A eleição para a presidência da Câmara Municipal de Portel
está agitada, pelo menos nos bastidores, segundo fontes fidedignas que me
confidenciaram um suposto perigo de perda de poder da família Ferreira.
Francisco Ângelo de Oliveira Júnior, o atual presidente,
conta com apenas cinco dos 13 vereadores. De acordo com uma das fontes ouvidas
esta manhã, os nomes revelados a dar suporte aos Ferreiras são Semone Moura,
irmã de Carlos Moura. Seu irmão, que recentemente perdeu um importante apoio
com a derrota de Miriquinho Batista, está cotado como o futuro vice-prefeito de
Paulo Ferreira.
Em segundo lugar estaria o amicíssimo do empresário e
deputado ficha suja Luís Rebelo, que é o vereador Preto da Marina, exatamente
nessa hierarquia de fidelidade a Ângelo Júnior.
Em seguida, aparece em terceiro lugar o nome de Pedro Leite. Em quarto,
Zé Maria Cândido. Em quinto, aquele que entrou como oposição e logo se rendeu
ao governo, Emerson Lobato.
A perda do poder cameral seria um prejuízo sem dimensão para
o prefeito Paulo Ferreira, cuja situação não é nem um pouco confortável, já que
herdou uma herança maldita de Pedro Barbosa e ainda tem que amargar o gosto de
aturar alguns dos 40 ladrões que ainda aprontam muito para o combalido erário
público, as fotos do Facebook não me deixam mentir.
O líder do movimento rebelde que pretende destronar o
presidente Ângelo é Enos Perdigão, que além de enfrentar problemas domésticos
com o rompimento com sua antiga esposa, ainda enfrenta situações com suas duas
companheiras.
Mas a tentação é grande. Eu mesmo indaguei se não haveria
entre os sete rebelados algum com alguma fragilidade financeira ou mesmo rabo
preso por assinar, por exemplo, alguma diária sem ter legitimamente viajado, ao
que um dos informantes disse que Manoel Maranhense foi tentado com várias
propostas, entre as quais a secretaria hoje administrada por Nena Carvalho, que
é a Secretaria de Infraestrutura.
O jovem Ambar também foi provocado com algumas vaidades, mas
até o momento não cedeu. Quanto ao vereador do PSOL, Ronaldo Alves, não houve
informação acerca de propostas de cargos.
Com uma verba idêntica ao do gabinete do prefeito, Angelo
Júnior segue o mesmo exemplo de Jorge Barbosa, que se perpetuou no poder ao
longo dos 8 anos de mandato de seu irmão Pedro Barbosa. O valor repassado ao
Poder Legislativo é superior a 132 mil reais/mês. Caso cada vereador faturasse
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês, o total ficaria em R$ 65.000,00
(sessenta e cinco mil reais). Assim,
restaria dinda R$ 67.000,00 (sessenta e sete mil reais). A Câmara, no entanto,
possui suas despesas internas como pessoal de apoio, burocratas, assessores de
todo tipo, além das famosas diárias, cuja prestação de contas ninguém tem
acesso.
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