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Audiência Pública da Educação |
Nesta terça, 11, o SINTEPP realizou uma audiência pública no salão da igreja São Miguel Arcanjo, no bairro da Tijuca, em Portel.
A Audiência Pública
da Educação tendo início às dezessete horas e
quarenta minutos (17H40Min), tendo como objetivo solucionar problemas
relacionados à falta de pagamento, falta de merenda escolar, falta de dias
letivos, entre outras mazelas como falta de vergonha na cara.
O coordenador geral Hermisson Bruno Baía iniciou
a presente reunião afirmando que em dez anos de luta sindical nunca conseguiu
fazer presente um promotor, sendo o fato inédito em contar com um representante
do MP numa audiência pública. Confira as denúncias e possíveis soluções:
1) Uma constatação interessante foi feita sobre um documento que revela que o
prédio onde funciona a escola Ivone Santos é de propriedade do prefeito porque
ele mesmo declarou à Justiça Eleitoral e o mesmo aluga para a prefeitura. O Promotor de Justiça André Cavalcante ouviu tudo com muito cuidado.

3) A senhora Nina
Rosa, representante do Conselho Escolar, disse que em 2015 o CAE fez um
planejamento em que selecionou-se três escolas da sede do município e do
interior, por conta do número reduzido de representantes ativos, ou seja, pessoas que foram eleitas mas não cumprem seus papéis. Uma das
fiscalizações foi a agricultura familiar, cuja pretensão foi a aquisição de
produtos para alimentação escolar, que está em dezessete por cento (17%). Além de chamadas públicas, fez formação para
a cidade com número expressivo de serventes, mas tais servidoras foram
liberadas apenas para um turno, sendo prejudicadas na referida formação. Disse
também que no interior proporcionou alegria porque as crianças são bem
alimentadas (vaias). Disse que o Servem Bem e o Mathues Variedades (murmúrios e vaias) foram
as lojas que ganharam licitação no município e também podem ser fiscalizadas.
Os açougues que ganhou foi o Açougue Rai, mas não conseguiu atender à demanda.
Agradeceu (vaias).
3) Em seguida, falou o representante do Conselho de Educação
William Maicon que disse que o regimento interno do colegiado existe pra ser
respeitado, mas não chegou nenhuma denúncia. Disse
que fez muitos acontecimentos, como as portarias que regulamentam o sistema de
ensino e se dispôs a responder as indagações.
4) Em seguida, o Senhor Tito disse que as inquietações são grandes e representa a secretária de educação que está em Breves, mas se dispôs também a responder dentro da sua autonomia, mas com a esperança de ter uma resposta e uma proposta que satisfaça a toda a categoria. Disse que não pressionou os diretores (vaias) porque reconhece a greve como legítima, sem coagir ninguém. Noutra reunião disse que o SINTEPP não aceitou conversar com os representantes porque “não tem poder de mando”, mas se colocou no momento pra ouvir as demandas.
4) Em seguida, o Senhor Tito disse que as inquietações são grandes e representa a secretária de educação que está em Breves, mas se dispôs também a responder dentro da sua autonomia, mas com a esperança de ter uma resposta e uma proposta que satisfaça a toda a categoria. Disse que não pressionou os diretores (vaias) porque reconhece a greve como legítima, sem coagir ninguém. Noutra reunião disse que o SINTEPP não aceitou conversar com os representantes porque “não tem poder de mando”, mas se colocou no momento pra ouvir as demandas.

