido de mim. Ele disse: “Sabe como é que é, foi lá na hora, o pessoal queria colocar o Pedro e você ficasse como vice. Falei a ele que eu estava muito decepcionado com eles, inclusive com o Pedro que mentiu pra mim. O Moura disse que fariam uma reunião, que Pedro não me queria como vice, arrumariam um outro qualquer para vice, como o Orzirinho. Eu disse: Agora quem não quer sou eu. Depois dessa conversa o Pedro soube e veio até mim. “Rapaz, desculpa, não vou ser candidato a prefeito, eu te ajudo”. Eu disse que ele podia seguir como candidato. Aí ele falou que se ganhássemos a eleição, ele me apoiaria como o próximo prefeito. Então, eu fui prejudicado e nunca pensei em vingança. Eu poderia ser o cara mais rico de Portel, porque até quando estava na prefeitura, recebi proposta para ganhar muito dinheiro. Não tenho raiva do Pedro. Eu estou pronto para apoiar algum candidato, mas só vou me posicionar após a convenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário