Luiz Azcona, bispo da Prelazia do Marajó |
Em visita ao município de Portel,
o bispo da prelazia do Marajó Dom Luiz
Ascona realizou , no dia 22, várias ações com setores públicos, tratando questões sociais,
dentre as quais saúde e educação. Neste
último, estiveram presentes representantes da secretaria municipal de educação,
como a própria titular da secretaria, senhora Rosângela Fialho e o
SINTEPP-subsede de Portel.
A primeira parte a se manifestar
foi o SINTEPP, o qual visa um PCCR
unificado para abranger o profissional da educação, mas há certo impasse e a
secretaria já se manifestou contra. Além disso, a instituição se preocupa
quanto ao alojamento dos professores do campo, proporcionando dignidade. Utilizou
do momento para expor as mazelas enfrentadas pelos professores e Sindicato dos
Trabalhadores em Educação. Lucidalva Maciel, coordenadora local, disse que
merenda escolar é escassa e a criança vai à escola por causa da merenda. É
premissa do SINTEPP cobrar, disse Paulo Junho, também diretor da entidade
sindical. Sabemos das inaugurações de escolas na zona rural, mas são casos que
não satisfazem, pois as fotos mostradas exibem a ineficiência no cumprimento do
trato às escolas, fato este camuflado nas matérias pagas ao SBT-Portel pela
prefeitura para mostrar que as escolas estão sendo construídas. Além disso, a
liberdade, como no caso do SINTEPP que sofreu retrocesso, porque os
profissionais sentem medo de se identificar, por temer retaliações, pode não
ser a secretária, mas outras pessoas ocupantes de cargos influentes atacam
professores que se manifestam em relação aos problemas encontrados no setor
educacional. Em referência ao ofício apresentado no data-show em que o prefeito
manda demitir professor que esteja doente, o exemplo maior foi o prefeito que
passou por tratamento intensivo por vários meses e não adoeceu porque quis,
assim nenhum professor, acredita-se, queira adoecer. Além disso, há denúncias de
médico que não podem dar atestado porque recebeu orientações oriundas da
secretaria de educação.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
O bispo disse que a questão da
retaliação levantou sua preocupação, porque tais professores estariam sendo
perseguidos somente pelo fato de pertencerem ao grupo sindical e chamou isso de
criminoso, porque é sustentado em leis brasileiras. Como o assunto é forte e
pesado, pediu melhores explicações:
A professora Rosenane Gonçalves
usou da própria experiência, em que sua mãe sofreu ameaças dentro da SEMED que,
caso continuasse a se manifestar através do SINTEPP, sua mãe sofreria as
conseqüências. A professora ficou aflita, pois teme que sua carga horária seja
reduzida e não consiga pagar empréstimo que tem junto Caixa Econômica, na modalidade
consignado.
Além de Roseane, a professora
Lucidalva questionou ao professor Rosivaldo Paranhos sobre a perseguição
política, fazendo-o lembrar que ele próprio foi vítima no início do governo
Pedro Barbosa, pelo fato de ter apoiado o candidato a prefeito Raso. E hoje,
continuou, esse cidadão tentou denegar o direito à licença aos sindicalistas
para o exercício da função de representação da categoria de profissionais em
educação.
Paulo Junho disse que sua carga
horária foi reduzida e o entendimento é atacar
quem incomoda o poder constituído.
O bispo disse que foi afirmado
que esse tipo de retaliações não vem diretamente do prefeito nem da secretária,
o que daria impressão que outras pessoas ligadas ao prefeito e à secretária, com
certo poder estariam por trás dessas ameaças e retaliações, ao que pediu
maiores explicações. Paulo Junho considerou que partem de pessoas que compõem a
gestão, com o poder de aumentar ou reduzir carga horária e proporcionar
admissão e demissão, e nesse aspecto provem do prefeito e da secretária. São
perseguições ou retaliações aos profissionais, porque logo após um manifesto do
SINTEPP, vem redução de carga horária ou não contratação, no caso de
temporários. Tal fato aconteceu com o Paulo Junho, Lucidalva, Ronaldo de Deus,
Walmir, porém, como não podem exonerar do cargo, sofrem retaliações na redução
de sua carga horária. Recentemente ocorreu com uma professora esposa de um
blogueiro, o que causa estranheza, pois persegue colegas apesar de ter sido
integrante do sindicato, assim acontecendo com Carlos Moura que sofreu na
própria pele, atua hoje na contramão.
EXPLORAÇÃO SEXUAL
Secretária Rosângela Fialho |
ABUSO SEXUAL COMETIDO POR
PROFESSORAS E PROFESSORES
Devido à visita, nos dia 18, que
houve por ocasião do enfrentamento, foi constatado nas comunidades que a
secretaria de educação tinha conhecimento dos casos de abuso e os fatos não são
levados ao conhecimento dos órgãos competentes, tendo a criança sido afastada
da comunidade, em caso de omissão, onde mantém o professor. Caso gritante foi o
abuso sexual cometido com um vigia da escola ABC, criança esta de 5 anos de
idade. A família teve que se mudar da cidade por conta desse fato. Outra
situação foi de uma diretora que atua no rio Anapu que convive com um adolescente.
Hoje mesmo houve uma audiência com um professor que abusou sexualmente de uma
criança e, como recompensa, recebeu um cargo de coordenador pedagógico.
O PRÉDIO DE MEIO MILHÃO DE REAIS
Foto: Vereador Raso |
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