5) Em
seguida, o representante da SEMED, Tito, DISSE QUE houve uma proposta do dia
cinco ao dia dez para os servidores do setor urbano e outra para o setor rural
e esta proposta seria levada pelo SINTEPP para a Assembleia Geral para aprovação. Disse que
os documentos da contabilidade foram entregues a altura de vinte e cinco
centímetros para a Promotoria e pediu extensão da data para que o MP possa
fazer uma ação administrativa. Desta forma pode-se verificar como está sendo
aplicado o recurso. Disse que a Assembleia Geral não aprovou a proposta, mas
não foi por esse motivo que não houve cumprimento; esclarecendo que, mesmo que
não queiram acreditar, o gerente do Bando do Brasil, houve envio dos arquivos
para o referido banco e, hoje às onze e trinta e dois, o Nelson Paranhos até
anotou pra mostrar que houve um bloqueio na conta de proventos. Tal se refere a um
débito judicial, e o procurador da prefeitura.Adilson Tenório explicou que uma empresa que construiu
a obra do Pinho e não cumpriu e houve um bloqueio que ultrapassa os centro e
vinte mil, mas crê que são mais de duzentos mil reais Antes da determinação de bloqueio não se verificou que
conta era e bloqueou a conta dos servidores. Em caso de bloqueio, não há
condição de fazer qualquer pagamento e a assessoria jurídica e o Diretor de Finanças Nelson está
tentando resolver e espera resolver ate a sexta-feira. O coordenador geral do SINTEPP, Bruno Baía, respondeu que a SEMED atenda ao que predispõe CLT e leis pertinentes, embora haja sempre
seis gatos pingados, é a assembleia geral que aprova ou desaprova. Alertou que
o mais prejudicado seria o trabalhador do campo e foi comunicado o resultado da reunião em assembleia geral ao promotor
André Cavalcanti e à SEMED. Bruno disse que a secretária deveria estar
presente, assim como o prefeito. Disse que não se pode abrir precedentes, pois
há lei para isso e vai respeitar a data.
A audiência
1) Em seguida, foi aberto o número de
oito inscrições de participantes. O primeiro foi um barqueiro que disse não
haver respeito no município de Portel e a Valéria deveria estar presente e
manda o Tito e espera uma resposta porque é do Alto Camarapi, a aula do campo é DEZ DIAS. Disse que uma senhora disse que a merenda éscolar existe (refereindo-se a Nina Rosa), o que não é verdade (aplausos). O prefeito
disse que é trinta e seis centavos uma criança e o município foi entregue ao
pior governo de Portel. Ele disse a Valéria que as crianças estão indo à escola
por causa do Bolsa Família.
2) Logo em seguida, o professor Socorrinho demandou
resposta do "comandado" da SEMED (Tito) o real motivo que leva ao não pagamento do
servidor público, mas que falasse com comprovação. Disse que a educação do campo
foi o pior ano que Portel viveu, com início de aulas atrasadas, falta de
alojamento, falta de planejamento, insuficiência de merenda, falta de material
didático, falta de escolas e péssimas estruturas das existentes, retirada da
gratificação da longa distância e atraso e que os professores do interior não
aceitam a proposta indecente, pedindo, ao final, tomada mais enérgicas do
Promotor.
3) Depois, a professora Odete Machado disse que entregou seu cargo de
gestão (da escola Ivone Santos) por não concordar com o que estava acontecendo, como falta de condição
ao gestor escolar, como a garantia da educação se o profissional da educação
não é valorizado e tem que tirar do bolso pra manter as atividades da escola,
como material de limpeza e material didático, pra que a escola funcione; os
alunos sem merenda, uma espearnça de saciar a fome porque em casa também não
tem. Disse que merenda escolar era comida por ratos, não por falta de gestão, mas
porque desde janeiro de 2015 que fez denúncias e o William falou que não
recebeu denúncias e também o fez para a Câmara e ao próprio Ministério Público.
4) Em seguida, o senhor Carlos Moura disse que, apresentou sua fala por escrita
para ser entregue ao Promotor Público, que assume várias denúncias como quanto
ao “posto assassino” e a comissão foi perseguida pelo atual delegado de polícia. Uma
das denúncias é que não se pode aceitar os pretextos da Secretaria de Educação,
não há condição de assumir qualquer compromisso em nome da SEMED. Disse que a
questão vai ficar quase na dependência do MP, que, a seu ver, vai ter que
bloquear os recursos para que sejam pagos os servidores públicos, pois o gestor
Paulo Ferreira não tem intenção de pagar. A assessoria jurídica do SINTEP PODE
fazer os encaminhamentos dos documentos para que o MP possa se pronunciar.
5) Em
seguida, o professor Romulo Glória disse que tinha três perguntas. Primeiro, indagou
acerca da fiscalização das merendas dentro das escolas e nunca viu, em três
anos que trabalha no Lourdes Brasil, nunca viu a fiscalização. Disse que na
preescola Odiléia foi servida comida com tapuru. Não sabe o que o conselho de merenda escolar fez a respeito.
