Dep. Luzineide: Seria mesmo a vez de Nenen? |
O futuro de Portel está em jogo.
Estamos no limiar de uma escolha do próximo prefeito a gerir o município e há
uma indefinição, especialmente por causa da obsessão por parte dos
pré-candidatos que teimam em ser, todos eles, prefeitos. Ninguém quer ser vice,
pois todos lembram a amarga história de Ademar Terra, por conta da Lei da
Mordaça imposta pelo maquiavélico Jorge Barbosa.
Enquanto o mingau de caroço dos
pré-candidatos da situação segue mais encaroçado do que se pensava até a
escolha do nome de Miro Pereira para substituir Rosângela Fialho, xodó de Pedro
Barbosa, sobretudo porque ela não agradou ao povo, principalmente da região
rural, a oposição enfrenta um dilema semelhante. Não que eu esteja falando em
rejeição a nomes, como aconteceu ao de Rosângela, mas sobre um aspecto infantil
e dotado de tradicionalismo.
Conta-se com três bons nomes
aceitos pela opinião pública, a começar por Zaqueu Freitas, Pastor Eri e Wagno
(Nenen) Nascimento. Apesar de estarem do mesmo lado na trincheira de guerra
contra o governo atual de Pedro Barbosa, não há um consenso a respeito do
protagonista para conduzir tais nomes, os quais são bem aceitos no seio da
comunidade portelense, tanto rural quanto urbana. E, antes que se perca o fim
da meada, candidato que percorre os rios com fama de endinheirado não é
marca nem indicador de convencimento,
apenas se aceita pelo fato do misere que toma conta da cidade, de ponta a
ponta.
Os candidatos da oposição
Zaqueu (PSDB) fez sucesso quando pôs seu
nome à apreciação popular em 2001, mas
perdeu por uma diferença de 500 votos para o então prefeito Elquias Monteiro.
Evangélico e muito pé no chão, Freitas segue uma tradição familiar no comando
do Cartório Agripino e também ocupa, concomitantemente, o cargo de pastor e vice-presidente da
Assembléia de Deus. No passado, Zaqueu Freitas
exerceu o cargo de Escrivão do Cível, Escrivão do Tribunal do Júri, Escrivão
Criminal, Escrivão Eleitoral e Comissário de Menor. Também foi fundador da Liga
Esportiva do Município de Portel (LEMP), diretor do Camel e diretor do Fabril.Sendo, portanto, capaz de dialogar com diversos segmentos
da sociedade, inclusive esteve com o politizado bispo da arquidiocese do
Marajó, Luiz Azcona, em recente vista ao município. Na ocasião, o debate
centrou-se na questão política e o futuro de Portel.
Nenen Nascimento (PSD), 41 anos de idade, irmão de Toco,
Arraia e Francisco Gomes (Branco) e Guilherme, apoiou Luzineide para deputada e teve a
sorte da mesma ser eleita com os votos de muitos paraenses. Nenen deseja muito
ser o candidato, pois acredita que tem o apoio do governo do estado, porém há
forças externas que pretendem apoiar Zaqueu Freitas para prefeito, e isso está
gerando problemas que poderão, caso não forem resolvidos de forma matura,
redundar dissensão e o tiro poderá sair pela culatra e dar ensancha ao
crescimento da situação.
Pastor Eri - Erivalto Correa Lima (PSC) é originário do município de Breves, casado, é Pastor Presidente da Assembléia de Deus na Vila Betel, Camarapi. Casado, Eri é considerado um homem que inspira confiança nas classes humildes. Com 49 anos de idade (a completar no dia 13 de julho), está entre os 4 favoritos da preferência do eleitorado.
O poder nas mãos: uma faca de
dois legumes
Nesta manhã tive acesso à carta-renúncia
da Comissão Provisória do PSD. Delineando a indícios de que Nenen poderá ser vice
de Freitas. Por toda a tarde de hoje, seguiram-se informações de que o
propósito de tal renúncia seria facilitar a constituição de uma nova comissão
provisória e, desta forma, promover a convenção do partido. Porém, como se
trata de uma guerra declarada, vale lembrar a célebre frase dita por Lavoisier: "Nada se cria, nada se perde;
tudo se transforma". Destarte,
há muitas munições nas mãos da oposição e não se descarta a possibilidade de
chamar para o cenário nomes que até então não foram submetidos à avaliação
popular, porém, fazendo uma ponderação quanto à questão de fogo: os amigos, ou
seja, a oposição, não podem trabalhar a favor da situação com comportamento infantil,
pois ainda impera o tradicional apontamento decisório da cúpula dos partidos
estadual. E nisso pesa, ao final do balanço, sobre a cabeça do Grande Judas,
que se trata de um candidato que está de mãos dadas com o poder reinante para
barganhar lucro e se apresenta como oposição. Quem será o Grande Judas, o homem
que vai fazer de tudo para entregar os pontos para a situação? Pois apesar da
possibilidade de acomodar todos dentro de uma união de esforços, haverá aquele
que chegará a acreditar que pode vencer sozinho. Isso não existe, neste
momento.
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