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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Orla do Arucará: beleza, curtição, sexo e destroços



Caminhar junto a orla de Portel seria uma ótima pedida. Dá para apreciar a brisa do rio, o frescor da manhã, a relva verdinha e o enfileirado de mangueiras. Dá até vontade de descer pela areia e caminhar e tomar banho na água clara e cristalina. 

Embora eu tenha visto pessoas caminhando (e muitas) na Rua da Vivência, junto à praia não vi ninguém. Caminhei, solitariamente, desde o Peremas Bar, passando pelo Bar e Restaurante Arucará, todos fechados. O calçadão que se estende junto ao cais de arrimo, da frente do cemitério até o Forum, está todo em ruínas. O principal, o cais de arrimo, não parece danificado, mas a parte onde as pessoas um dia caminhavam pela manhã ou a tarde ou mesmo à noite, está em péssimas condições. É possível caminhar tranquilamente depois do Forum, passando pela frente da Secretaria de Saúde, lotada de gente, até o Bar da Preta, onde termina o cais. A partir dali, há uma construção, em continuidade, do cais de arrimo. Já tem pelo menos uns 50 metros. De acordo com o site do Tesouro, este cais de arrimo deve conter 150 metros. Com esse atraso, algumas casas correm o risco de caírem no rio, como a casa do ex-secretário de educação Orziro Santana.

O serviço de limpeza não tinha começado ainda e topei com uma garrafa de vinho, que com certeza foi usado pelos jovens que frequentam a praia no período noturno. Esses moços não sentam nas mesas dos bares, como se fossem os excluídos da sociedade. Compram no máximo uma bebida forte, como o vinho ou a cachaça ou mesmo vokca e ficam ouvindo a música dos bares. Invólucros de camisinhas não faltam, mostrando que a praia do Arucará ainda é palco para a satisfação sexual de rapazes e moças que deixam de usar um motel para a prática ao luar. 

A praia do Arucará hoje é requisitada pelas pessoas que alcançaram um estilo de vida acima do padrão da cidade. Podem ser vistas casas enormes, que mais parecem castelos, como a casa do empresário Rubenildo, mas também tem espaço para o maior prédio, o hotel Marinos ou para menores como a Pousada Chalé. Apesar dessa mudança social e econômica a influenciar as moradias, algumas famílias tradicionais continuam com seus casebres, pessoas humildes e trabalhadoras, mas que nunca tiveram fortunas inesperadas em suas vidas, exceto pelo árduo labor que não enriquece ninguém por estas bandas.

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