Aniversário de Portel: 255 anos

Festa: Começou de madrugada e não teve hora pra parar

Hoje, 24, Portel amanheceu em festa: são as comemorações pelos 255 anos de sua fundação. Como tradição, a cidade acordou sob o som da banda de música da Assembleia de Deus, com direito a fogos de artifícios, entre outras atividades que ocorrerão ao longo do dia.

Como é dia de festas, não cabe aqui ficar falando que o pagamento de dezembro não saiu, que a conta da luz quase foi cortada, que o gás acabou, que a operadora de TV a cabo já mandou aviso de que vai interromper o sinal, de que o dono do supermercado está com dificuldades porque a maioria da clientela é professor, de que o celular tá sem crédito, etc, aquela choradeira. Não, vamos fingir que não precisamos de luz elétrica (e, consequentemente, água para a bomba do poço artesiano), que não temos direito ao lazer, nem que precisamos de gás butano porque existe carvão. A vida é bela! (ai, quanto cinismo da minha parte!)

Dizem que foi o padre Antônio Vieira que fundou (e outros a afundaram) essa cidade que é pequena e tão controversa (a frente pra trás, o Barão é pobre, o Acará morreu afogado... só para parodiar a grande cantora e brilhante professora Vânia Matos. Mas, se quiserem provar o contrário, estejam à vontade, pois não seria nada estranho para nós falar em contrário.

A música de Carlos (Mapará), meu ex-professor no Abel, é linda como hino portelense, mas é a letra da música do Gilberto Paranhos (Meu Portel) que retrata tão bem a emoção dos que por aqui passam e não querem mais ir embora, quando diz “minha terra, meu Portel, meu pedacinho do céu, meu recanto do Pará”, como se só a ele pertencesse. Nada de errado nisso, foi o calor da emoção que fez esconder o nossa terra, nosso Portel. E foi o nosso primeiro maior hino (por aclamação popular)!

Bem, entre dores e prazeres, viva Portel, meu pedacinho de céu!