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sábado, 6 de outubro de 2018

Falando de política nas redes sociais: estamos sendo maduros ou imaturos?

Amanhã encerra, provavelmente, a primeira fase da eleição para o cargo de presidente do Brasil. Entremeio a tanta discussão no novo palanque (as redes sociais), muita gente se feriu, magoou e até perdeu amigos. Tudo por conta do acirramento das discussões sobre candidato A e candidato B. 

Há especialistas que calculam uma eleição com segundo turno, em cujo certame estarão Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT). Esses nomináveis do setor político na imprensa viram a subida enérgica de Haddad logo após a decisão da Justiça de Moro em barrar Lula, uma espécie de transferência de votos. Quem não acreditava em transferência de votos, de agora em diante, passa a acreditar, mas com certeza deve levar em consideração que não é qualquer um que possui esse poder.

Dizem que Bolsonaro se destacou a partir do tiro que a direita deu no próprio pé ao usar de acusações feitas por meio de delações (cá aqui pra nós, é a tal da caguetação, a entregação falada pelo saudoso cantor Bezerra da Silva) que resultou na prisão de Lula e condenada pela opinião pública nacional e internacional. Outro fator desse destaque foram as redes sociais, que impulsionaram o nome do deputado federal, especialmente pela montagem dos robôs e dos muitos fakes. Há quem acredite mesmo nessa motivação porque já havia acontecido nos Estados Unidos com Obama e, mais acirradamente, com Trump, especialmente porque Bolsonaro era uma figura desprezível em termos de produção, pois viveu 28 anos de mandato e só teve dois projetos aprovados. 

Claro, numa democracia muito jovem para uma nação que nasceu do poderio colonizador de Portugal, os debates sobre político se ampliaram com o uso das redes sociais, notadamente bom em debater apenas futebol. Uma grande mudança! Lamentavelmente essa mudança na atitude dos jovens é perigosa porque embarcam em ideias que já se provaram desastrosas, principalmente nos aspectos que evocam o fascismo. Aí que entram os debates agressivos, odientos.

Debater é importante, mas o que eu vi muito foi o desinteresse em saber as propostas dos candidatos. Muitos falaram que não adianta saber disso porque o candidato pode não cumprir e coisas desse tipo. No entanto, acho importante saber as intenções dos candidatos. Por exemplo, aqui em Portel o nosso povo pratica a agricultura familiar. Há candidatos que defendem a agricultura, mas o modelo é o agronegócio. 

Bem, se não foi possível sermos mais racionais nas nossas escolhas e nos nossos debates, existem chances, no futuro, de aprendermos a não sermos muitos emocionais nas nossas escolhas, como aconteceu com relação a Collor nos anos 90, em que as moças preferiram votar porque era mais bonito. Ou seja, faltava naquele momento em que havíamos saído da ditadura uma imaturidade. Beleza não dirige nada neste país.

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