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quarta-feira, 15 de abril de 2015

A notícia sobre o sobre o sobrinho de Lula e os milhões apreendidos


 José Silvan de Melo             Foto: Alerta Rondonia

Depois da repercussão em torno da matéria veiculada em diversos sites, blogs e redes sociais, usando como fonte um site e um blog de Canarana – MT; onde um homem foi preso com mais de R$ 3 Mi (três milhões de reais) em dinheiro e seria supostamente sobrinho do Ex-presidente Lula, descobre-se, por meio de contato com a Delegacia de Polícia Judiciária de Canarana que José Silvan de Melo não é sobrinho do ex-presidente.
Na verdade, a Policia Militar e Policia Civil prendeu na tarde da segunda feira, 06, em Canarana, um homem transportando, em uma camionete, embalados em sacos plásticos, cerca de 3.2 milhões de reais, em espécie. O dinheiro foi encaminhado para a agência do Banco do Brasil local.

A operação foi comandada pelo delegado de policia, doutor João Bife Júnior. Segundo a Polícia o dinheiro, sem origem comprovada, foi encontrado na carroceria de uma caminhonete Hilux, que era conduzida por José Silvan de Melo, de 41 anos, conhecido por "Abençoado", investigado pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), de Recife (PE), por tráfico internacional de drogas. A prisão ocorreu no domingo (05) e os procedimentos finalizados na terça-feira (07).

Foi informado, ainda, que em 2014, José Silvan foi preso na cidade de Recife com o volume de R$ 940 mil e ofereceu R$ 200 mil à Polícia para não ser preso.

Dinheiro na viatura          Foto: Folha de Canarana
A quantia de R$ 3.201,587 milhões, apreendida em Canarana, estava dividida em três sacos escondidos na carroceria da caminhonete, embaixo de esterco, cerâmicas, madeiras e alimentos. Quando os policiais descobriram o dinheiro, o suspeito rapidamente disse: "é real, deixe isso aí e vamos conversar".

Ao ser questionado sobre o tipo de conversa, o conduzido voltou a falar aos policiais para deixar os sacos na caminhonete e que não dissesse nada a ninguém, pois poderia dar uma "ajuda". Na Delegacia voltou a oferecer dinheiro, um total de R$ 500 mil, só que desta vez ao delegado de Canarana, João Biffe Júnior.

                                               Foto: Folha de Canarana


O delegado João Biffe informou que o oferecimento de propina foi registrado em vídeo e será usado como prova no inquérito policial, pelo qual o suspeito foi preso em flagrante por crime de oferecer vantagem indevida a funcionário público, para retardar ou omitir ato de ofício e ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Conforme o delegado, o suspeito José Silvan não apresentou qualquer documentação da origem do dinheiro, e portanto teve o numerário apreendido pela Polícia Civil e depositado em conta da Justiça, vinculado ao auto de prisão em flagrante. "Ele confessou que enterrava tais valores por questões de segurança", disse o delegado.

Foto: Folha de Canarana
De acordo com João Biffe, na Delegacia o suspeito alegou ser "cidadão de bem", proprietário de fazendas na região e que era comprador de gado. No entanto, realiza declaração de Imposto de Renda como pessoa isenta. "Situação incompatível com os valores apreendidos, pois não encontramos nenhuma propriedade em seu nome e nenhum documento de compra ou venda de gado", afirma João Biffe.
Há meses o acusado era monitorado pela Polícia Judiciária Civil por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Durante as investigações, os policiais contataram que era de costume José Silvan chegar em Canarana, geralmente, no final da tarde, permanecendo hospedado no Hotel Tangará até o anoitecer, quando então deixava a cidade.

No domingo (05), a Polícia Civil recebeu informação de que José Silvan estava novamente no município, onde em diligências foi localizado nas imediações do hotel, conduzindo a Toyota Hilux ano e modelo 2015.

O delegado João Biffe pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do suspeito e solicitou sua transferência para a Penitenciária Central do Estado (PCE), devido à alta periculosidade do preso, com provável envolvimento em assaltos a banco e tráfico internacional de drogas.

O delegado informou que irá oficializar o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) e a Receita Federal, por suspeita de crime de lavagem de dinheiro.

Fonte Polícia Civil.

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