Com relação ao Conselho do FUNDEB, ante a prática do não pagamento dos
servidores contratados, pergunta o que foi feito do recurso referente aos meses de janeiro, fevereiro e março, uma vez que não há despesas em decorrência da falta de aulas nas escolas.
Outra situação, por que o conselho, diante do atraso de pagamento, por que não
tomou posicionamentos. Perguntou quem vai arcar com os juros das contas de
cartão de crédito atrasado pela falta de pagamento. Pediu, ao final, greve por tempo indeterminado até que se resolva a
situação.
6) Em seguida, o professor Hugo, do campo, disse que é distratado, quis
fazer uma indagação quanto ao pagamento prioritário aos servidores contratados
da cidade em detrimento aos do interior.
7) Depois, o professor Oclécio disse que
os ônibus foram cancelados e o recurso veio e por conta da greve os ônibus não
estão atendendo os alunos do ensino médio. Pediu ao Promotor o bloqueio do
CPF do prefeito e da secretária, assim como o CJPJ da empresa do prefeito. Um anônimo disse que
havia cobrança de propina das empresas que construíam escolas. Que se faça
auditoria nas contas. Na prestação de contas, eles só fazem relatórios e até
trancam a porta pra ninguém ter acesso, pois há necessidade de ver as contas, e
acredita que houve desvio das contas pelo prefeito.
8) Enfim, a servente
Cliciane encerrou o bloco com duas perguntas: por que a equipe de apoio não tem
salubridade, por que trabalha com risco como sangue e outros. Por que a merenda
não é fiscalizada porque está chegando com broca.
Após esta última fala do
primeiro bloco, passou-se a ouvir os representantes dos segmentos. Primeiro foi
o William, do Conselho de Educação:
1) Segundo William, a denúncia chegou até o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e foi encaminhada à parte
interessada, mas a secretaria, por meio da diretoria de alimentação escolar, não respondeu. Em todas as denúncias, a parte
interessada tem que ser comunicada e a denúncia foi respondida.
2) O representante
da SEMED, Tito, disse que não dispunha de autonomia para responder algumas perguntas.
3) A professora Nina, do conselho de merenda escolar, falou que junto à merenda há
uma guia e também deve ser publicado no quadro de aviso a quantidade de merenda que foi disponibilizada. Respondeu
ao Romulo que dispõe de um contingente de cinco pessoas e recomendou que cobre
mais dos representantes do CAE. No conselho não há nenhuma denúncia tanto
quanto a broca quanto a outras queixas, disse Nina Rosa. No Abel, fez verificação quanto ao
armazenamento e é preciso fazer denúncias.
4) Depois disso, o representante do
FUNDEB, Fransérigo Souza, disse que fez uma solicitação à secretaria sobre o
atraso e disse que a folha poderia ser verificada pelo Portal da Transparência
e as dificuldades do conselho é quórum para a realização de reuniões, como em
outubro que só compareceram duas pessoas, prejudicando algumas pautas de
reivindicações, prejuízos estes que podem ser sanados com o afastamento dos
faltosos.
5) O Promotor Público disse que não há resposta antecipada, como a
questão de pensão alimentícia em que foi feito pedido de revisão e foi
revelado, fato este que acontece repetidamente porque houve aviso prévio. O
Promotor Público disse que houve rombos de oito milhões e já foram propostas
duas ações contra os responsáveis, e já houve o pedido de afastamento do
prefeito nesse caso e a ação está em andamento. Disse ainda que estas ações são
de fácil acesso a todos os cidadãos, dando o endereço eletrônico para consultas. Quanto a
bloqueio, não dá pra antecipar, pedindo a compreensão de todos.
6) Em seguida, o
professor Pedro Cabral disse que ontem o repasse caiu 498 mil e isso prova que
não há dinheiro e a secretaria está esperando o repasse do dia 20 e o do dia
30. Disse Cabral que concorda com a proposta de bloqueio do CPF do prefeito.
Em
seguida, foram abertas inscrições para mais oito pessoas.
1) A primeira a falar
foi a professora Iracema Teles, a qual disse que há uma inversão de valores de que não são os
professores que estão prejudicando os alunos, pois quem tem que dizer quando
acaba a greve é a secretária de educação, em vez de mandar tirar as faixas da
frente das escolas.
