Com o advento da Internet, surgiu
uma mídia cuja permissão para divulgar fatos não depende mais de um editor com
sua conta bancária à disposição dos interessados. Tornou-se uma mídia onde
qualquer um pode ser o editor. E esse editor pode ser um cidadão de olho na
gestão do dinheiro público. Há crime em apontar a malversação e indicar
supostos malversadores?
O sindicalista da educação do
município de Portel, Ronaldo Alves, foi acusado pelo presidente do Conselho do
Fundeb de compará-lo ao Ali Babá. Denis Nunes, que foi eleito com a ajuda doex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Portel, Teofro Lacerda ,
hoje Assessor Especial I do Governo de Pedro Barbosa, achou-se ofendido não por
causa dos 40 ladrões de Ali Babá, mas porque de vice-diretor passou a possuir “carro,
loja de material de construção e eletrodoméstico, moto” e ainda promover muitas
“farras”, segundo a publicação feita no Facebook por uma personagem chamada Boto
Corderosa.
Em conversa com Ronaldo Alves
esta manhã, ele disse que não compartilhou a postagem do odiado (pelo governo)
Boto Corderosa, apenas “curtiu” (um link existente no Facebook para que o
leitor possa afirmar que gostou ou “curtiu” a publicação de determinado fato ou
coisa do gênero). Alves me mostrou uma cópia da imagem usada na postagem que
exibe a cara de Denis (que o Boto chama de Cara de Pizza) e a capa de um DVD
entitulado de Ali Babá e os 40 ladrões (lembrando que Ali Babá não conheceu a
famosa licitação existente hoje no setor público, longe de eu pretender ser
jocoso). Estranhamente após a comunicação feita por Ronaldo Alves através do FB
de que a polícia o teria intimado a comparecer na delegacia, o tal Boto retirou
a postagem. Assim, crê-se que Portel é mesmo a Terra dos Contrários, pois em
vez de investigarem o famigerado Boto, atacam um sindicalista de renome
estadual, aproveitando-se do momento para perseguir um membro do SINTEPP, dado
aos seus ataques aos desmandos do governo atual, deixando claro que os soldados
de Pedro estão agindo para proteger a majestade.
O direito de crítica, ignorado
solenemente por alguns políticos, foi recentemente reconhecido pelo STF, o
Supremo Tribunal Federal. Em recente manifestação, o ministro Celso de Mello
(foto) sentenciou que o direito do cidadão de criticar pessoas públicas, quando
motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com abuso da
liberdade de imprensa. O voto do ministro foi acompanhado por unanimidade pela
2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Denis, ao investir-se na posição de
Conselheiro não é mais uma figura de vice-diretor, mesmo que esta seja pública,
abraça-se tão logo ao ramo das figuras públicas, passível assim de críticas.
"A crítica que os meios de
comunicação social (e/ou cidadão) dirigem às pessoas públicas, por mais dura e
veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as
limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de
personalidade", salientou Celso de Mello. De acordo com o ministro, decano
do Supremo, a Constituição "assegura, a qualquer pessoa, o direito de
expender crítica, ainda que desfavorável e mesmo que em TOM CONTUNDENTE, contra
quaisquer pessoas ou autoridades".
Antes de encerrar essa postagem,
é bom lembrar que esse governo está no fim e de alguma forma a proteção que hoje
existe não mais existirá amanhã, nem tampouco o recurso financeiro nem
advogados entrelaçados aos bagos do poder, ainda que subsista outros bagos
vindouros.
Para quem pensa que Ali Babá roubava com 40 ladrões, veja o que esta personagem baseada na Arábia Pré-Islâmica e faz parte do Livro Mil e uma Noites.
Para quem pensa que Ali Babá roubava com 40 ladrões, veja o que esta personagem baseada na Arábia Pré-Islâmica e faz parte do Livro Mil e uma Noites.
ALI BABÁ E OS 40 LADRÕES - O CONTO
Ali Babá, um pobre lenhador
árabe, esbarra com o tesouro de um grupo de quarenta ladrões, na floresta onde
ele está cortando árvores. O tesouro dos ladrões está numa caverna, que é
aberta por magia. A gruta abre-se usando-se a expressão "Abre, ó Simsim"
(geralmente escrito como "Abre-te Sésamo", em português), e fecha-se
com as palavras "Fecha, ó Simsim" ("Fecha-te Sésamo").
Quando os ladrões saem, Ali Babá entra na caverna, e leva parte do tesouro para
casa.
O irmão rico de Ali Babá, Cassim,
questiona o seu irmão sobre a sua inesperada riqueza, e Ali Babá conta-lhe tudo
sobre a gruta. Cassim vai até a gruta para tirar mais uma parte do tesouro, mas
na sua ganância esquece as palavras mágicas para abrir a caverna e os ladrões
acabam por encontrá-lo lá e matam-no. Como seu irmão não volta, Ali Babá vai à
gruta com o fim de o procurar. Encontra o corpo e tira-o da gruta, mas não o
leva para casa. Com a ajuda de Morgiana, uma astuta escrava da família de
Cassim, ele faz um bom enterro a Cassim sem suscitar quaisquer suspeitas sobre
a causa da sua morte.
Os ladrões, quando não encontram
o corpo, concluem que alguém sabe dos seus segredos e saem a busca de uma
pista. Nas primeiras vezes os ladrões são enganados por Morgiana (que agora já
é membro da familia de Ali Babá), mas acabam localizando a sua casa.
Então, um dos ladrões finge ser
um comerciante de óleo que necessita da hospitalidade de Ali Babá. Traz consigo
mulas carregadas com trinta e oito jarros de óleos, sendo que apenas um estava
com óleo enquanto que os outros trinta e sete escondiam os outros ladrões (dois
membros já tinham desaparecido, quando enviados para encontrar a casa e, por
não a terem encontrado, foram mortos). Os ladrões planejam matar Ali Babá
enquanto ele dorme. No entanto, Morgiana descobre-os novamente e os trinta e
sete ladrões são mortos, nos jarros onde se escondiam, quando neles se verteu
óleo fervente. Descobrindo que todos os seus homens já estão mortos, o chefe
dos ladrões fugiu.
Para se vingar, o chefe dos
ladrões estabelece-se como comerciante e finge-se de amigo do filho de Ali Babá
(que agora está a cargo da empresa do falecido Cassim). Logo é convidado para
jantar à casa de Ali Babá. O ladrão é reconhecido por Morgiana, que demonstra
uma dança com um punhal e termina por espetá-lo no coração do ladrão, num
momento em que ele está desprevenido. A princípio, Ali Babá fica irritado com
Morgiana, mas quando descobre que o ladrão o queria matar, ele concede a
liberdade a Morgiana e ela casa-se com o filho de Ali Babá. Assim, a história
termina feliz para todos, exceto para os quarenta ladrões e para Cassim.
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