E a corrida continua

Como muita gente reclamou que estava errado, eis a cópia original

"Eu não entendo como pessoas tão inteligentes se tornam burras", disse uma ribeirinha hoje à tarde, revoltada com a falta de aula dos seus filhos na zona rural. Noutra comunidade ouvi um ancião indagar sobre a estrada Portel-Acutipereira.

Por essas e outras satisfações devidas ao povo, muita gente paga preços elevados. E, para que vocês percebem, o povo não é besta não. Aquela senhora, ao falar do comando da SEMED, diz uma grande verdade a respeito de um governo formada por pessoas com alto índice de intelectualidade, em sua maioria. Lembrávamos nós que nos tempos de Othon Fialho, Felizardo Diniz e até governos de Elquias Monteiro (anos 80) e Renato Queiroz não se tinha a disponibilidade de recursos que hoje a prefeitura tem com o surgimento do então Fundo da Educação (96), hoje chamado de FUNDEB. Nos dias atuais conta-se com uma soma de dinheiro nunca visto antes. Mas o que acontece é o contrário. O pagamento dos barqueiros não saiu. Não tem combustível. Não tem merenda escolar. Que explicação se pode dar, uma que realmente encaixe na desconfiada cabeça de nosso contribuinte?

Bem, na volta a água estava alta e um rapaz, que me conhece mas eu não lembro dele, se dirigiu a mim e prestou auxílio em levantar a moto para que a água não entrasse no escapamento. Este falou que a madeira para fazer uma nova ponte está se deteriorando no mato. Disse-lhe que o projeto de abertura da estrada era nosso, que já tínhamos envolvido diversos empresários para a abertura de uma estrada digna ao povo do Atucipereira. A gente acreditava, eu e minha esposa, que a união de diversos empresários tornariam possíveis os sonhos daquele povo em ter uma estrada e energia elétrica. E então o governo veio e disse que tomaria conta do projeto. Deu no que deu.