2) Depois, a professora Ivanete que disse que a fiscalização
no campo deixa a desejar, indagando do Tito sobre a contratação de professores
de ciências no interior, pois há uma contratação por meio de critérios
políticos, sem atentar para a qualificação profissional. Se há condição de fazer um processo seletivo para escolher
professores habilitados e não deixe os acordos políticos influenciarem, o que
gera conflitos porque há contratação por causa de votos. Disse que é preciso
uma habilitação cabível porque isso atrapalha o trabalho em equipe da educação.
Quanto ao Promotor, indagou quais os meios que o MP dispõe pra fiscalizar a
educação do campo, como a exploração sexual e abuso sexual, pois já fez até
denúncias e não houve sanção imediata para prender esses “monstros”.
3) O professor
Benedito, do setor rural, disse que, pelo amor de Deus, os representantes presentes são incompetentes pra
responder às perguntas. Disse que não vai dar aula sem o pagamento, declarando
que seus filhos estão passando fome; com sessenta anos nunca tinha visto isso.
Sempre trabalhou no campo e próximo à escola que foi mencionada ter merenda,
mas prova que não chega pra lá. Nem a comunidade não acredita porque estão
perdendo crédito junto à comunidade e ao comércio, dizendo que não quer estar
na pele do pessoal da SEMED. A merenda só dá pra três dias, isso quando a SEMED disponibiliza merenda à escola.
4) O aluno
Vinícius indagou como é feito repasse do recurso da merenda escolar ao
município.
5) A professora Odineia Corrêa disse que não tem servente na escola e a
merenda escolar só chega no dia 22 e até no dia 26. As crianças tem que dispor
de 200 dias letivos e o professor tem que reduzir uma hora a cada dia sem
merenda e no Acutipereira houve escola com trinta dias letivos, ou seja, cento
e oitenta dias sem aula. Pediu continuidade da greve.
6) A professora Cissa Resende disse
que sai todos os dias para trabalhar e sua filha sempre pergunta se vai
trabalhar. Indagou se o salário do prefeito está atrasado, enquanto que o
professor trabalha como se fosse um bico. Se fossem dignos, eles estariam na
mesa de debate hoje. Ficou indignada na sua escola porque sua filha pediu um
pão e não recebeu o salário.
7) O professor Otoniel falou que houve uma divulgação na televisão em
que um diretor declara que sua escola continuar sem greve e recomendou a esse gestor
como ele está lidando com o conselho escolar que não cumpre sua função social
que é o controle social. Indagou ao professor Fransérgio, na qualidade o que será feito
diante de todas as queixas, como o professor Socorrinho há muito tempo fala da
falta de quórum. Também considerou a fala do professor Tito que não há
compromisso com a feitura do PCCR com um engodo, prejudicando as reuniões com
poucos avanços, só dando pequenos andamentos por causa do conselho de educação
e do SINTEPP.
8) A professora Mhirla Cabral comentou sobre as perseguições sofridas pela
professora Odineia e também com relação a sua própria família que teve a casa desapropriada pelo prefeito e teve que se
humilhar pra promotor, juiz e advogado pra conseguir o ressarcimento. Disse
que, como Pedagoga e Bióloga foi perseguida pelo governo. Como não consegue
mais persegui-la, o governo atual persegue sua mãe, a Zezé, transferindo-a sem justificativa.
Disse que não vai fazer perguntas, porque passou quatro anos fazendo indagações e não obteve
respostas às suas queixas. Em vez disso, falou que a secretaria de educação
é morosa até pra dizer um não e os conselhos estão encharcados de pessoas
indicadas pelo governo. Uma carta da secretária fala das consequências de uma
greve, mas a secretária não falas das causas que são as salas superlotadas,
falta de merenda escolar. A perseguição é tanta que foi colocada numa turma com
25 alunos e duas crianças especiais. Disse que não é fácil estar numa greve
ouvindo de pessoas que não ajudam o sindicato na luta.
O professor
representante do sindicato estadual, Fábio, disse que quando se abre uma escola,
fecha-se uma cadeia. Também falou que a Lei do Piso garante, mas há ou irresponsabilidade
ou incompetência. Se no Fórum está
faltando impressora, imagina nas escolas. Disse pra ficarem atentos a questão
dos desvios porque corre o risco dos servidores não conseguirem se aposentar.
