De volta após um longo período
sem escrever. E pensa sobre o que vou escrever agora? Bem, política não é um
bicho de se cabeças para se discutir, embora as consequências para quem não
goste seja severa, do tipo que ouvia na antiga e saudosa AMACOL: “Nós somos os
últimos a saber e os primeiros a pegar porrada”, como dito muitas vezes pelo
meu amigo Fabiano.
Assim, chegou ao meu ouvido que o
prefeito de Portel, Paulo Ferreira, está com a bala na agulha depois de provar
que ainda detém a mesma quantidade de votos da eleição que o pôs na cadeira
mais cobiçada do município de Portel. Dizem que Paulo foi, com todo esta moral,
barganhar condições de sobrevivência junto a Helder Barbalho e Jatene. As más
línguas (entre elas as mais ferinas de Portel) acresceram que Jatene “pisou na
bola”, abandonando Paulo Ferreira ao não cumprir com o acordado que o levou a
enorme votação ao tucano no último dia 3. Alguém duvida? Então dispa-se de seu
orgulho, pois Paulo Ferreira, com seu exército de diretores e coordenadores escolares,
elegeu o filho do Zeca Araújo com expressiva votação, deixando na poeira o
filho de Luis Ribeiro.
Se houve repasse pela metade ou
não, o fato é que algumas ruas de Portel já começavam a ganhar uma aparência
boa como a Severiano de Moura ou Rua do Paulino de Brito que recebeu uma camada
de cimento, bem diferente daquela borra de açaí que os outros prefeitos ali
despejaram e não durou nem seis meses. Seria ingênuo acreditar que o acordo
seria meros repasses, que agora com certeza serão mesmo cortados, haja vista
que Paulo do (Im)posto é Helder desde piquixito, como dizem os portelenses que
têm aquilo roxo. Ocorre que Paulo ainda está sob a sombra que o ameaça de uma
inevitável cassação, atualmente inevitável pelos meios da venda de liminares,
mas possível que seja retardado ao limite máximo do fim de seu governo e,
justamente nesse ponto, um grupo do PSDB quer mesmo que essa cassação se
realize.
Entre os principais motivos da
querela entre Paulo do Posto ou Im estaria a forma como o Nicias Ribeiro foi tratado
ao visitar Portel no ano passado, ao que o velho cacique do PSDB teria dito:
“aquele moleque não me recebeu”. O governador também foi recebido de forma
muito rude, cuja permissão de protestos se deu de forma clara e aventada a
Simão Jatene com faixas nos espaços públicos enquanto os secretários
encarregados de manter a ordem ficaram de braços cruzados. Mesmo diante desses
deslizes, a campanha correu frouxa, tanto que os diretores e coordenadores
foram recomendados a não voltarem a Portel até o dia da eleição, cuja missão
destes é executar a fiscalização, cujo custo está em torno de cinco mil reais.
Agora, com a adesão ao filho de Jader Barbalho, o prefeito está usando
voadeiras para desfazer a ordem de campanha ao tucanaço. A despesa que era pra
sair barato agora se tornou caro.
A campanha de Helder em Portel
ganha visibilidade nesta semana após o prefeito convocar Jorge Barbosa para uma
expressa reunião, que redundou em fornecimento de combustível para turbinar a
campanha e os sinais já foram vistos hoje com vários carros circulando pela
cidade, com direito a adesivos e som controlado pela secretaria de meio
ambiente. Ontem, uma caminhada foi observada pela população em que Jorge
Barbosa esteve ladeado por Carlos Moura, de microfone em mãos a promover o nome
de Helder Barbalho como o melhor para Portel e para o Pará. Ele que o faça bem, já que é um dos coordenadores de campanha do Helder em Portel, juntamente com Jorge Barbosa, ambos indicados por Miro Pereira.
Jorge saiu-se bem
com seus dois candidatos eleitos, Elcione Barbalho e Salomão de Afuá
respectivamente. Moura, por sua vez, está todo feliz por ter Paulo Rocha de
volta ao Senado e seu emprego federal está garantido. Aliás, só está nas ruas
de Portel fazendo a campanha quem recebeu algum din-din. O ferrado, o pé rapado
e o Zé Ningúem não tá na jogada por causa da ausência dos deputados estaduais e
federais que ou se esconderam ou estão curtindo, aquela carapuça para os
derrotados e esta última carapuça para os que ganharam e não mais aparecem por
aqui para ajudar o futuro governador a amealhar alguns votinhos. Penso que até
houve candidatos que nunca puseram os pés por essas bandas e conseguiram
elevada votação. E olha que muitos nem mais voltarão aqui pelos próximos três
anos.
Na verdade, sob um olhar
desapaixonado e isento de interesses pessoais que tanto interferem no destino
de nossa empobrecida cidade, Helder Barbalho perdeu por nada mais do que cerca
de 4 mil votos. E, sem querer provocar ânimos nas proximidades do Dia da
Iluminação, essa perda se deu com toda aquela briga encenada na Associação dos
Servidores Públicos e na ASSPORT. Como o prefeito era outro no primeiro turno,
fez uma falta enorme essa participação do advogado no poder. Mas agora há novos
desafios e outras acotoveladas acontecendo nos bastidores da política, no
entanto, vou deixar esses assuntos para outra postagem.
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