Recebo diariamente mensagens de leitores que são
beneficiários do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, mais
conhecido por Pacto.
Entre as dúvidas está a relacionada a atraso do pagamento
das bolsas, como esta: “Sou bolsista do pacto e minhas bolsas estão atrasadas,
referentes a setembro e outubro de 2013.
Gostaria de saber porquê estão atrasadas e se ainda vou receber este ano?
Neste caso, o atraso pode se dar em função da avaliação.
Comunique-se com seu professor orientador, pois há datas a serem auferidas tais
avaliações, inclusive a sua e a do coordenador geral, as quais têm prazo para
efetivação.
A professora Elza Viana disse: “sou orientadora do PNAIC do
município de Presidente Juscelino-MA. Gostaria de saber quando iremos receber
a bolsa, pois os alfabetizadores e orientadores ainda não receberam nenhuma?”.
Penso que esta mensagem foi logo no início do ano, e que, assim como os demais
professores de Portel, houve atraso na chegada do material que é todo fornecido
pelo MEC. Em Portel, por exemplo, os trabalhos iniciaram com o subsídio da
UFPA, que inicialmente “tapou o buraco”, mas que se recusou a cumprir um papel
que não é seu.
Já a Raquel, de Rondon, afirmou que “eu tambem recebi 3
meses depois nunca mais”. Aí merece cuidados, Raquel, pois, para o MEC, não
existe a cultura da justificativa (pelo menos no caso do PACTO), já que a
ausência parcial pode prejudicar o
recebimento da bolsa, que é algo muito sério na implementação das políticas
educacionais no sentido de vencer a vergonhosa estatística que afronta as
escolas brasileiras. Há casos, no Pará, em que uma prefeitura inscreveu cerca
de 200 professores fantasmas, no sentido de receber verbas indevidamente. Foi
descoberta e agora terá que devolver a soma de 40 mil reais ao Governo Federal.
No município de Portel já houve baixa de pelo menos 25 professores que ou
faltaram parcial ou totalmente ao curso, cuja liberação do professor é
fundamental e os dias do curso devem acontecer prioritariamente durante o fim
de semana para não prejudicar os dias letivos. Na zona rural de Portel, há
diretor que impede professores de virem a cidade para a realização do curso, e
isso é nadar contra maré. Tem até aqueles que dizem: “Além de preencher
cadernetas indefinidamente, ainda tem aquela porcaria do Pacto pra atrapalhar”.
Pensa num cara remando contra a maré.
A Arlete Bonfim Conceição de Carvalho disse: “Quero informações sobre o beneficio do pacto.
Recomendo que leia as postagens anteriores, clicando AQUI.
“Ainda não consegui fazer o cadastro do pacto”, disse a Cristina
Machado Correa. Nesse caso, Cristina, não dá mais, pelo menos pra este ano. Há
casos, como a professora Laura (Portel, Rio Acutipereira) que trabalha com o
ciclo de alfabetização, mas não recebe o benefício. Entende-se que esta
professora já está há vários anos nesta mesma escola, cerca de 4 horas de
viagem da sede Portel e não se concebe a ideia de que a mesma não tenha sido
inserida no senso, pois a direção do Polo Acutipereira deveria dar maior
atenção aos professores, assim como a própria coordenação, para evitar que tais
coisas aconteçam. O alerta serve também para as autoridades incluírem pelo
menos os coordenadores, como ouvintes, no curso de formação do Pacto, para
evitar que “não sei nem o que é isso de Pacto”, como já ouvi por aqui.
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