Em Bragança foi feito bloqueio por falta de pagamento, afirmou. Em relação à
insalubridade, pelo Ministério da Saúde concede direito até 30%, como as pessoas
que limpam as salas e os corredores e São Sebastião fez uma ação no sentido de
garantir esse direito. Quanto ao parcelamento, se sorteio ou não, de pagamento
do pessoal da cidade e do interior, é cruel, pois a pessoa fica até sem poder
comprar um pão e isso é inconstitucional porque priva o direito à alimentação.
Pediu providências, porque quem representa o prefeito não pode resolver nada e
tem é muita coragem de fazer isso.
Em seguida, o professor Socorrinho
esclareceu, como membro do Conselho do FUNDEB, vê os conselhos como máquinas de
manobra do prefeito, cuja forma é de barganha, com muita coisa errada como
horas e dias certos para aprovação para que se evitasse sua presença e a
justificativa estava lá dizendo “viajando” e há pessoas representando quatro
conselhos e não representa nenhum. Há alguns que até votaram a favor da
secretaria para remoção do direito à longa distância (refere-se ao Conselho de Educação). O placar de votação
sempre era nove a dois. O diretor convocou a todos que os professores se
replanejassem porque a data de pagamento foi mudada.
Em seguida, a mesa passou
para as falas finais.
William Maicon, do Conselho de Educação, disse que o
colegiado delibera e é fiscalizador e, dentro do Conselho Pleno, há as Câmara
Setoriais e tem um assessoramento técnico e há encaminhamentos pelo órgão
maior, com poderes de deliberação. Disse que não procede a intenção do governo,
mas que há intenções de denegrir a imagem do conselho. Em 2013 e 2014 não havia
gestores qualificados e o conselho fez articulação para que essa exigência
fosse cumprida.
A professora Lucidalva, também do Conselho de Educação, falou
que a situação está no nível de gravidade porque os mecanismos de controle
social não estão funcionando. Disse que todos os representantes são de dentro
da secretaria de educação, como Nelson da Glória, Nina Rosa, Elizângela,
Alzenir, William Maicon, e professor contratado que representa a fala e a voz da
secretária (referindo-se ao professor que foi relator do caso da longa distância, o qual pugnou pela retirada da gratificação). Se isso não acontecesse não estaria acontecendo o que acontece na
merenda escolar. Não há defesa, porque são eles que estão na secretaria de
educação, como a retirada da gratificação da longa distância. Os próprios
técnicos da SEMED são do campo. Só servem pra referendar alunos de escola que
não estão regularizadas. Estão limitados a essa ação e não tem compromisso
algum. Sugeriu que os assembleados podem solicitar atas das reuniões do conselho. Passar fome é
humilhação; há pessoas chorando, há desvio de recursos públicos; é preciso ser
responsável nas nossas ações. Disse ao Tito parar de ligar aos diretores
para retirar as faixas. O município está em greve e as faixas tem dono,
que é o SINTEPP. Documentos da SEMED criminalizam o movimento social e está
provando que isso é irresponsabilidade com os recursos públicos e não é só da
educação, pois há casos até pior.
O Tito respondeu sobre o teste
classificatório para exercício de trabalho temporário e haverá uma equipe de
transição e dizer que o professor não sabe dar aula, este fez curso de
graduação ou CDC e isso constrange o profissional, dizendo que tem que haver
oportunidade pra todos. Quanto à Cissa, disse que seu pagamento também atrasa e quer
resolver o problema que é de todos, porque é professor da zona urbana e também
está na luta. Quanto à questão do PCCR, disse que Paulo Rodrigues (o Paulada) está na luta incessante e até houve uma reunião
pra tratar do assunto, mas não foi possível por falta de quórum. As informações documentais estão
sendo fornecidas e não se pretende tirar os direitos de ninguém. Espera que
haja continuidade. Quanto a questão apresentada pela professora Iracema Teles, disse que o promotor já ouviu a
secretária e espera que a proposta de parcelamento seja atendida, do dia cinco ao
dia dez e do dia vinte ao dia trinta. Essa é uma das propostas. Tito disse que
não tem, em hipótese alguma, possibilidade de demissão de servidor nesse período pós eleitoral. Negou
que haja previsão de demissão de temporários. Espera sair da reunião com alguma
solução.
