O
relatório Histórias de sucesso no âmbito do desmatamento, da Union
of Concerned Scientists (UNC), cita o Ministério Público Federal
(MPF) como tendo papel “distintivo e muito importante” nos
avanços do Brasil. “Os processos judiciais que o MPF instaurou,
muitas vezes contra grupos de interesses poderosos em termos
políticos, como grandes proprietários rurais, levaram – com a
ajuda dos sistemas avançados de mapeamento e monitoramento – à
aplicação fortemente reforçada das leis existentes”, diz o
texto, apresentado no último dia 5 de junho na reunião da
Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas em
Bonn, na Alemanha.
A
UNC – união de cientistas preocupados, em tradução livre –
destaca o Brasil como um dos casos de maior sucesso entre os países
na redução do desmatamento e das emissões de gases que
contribuem com o aquecimento global. Os autores – Doug Boucher,
Pipa Elias, Jordan Faires e Sharon Smith – destacaram que a redução
de 70% nas taxas de desflorestamento provam que é possível a
exploração agropecuária com a floresta em pé, usando-se as áreas
já antropizadas e investindo em aumento da produtividade.
O relatório lembra dos
acordos pela pecuária sustentável, firmados pelo MPF a partir de
2009 com todos os elos da cadeia produtiva, de matadouros a
exportadores, exigindo o Cadastro Ambiental Rural e outros requisitos
de regularidade ambiental. Para os autores, a informação sobre a
localização das áreas produtoras de gado “sobreposta aos dados
de desmatamento, permite identificar as fazendas que estão
desmatando e excluí-las da cadeia de suprimentos”.
O papel dos
procuradores da República na mediação de disputas envolvendo
populações tradicionais e madeireiros e protegendo terras indígenas
também é citado como fundamental. “As ações (do MPF)
criaram assim pressões tendentes a um reforço mútuo sobre
entidades empresariais e governamentais, fortalecendo as moratórias
do gado e da soja e levando a mudanças importantes
no comportamento das empresas”, afirma.
Para os cientistas, a
expansão permanente das terras indígenas e unidades de conservação
é outro fator fundamental para explicar o sucesso do Brasil na
redução do desmatamento e das emissões. O relatório assinala: “as
reservas dos indígenas desempenham uma função especialmente
importante na conservação da floresta tropical amazônica.
Legalmente, essas terras são mantidas em posse coletiva e seus
proprietários têm o direito de usá-las para gestão florestal
sustentável e exploração dos recursos florestais madeireiros e não
madeireiros. Como resultado, a taxa de emissões por desmatamento
dessas áreas é apenas cerca de um décimo das áreas vizinhas.
Dessa forma, as reservas indígenas são não apenas um
reconhecimento dos direitos de minorias há muito reprimidas, mas
também uma contribuição importante para reduzir a emissão de
poluição”.
Veja a íntegra
do relatório em português
Ministério Público
Federal no Pará
Assessoria de
Comunicação
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"GOVERNO QUE COMEÇA TRUCULENTO, TERMINA TRUCULENTO" - RONALDO DE DEUS, NOV. 2016
Nossa luta pela transparência continua. Aqui você sabe quanto foi repasado à conta do FUNDEB
terça-feira, 10 de junho de 2014
MPF tem papel importante na queda do desmatamento, diz relatório apresentado na ONU
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