Com um carro-som montado na
frente da ASSPORT, os partidários de Rosângela e Pedro Barbosa por um lado e de
Miro, por outro, se acotovelavam para ouvir tanto o pronunciamento de Jorge
Barbosa quanto do prefeito, mas este ficou calado do início ao fim da reunião.
Lá fora, os curiosos, que se
aglomeravam entre carrinhos de ambulantes, motos e carros estacionados, estavam
também os oposicionistas. Pelo rádio, a transmissão de flashes ao vivo. A
atenção estava voltada para a mais longa novela de escolha de um nome para a
sucessão de prefeito em Portel. Apesar da vontade dos ouvintes da rádio local
em ouvir Barbosa, este escapuliu assim que a reunião encerrou. Desta forma,
entrou mudo como um cordeiro e saiu com a boca melada de abiu, mesmo sendo
abordado pela imprensa.
No discurso de Miro Pereira, o
povo foi lembrado, assim como, entre outros, Pedro Barbosa e Rosângela,
agradecendo a todos. Porém, Rosângela estava descontrolada a ponto de não
cumprimentar nem seus poucos apoiadores, nem ao povo que a ouvia através da
rádio Arucará. Nem um bom dia sequer, como uma jacaroa ou, no mínimo, uma onça.
Assim procedeu quando foi entrevistado pelo repórter da Rádio Arucará FM,
Viola, protestando contra a decisão e prometendo disputar a contenda na
justiça. Estava tão furiosa que, ao contrário de seus pronunciamentos sobre
educação, mostrou um lado que sempre escondeu: tom vingativo e repressor. Em
conversa com um empresário local, este afirmou que essa dissolução vai render
pano pra manga.
Até o momento ninguém ainda não descobriu
por que Pedro insiste tanto em apoiar um nome fraco, perdulário em todas as
pesquisas. Nas visitas feitas às comunidades, o povo diz que gostaria de
receber Pedro Barbosa para que pudesse “ouvir umas poucas e boas”, demonstrando
que não existe a tal popularidade que seus asseclas tanto afirmam existir.
Dizer que ele está apaixonado por Rosângela não cola, muito embora seja mais
certo de que ela saiba demais.
As especulações são tantas que
parece que, de repente, surgiram videntes como nunca antes na cidade das
macumbas. Mas, macumbeiros à parte, pode-se esperar por mais capítulos de
arrepiar os cabelos. Nesse sentido, há quem diga que Pedro Barbosa pretende,
com esse apoio contestado a alguém com popularidade rasteira, arrematar um
milhão de reais da família Barbalho. Não tão longe desta, haveria a especulação
de que Pedro, por trás das bombas, dedicaria apoio a outro candidato, a começar
por Zaqueu Freitas, introduzindo aí o nome de Paulo Oliveira, pondo a mão no
dinheiro de seu protetor, o deputado Luis Rebelo.
Mas Miro Pereira, se souber
utilizar esses fatos políticos, poderá injetar ânimo na população, afastando a
imagem de Pedro e aproximando de si nomes como Zé Diniz, que mesmo doente ainda
tem poder de fogo. Outro nome que rende bons dividendos é o do pastor Erivalto
Correa, conhecido como pastor Eri, o qual sempre figurou entre os cinco mais
populares. E, ao que se sabe, Miro estaria se encontrando com o pregador no
meio desta semana, contudo, não dispomos, até o momento, do resultado desse encontro.
Após o encerramento da
“convenção”, que durou cerca de meia hora, os apoiadores de Miro Pereira se
dirigiram a um bar junto à orla do Arucará e festejaram o fim de uma dramática
decisão. Ali estava Jorge Barbosa, que não me cumprimentou, Pedrinho (filho de
Pedro Barbosa); Antônio Barbosa (irmão do prefeito); vereador de Marituba,
Mello com seu trio elétrico e cantores que adentraram a noite, fazendo uma
festa semelhante às que ocorrem no mês de julho. Estive a convite para dar
cobertura ao evento, mas confesso que minha presença incomodou a muitos, apesar
destes nunca terem sido atacados por mim, pois sempre combati Rosângela Fialho
e seu mau tratamento aos professores
que, aliás, como servidora pública só fez tais coisas porque houve permissão
para tal. Sobretudo porque existem pessoas acima dela, políticos como prefeito,
vereadores, deputados.
A família Moura também não se
manifestou e até no cenário político não saiu mais da escuridão, pois Carlos
Moura estaria vivendo algumas dificuldades relacionadas a uma pessoa que vive
no estado do Amapá, ao que deixo tais abordagens para o futuro.
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