Nina Rosa falou que quanto ao Benedito e os problemas dos três dias da
merenda escolar, recomendou que os pais peçam a guia que acompanha a entrega da merenda escolar. Falou do valor aluno para a
merenda escolar. Quando não é remunerado, como disse a Lucidalva, estes não tem
compromisso (alguém da plateia disse indagou por que vocês mandam essa pessoas
pra lá). Colocou-se à disposição. Quanto as outras denúncias, vai tomar providências, disse.
O professor Fransérgio falou que, quanto a indagação do professor Otoniel, os
conselheiros que não comparecem serão substituídos para que haja acompanhamento
dos recursos que vem para o município. Além disso, falou que vai aplicar as
normas do regimento do conselho, pois já faz tempo que os conselheiros não são
atuantes. Quanto à pergunta do Senhor Benedito, disse que não conhecia o fato,
e já havia feito um planejamento das atividades da pré-escola desde o início do
ano. Falou que o tom de voz foi feito de forma elevada e até respondeu no mesmo
tom. Os próprios servidores, que disse estar reconhecendo alguns no meio da
plateia, falaram sobre o estado de greve. Falou que se o funcionário quiser
continuar, vai ter o direito garantido, ameaçou. Houve abertura de espaço para
os sindicalistas falarem com os servidores e até cedeu microfone com caixa
acústica.
A professora Iracema falou que não especificou escola, só relatando
pessoas que entram na escola sem preparo e não possuem magistério e às vezes
estão no quinto período de uma faculdade. Disse que isso vai causar muitos
problemas na educação, que muitos alunos não sabem nem o alfabeto. Reafirmou que não
citou escola.
A professora Mhirla Cabral passou a palavra ao Promotor, pedindo que as
pessoas permanecessem pra ficarem cientes dos encaminhamentos e da agenda que
vai ser feita.
O Promotor de Justiça disse que, em termos de esclarecimentos, a
legislação proíbe três meses antes até a posse dos eleitos, não se pode
demitir, e não há encaminhamentos a serem feitos. Quanto ao questionamento do
Otoniel, disse que está fazendo esforços, como o caso do município de Prainha.
Recebeu essa informação e disse que a ação foi feita em dezembro. Disse que foi
feito um acordo em julho deste ano e não se pode esperar que o promotor tome
as providências de forma imediata. Garantiu que, diante da não aceitação da
proposta e pelo não pagamento, é impossível falar em termo de ajuste de
conduta. Disse que quem tem o talão de cheque é o prefeito, mas vai apurar e
responsabilizar.
Em seguida, o professor Bruno falou sobre os encaminhamentos e
sobre a agenda de greve. O professor Cabral
disse que, ao falar de proposta indecente é porque o recurso não vem
para pagar conta do ano anterior. O encaminhamento foi o bloqueio da conta do
prefeito. Com aumento patrimonial de 400% indica que algo está errado. A proposta é aquilo
que está preconizado na lei, que é até o quinto dia útil. Quem tem que
responder por esse dinheiro, que já veio, é o prefeito.
A professora Lucidalva
disse, como é uma audiência pública, espera-se encaminhamentos diante do
Ministério Publico, FUNDEB e Conselho de Educação. Encaminhamentos: 1)
apresentar prestação de contas analíticas em audiência pública sob pena de
continuar a greve da categoria; 2) abrir inquérito de ação pública; 3)
comprometer a secretária de educação para pagar até o mês de dezembro e o
décimo terceiro. Disse que tem que parar a questão de falar do prejuízo da
greve e também o assédio da direção de escola como é o caso da escola
Marcionílio. Há orientação para que os professores comprem os pincéis de quadro
branco. Quando não tem merenda, compromete as quatro horas diárias. Não é a
greve nem o professor o responsável e é preciso que cada um seja multiplicador.
A greve é por tempo indeterminado e quem vai cessá-la é a secretária Ana
Valéria e o prefeito Paulo Ferreira, porque são os responsáveis pelo
planejamento e aplicação dos recursos. Ficou claro que a luta é pela defesa dos
direitos e que a qualidade perpassa pela valorização do profissional. Lucidalva
pediu para parar com o discurso medíocre da secretaria de educação de um
governo que não tem respeito pelas crianças.
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