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domingo, 6 de abril de 2014

Como tirar o Marajó do fundo do poço


Texto é dedicado aos que sonharam com um futuro próspero

*Por Miro Pereira

O MARAJÓ E A REFINARIA DE PASADENA !!!!! Ontem não consegui dormir pensando no que nós MARAJOARAS poderíamos fazer caso a Presidente Dilma cometesse mais um "ERRO TÉCNICO" e destinasse ao PLANO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTÁVEL DO MARAJÓ , os DOIS BILHÕES NOVECENTOS E SESSENTA E CINCO MILHÕES DE REAIS que foi jogado fora entre outras coisas por causa de um "erro técnico" da presidente. 
Pois bem, fui pesquisar e cheguei aos seguintes números : se nós dividíssemos esse valor pelos 500 mil marajoaras que habitam o arquipélago, nós chegaríamos a um per capta de 5.930,00 (cinco mil novecentos e trinta reais) por habitante. 

Se esse dinheiro fosse distribuído proporcionalmente ao número de habitantes por município, só pra citar três exemplos, BREVES que tem 101.394 habitantes receberia o valor de R$ 601.266.420,00(seiscentos e um milhões duzentos e sessenta e seis mil e quatrocentos e vinte reais) . Santa Cruz do Arari que é o menor município do arquipélago e tem 8.155 habitantes, receberia o valor de R$ 48.359.150,00(quarenta e oito milhões trezentos e cinquenta e nove mil e cento e cinquenta reais) e nossa amada PORTEL com seus 53.257 habitantes receberia o valor de 315.814.010,00(trezentos e quinze milhões oitocentos e quatorze mil e dez reais). 

Pois bem, e no caso de Portel o que dá pra fazer com esse dinheiro? Pelas normas do Ministério da Educação - FNDE -, uma escola de duas salas com 204 m2 custa R$ 244.872,00v(duzentos e quarenta e quatro mil oitocentos e setenta e dois reais) e pelas normas do Ministério da Saúde uma UBS - Unidade Básica de Saúde de Portel custa R$ 408.000,00 ( quatrocentos e oito mil reais). 

Pelas normas do Ministério das cidades o quilômetro do asfalto de qualidade sai em torno de 1 milhão de reais. Se o MISERICORDIOSO DEUS permitisse mais um errinho desses da Dilma e esse dinheiro viesse pra Portel, nós poderíamos construir 170 escolas de 2 salas de aulas sendo 50 no Anapú, 50 no Pacajá, 50 no Camarapi e 20 no Acutipereira ao custo de R$ 41.872.000,00 (quarenta e um milhões oitocentos e setenta e dois mil reais) . 

Poderíamos, ainda, construir 70 UBS- POSTOS DE SAÚDE sendo 30 no Anapú, 30 no Pacajá, 30 no Camarapí e 10 no Acutipereira ao custo de R$ 28.560.000,00 (vinte e oito milhões quinhentos e sessenta mil reais). Como temos forte vocação agrícola, poderíamos gerar em torno de 20 mil empregos diretos com a construção de 5.000 (cinco mil) casas de farinha ao custo unitário de 10 mil reais por casa e custo total de 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) . Como só a casa de farinha não basta, poderíamos ainda dar um fomento no valor de 10 mil reais para cada uma das 5 mil família que fosse contemplada com a casa de farinha para o plantio da mandioca ao custo total de mais 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). 

Acabou o dinheiro? NÃO. Ainda tem muito. Poderíamos construir na cidade duas UPAS- Tipo II- hospital de pronto atendimento com 12 leitos cada, sendo um na Portelinha e Outro na Cidade Nova ao custo unitário de R$ 3.100.000,00( três milhões e cem mil reais) cada e custa total de 6 milhões e duzentos mil reais. Poderíamos asfaltar 100 km de ruas na cidade de Portel de todos os bairros. Iria dar pra asfaltar todas as ruas principais da cidade incluindo a Portelinha e Cidade Nova ao custo total de 100.000.000,00 ( cem milhões de reais).

Depois de tudo isso ainda sobraria de "TROCO" 39.000.000,00 (trinta e nove milhões de reais) que daria pra montar uma empresa pública ou empresa de economia mista para comprar e serrar a madeira em tora tirada de nossas florestas após a criação de um amplo programa de manejo florestal comunitário que iria gerar mais emprego, renda, riqueza e desenvolvimento pra Portel. 

Queridos irmãos de Portel e do Marajó, vocês já imaginaram o que seria de nós com essas escolas novas e postos de saúde na zona rural com milhares de empregos gerados, ruas asfaltadas???? Com certeza não teríamos os piores IDHs do Brasil. Desculpem a forma didática e com muitos números de meu singelo exercício de UTOPIA, mas é que nosso povo já está tão anestesiado com tanta corrupção e roubalheira que não tem nem mais noção dos valores quando divulgados pela imprensa. Então é necessário esmiuçar esses números para um melhor entendimento. 


*Miro Pereira (Amiraldo Barbosa Pereira) é advogado e um dos fundadores do maior festival cultural de Porel - a Mandioca Mole -, tendo ocupado o cargo de secretário executivo da AMAM.

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