O SINTEPP encaminhou à 13ª URE relatórios obre
as escolas estaduais e SOME do município de Portel, diretamente ao Diretor
Elias Barreiro Beltrã.
PAULINO DE BRITO
O relatório sobre a Escola de Ensino Médio Paulino de Brito
mostra a situação do SOME na localidade da Vila Betel (Vila Gomes), onde as
aulas estão sendo ministradas num espaço cedido pelo Sr. João Gomes, em uma
sede da comunidade. Esta “escola” não oferece estrutura para o funcionamento
das duas turmas de 1º e 2º anos a, sendo que a
mesma precisa de parceria no combustível para funcionar o motor de energia. São
gastos, mencalmente, cerca de 40 litros de óleo diesel e 2 litros de óleo
lubrificante. Ali trabalha uma servente para fazer a merenda e dar conta da
manutenção de materiais como panelas, fogão, copos, pratos, colheres, etc.
Em relação à escola que funciona na Vila do Acangatá, a
escola oferece espaço para funcionar as
três turmas de 1º, 2º e 3º anos. No entanto, há dificuldade de alojamento para
os professores e, em face, disso, se hospedam na residência da Sra. Juanilda
Pereira Pantoja, alugada para a SEMED para os professores do FUNDAMENTAL, o que
significa estar “de favor”. O agravante é que a SEMED não possui mais parceria
com o Estado em se tratando de combustível para os barqueiros transportarem os
alunos e também quanto a merenda escolar.
Ao considerar a questão das disciplinas, o relatório aponta
muitas dificuldades, pois ainda faltam serem ministradas disciplinas de 2011,
2012 e 2013 nos quatro circuitos onde funcionam o SOME. Em 2012 faltaram as disciplinas de Língua
Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física. Já em 2013,
faltaram as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,
Artes, Educação Física, Matemática e Física. Na Vila do Pacajá ABC – CIKEL, no
ano de 2013, não foi possível ser ministrada nenhuma disciplina. Em 2011, os
alunos não puderam fazer nenhuma faculdade devido não terem concluído o Ensino
Médio. Revela o documento que tais cobranças são feitas constantemente à
Coordenação do SOME, Sra. Sandra Machado Gonçalves.
NICIAS RIBEIRO
De acordo com o relatório, a estrutura física do Colégio Nicias
Ribeiro sempre foi um instrumento de suma importância para a comunidade
portelense. No entanto, há necessidade de promover o alcance de padrões mínimos
de funcionamento dessa unidade, pois não se trata apenas de garantir às
crianças e aos jovens as oportunidades de escolarização. Pelo contrário, isso
se estende às suas instalações físicas, equipamentos, recursos humanos,
recursos pedagógicos, currículo e gerenciamento. Além disso, há carência de
luminosidade e os móveis estão desgastados, com ventiladores barulhentos que
dificultam a audição dos alunos. Os computadores do laboratório de informática não
funcionam, tanto pelo descaso como pela ação do tempo, pois estas máquinas estão
há mais de 10 anos abandonados. Para dizer a verdade, este espaço nunca
funcionou desde a inauguração da escola.
O piso da sala de vídeo cedeu pela ação de saúvas. Este fato
traz à baila que esta escola foi construída num local onde antes existia um igapó
e, desta forma, o aterro foi mal compactado e, em consequência disso, o piso
apresenta rachaduras. Já o laboratório destinado às aulas e física, química e
biologia está fechado e sem condições de uso há mais de cinco após por falta de
equipamentos.
A condição da caixa d’água preocupa, pois apresenta
infiltrações que tem dificultado o andamento das aulas, pois quando a pressão
da água aumenta, molha o forro e, em seguida, o corredor das salas de aula.
Os banheiros apresentam vazamento constante, sendo que as
caixas de descarga não conseguem mais reter água pelo fato dos reparos estarem
gastos. A fiação elétrica compromete o bom funcionamento dos equipamentos
eletrônicos.
Fios finos e o superaquecimento são ameaças constantes,
provocando o temor de ocasionar um prejuízo maior.
As calhas todas feitas em concreto não receberam material
impermeabilizante, o que ocasionou infiltração e posteriormente enferrujamento
da ferragem interna estourando o concreto, expondo a ferragem à ação do tempo,
apresentando a possibilidade de desabamento no futuro.
Finalmente, a escola não recebe fundo rotativo há mais de
dois anos. Os recursos do PDDE não podem ser movimentados, pois o conselho
escolar não está habilitado junto ao Banco do Brasil e ainda apresenta problema
de inadimplência em gestões anteriores, ocasionada por falta de relatório no
caso do Programa Escola de Portas Abertas.
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