Quatro
faculdades lesaram centenas de alunos por atuar sem autorização do
Ministério da Educação
O Ministério Público Federal ajuizou ação contra quatro
faculdades particulares e seus proprietários que, associados,
lesaram dezenas de estudantes na região oeste do Pará, onde
ofereciam cursos irregulares, sem autorização do Ministério da
Educação, nos municípios de Óbidos, Prainha e Santarém. De
acordo com a ação do MPF, o Instituto de Ensino Superior de Óbidos
(Ieso), a Faculdade de Ciências Wenceslau Braz (Facibra), a Escola
de Ensino Superior do Oeste do Pará (Espa) e a Sociedade Educacional
Santo Augusto Ltda (Faisa).
Das instituições processadas, a Faisa tem registro no MEC para
atuar exclusivamente no município de Santo Augusto, no Rio Grande do
Sul e a Facibra também tem registro, para atuar em Wenceslau Braz,
no Paraná. Para atuar na região oeste do Pará, as quatro
faculdades montaram uma espécie de consórcio em que, por exemplo, o
Ieso fornecia um curso que seria diplomado pela Facibra e depois pela
Faisa. A terceirização da atividade de ministrar aulas não tem
previsão no sistema educacional brasileiro, assim como a ausência
de autorização para atuar nos locais dos cursos, seja para ensino
presencial, seja à distância. Para piorar, em alguns casos, as
faculdades não forneciam contratos escritos aos estudantes.
Os estudantes pagam as mensalidades e, ao final do curso, recebem
diplomas inválidos ou não recebem diploma nenhum. Para o MPF, é
situação de duplo prejuízo à população. Os estudantes são
enganados e perdem o investimento e, em caso de diplomas inválidos,
pessoas sem formação profissional válida podem passar a atuar no
mercado.
Além das quatro instituições de ensino, são réus também no
processo os administradores responsáveis por elas. Djanira Lúcia
Braga, da Ieso, Fabiano Teixeira da Cruz, da Facibra, Arari Marajó
Rocha, da Espa e Fabricia Pereira da Rocha, da Faisa. Além de serem
obrigados imediatamente a paralisar a divulgação e o funcionamento
dos cursos irregulares, todos podem ser condenados a pagar danos
morais e materiais a cada um dos alunos. A indenização pode chegar
a R$ 800 mil.
No total, já são 18 as instituições com cursos irregulares
suspensos no Estado desde 2011, quando houve um aumento no número de
denúncias feitas ao MPF sobre o problema.
Serviço:
Para saber se uma instituição de ensino é credenciada ou não junto ao MEC:
Internet: http://emec.mec.gov.br/
Telefone: 0800-616161 (ramal 4 e depois ramal 2)
Para denunciar instituições que estejam atuam de maneira irregular: http://cidadao.mpf.mp.br/
Processo nº 0001527-28.2015.4.01.3902 - 1ª Vara Federal em Santarém
Para saber se uma instituição de ensino é credenciada ou não junto ao MEC:
Internet: http://emec.mec.gov.br/
Telefone: 0800-616161 (ramal 4 e depois ramal 2)
Para denunciar instituições que estejam atuam de maneira irregular: http://cidadao.mpf.mp.br/
Processo nº 0001527-28.2015.4.01.3902 - 1ª Vara Federal em Santarém
Ministério
Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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