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sábado, 26 de maio de 2012

Educação em Portel possui dois mundos: real e fictício


Esta não saiu na publicidade paga à TV local
Falta de merenda escolar, álcool para rodar cópias no antiquado stencil, biblioteca sem funcionamento adequado, ausência de coordenador, sala de informática de enfeite, escolas caindo aos pedaços. Essa é a realidade encontrada em escolas do município de Portel.

Porém, ao se lançar propagandas pagas na TV local enaltecendo as ações da prefeitura, vemos uma secretária rosada ladeada por uma assistente rechonchuda se pronunciando e olhando diretamente para a câmera para afirmar que novas escolas foram construídas nos três principais rios do município, entendo, portanto, que temos dois mundos distintos. que apresentam a educação de “qualidade” e equipe “altamente competente”.


Nesses mundos, há que se considerar a compra de um prédio de meio milhão de reais, enquanto que a escola da vila Cumucuru, distante á 15 minutos da sede, não tem paredes. Ainda cito como exemplo a escola situada na área do matadouro municipal, recentemente filmada e comentada como vergonhosa no programa do apresentador Nyelsen Martins. Professores brincam com os colegas dizendo que a escola tem teto solar, num ato que lembra o ditado popular “rindo para não chorar”. As escolas mencionadas situam-se próxima da sede do município, agora imagina as unidades que distam mais 24 horas de viagem. O referido prédio de meio milhão de reais, acredita o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEPP), daria para construir pelo menos 8 escolas, especialmente naquelas localidades onde os alunos estudam com os pés dentro d’água.

O contraste também repercute na eficiência e competência de diretores e coordenadores, a considerar o fato de que alguns são tão privilegiados que nas suas escolas não falta sequer a merenda escolar, tem mais de duas impressoras modernas e não o jurássico mimeógrafo. Outras, no entanto não possuem nem material para limpeza e o diretor tem que praticamente morar na SEMED, implorando para receber uma resma de papel. Assim, quem proporciona a competência e eficiência dos diretores são as condições ofertadas para esses profissionais e sua escola. Ou alguém duvida que sem um terçado na mão um trabalhador conseguirá cortar o matagal de sua roça? Pois bem, nesse mesmo sentido, diretor que não tem condições fornecidas parece incompetente aos olhos das famílias e comunidade.

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