Dentre as muitas conversas que emergem por ocasião da celebração da Independência do Brasil está o saudosismo dos tempos áureos das grandes "marchas" escolares. Era uma atração que contava com vários ingredientes, dentre eles as bandas marciais em disputas acirradas entre Paulino de Brito, Abel Figueiredo e tantas outras.
Na semana de comemoração do 7 de Setembro, encontrei-me, quase que por acaso, um dos participantes de uma modalidade de esporte que era a verdadeira pimenta que se encerrava por no início dos anos 80: o ciclismo, conhecido em Portel como "corrida de bicicleta. Surgia o maior corredor de todos os tempos: Juarez Paranhos.
O homem que fez história e que me relatou suas experiências é conhecido popularmente como Botinho, que não quis revelar seu verdadeiro nome para este blogueiro. Em conversa com Miro Pereira, descobri que este ex atleta se chama Getúlio.
Botinho confessou que nunca conseguiu derrotar Juarez Paranhos. Em um certo certame, conta Ge..., ou melhor, Botinho, que estava prestes a tirar o título de Juarez e se aproximava da igreja matriz, o local de chegada, quando foi derrubado por um dos ciclistas conhecido pela alcunha de Carimbó. Sacudiu a poeira e seguiu em frente e lá se foi a chance de derrotar Paranhos.
A multidão e aglomerava ao lado da rua. Entre o ciclistas eu avistava o Ocir, Nilton Negrão e outro, que a molecada chamava de "os fonas", ou seja, os que ficam por últimos. Nilton emitia uns ruídos semelhantes a grunidos de animais ferozes, cansado e se babando todo.
Disse Botinho que, no início das grandes corridas, a largada era em frente da igreja matriz e percorria a Floriano Peixoto, pegando a orla do Arucará até a estrada Portel-Tucuruí. O retorno era na ponte do quilômetro 10 e encerrava no local de partida. Tempos depois, inventaram de levar os competidores até o 10 numa caçamba. Assim, a largada passava a ser na estrada. Ele lembra que os ajudantes da caçamba eram os filhos do Balaio Velho, Lúlio e Hélio, se não falha a memória.
Como se vê, aí se foi mais um dos pedaços de história que tornava os dias dos portelenses mais agradáveis, isolados como sempre no meio da Floresta Amazônica, sem tevê, o que gerava uma expectativa em toda a população.
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