SEMED de Portel arrecadou no mês de setembro cerca de 42 mil reais em faltas aplicadas a servidores da educação. No mês de outubro passado, a cifra aumentou para 49 mil reais, como se fosse uma meta a alcançar em arrecadação de "impostos", à semelhança do que acontece nas ruas da cidade com abordagens aos vendedores de farinha e tucupi e até vendedor de bombons. Agora é a vez dos professores contrubuírem com a cifra, na escassez de dinheiro para custeio de obras públicas.
Na comunidade São Bento, na localidade conhecida como Boa Vista a onda de faltas alcançou o absurdo de aproximadamente 5 mil reais, com descontos que vão desde o contracheque do vigia até o diretor escolar. Não foram poupadas as serventes, o vice diretor e o coordenador pedagógico e nem a professora que estava com licença para conclusão de estágio supervisionado pelo PARFOR, sob a anuência da coordenadora Marlieth Correa, esposa do presidente da Câmara Municipal de Portel, Francisco Angelo de Oliveira Jr. A professora Odineia Ferreira, que foi prejudicada por conta da falta injusta, se diz indignada e pretende denunciar o fato tanto a coordenadora Marlieth e à Coordenação Estadual do PARFOR.
O barqueiro Quincas também foi prejudicado pela ensandecida sede de arrecadação de verba. Quincas recebeu uma mais de duzentos litros de óleo diesel para conduzir os estudantes, mas teve que devolver 80 litros ao diretor e ao vice, ficando com apenas 122 litros. "A gente fica desanimado com uma situação dessas", disse o idoso.
O barqueiro ainda avisou que o combustível não daria para transportar os alunos até o fim do mês porque a sua embarcação teve a máquina mudada, sendo de maior potência e consequente consumo maior de óleo. O barqueiro já havia comunicado ao diretor, mas este não repassou a informação ao Coordenador de Transportes, Cinésio Alencar.
Assim, com a falta do produto, não houve aula nos dias 30 e 31 de outubro e, sem alunos, os professores retornaram a cidade. Os vigilantes da escola, apesar de cumprirem seus turnos de trabalho, ficaram prejudicados pela onda de faltas que não se restringe ao setor da educação, mas que está nos outros departamentos e secretarias do município.
O SINTEPP já tem conhecimento da situação e já pretende solicitar uma reunião com a secretária Ana Valéria para entender melhor a onda de faltas, já que muitos desses servidores, como é o caso citado, compromete a teoria de que há faltosos de fato. Para corroborar com isso, li, como um dos coordenadores do SINTEPP, um documento em que um professor de outro rio (Anapu) entrou com reclamação junto ao sindicato para possível solução das faltas injustas. O mesmo sucedeu às serventes, que não podia fazer merenda já que não havia aluno.
COMENTÁRIO DO BLOG
Não vamos, de maneira nenhuma, concordar com faltas sem cometidas por servidores relapsos. No entanto, nesta publicação, as situações entram em contradição com a opinião de que tais pessoas merecem os descontos aplicados na folha de pagamento.
Aconselho, senhores barqueiros, a pararam a educação desta cidade, para que entendam de vez por todas que estas pessoas são molas mestras na condução dos principais atores da educação: os alunos. Não é possível que a professor receba salários e demais gratificações sem a presença de alunos nas escolas. Do mesmo modo, só haverá aulas se existir alunos e em caso de ausência de professores por falta de alunos (que foi ocasionada pela falta de óleo), não se pode dar falta. Afinal, senhor prefeito, o que estes professores vão ficar fazendo na escola, se não tem alunos? Fazer merenda para quem, senhor prefeito?
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