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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Rede municipal de Vigia deflagra greve

Os trabalhadores em educação da Rede Municipal de Vigia, na Regional Nordeste I, reunidos em assembleia geral no dia de ontem (01), recusaram a proposta de 4% de reajuste salarial, 10% de gratificação de nível superior e 5% de gratificação de especialização apresentada pelo prefeito e deliberaram por unanimidade deflagrar greve por tempo indeterminado. A decisão cumprirá o prazo de 72h para início do movimento paredista e já conta com o apoio da comunidade escolar.

Nesta terça-feira (01) ainda houve marcha pela manhã, com a presença massiva dos trabalhadores da educação, numa clara demonstração de insatisfação frente ao descaso da atual gestão com a educação municipal, a marcha teve a proposição de denunciar para a população o caos em que a educação se encontra, além de conseguir audiência com o Ministério Público e o Juiz do município para apresentar as denúncias de mazelas recorrentes da educação municipal e solicitar celeridade nas ações demandadas do SINTEPP.
Após a ida ao Fórum a marcha seguiu em direção a Secretaria de Educação para cobrar respostas sobre a pauta de reivindicações da categoria. A marcha teve continuidade e dessa vez a parada foi na Câmara Municipal para que fossem apresentadas as reivindicações da categoria.

O prefeito da cidade Mauro Alexandre (PMDB) se nega a cumprir o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Não bastasse o reajuste rebaixado do Piso Salarial Nacional no ano de 2013, pelo Governo Dilma (PT) de 9,72% e de 8,32% em 2014, o prefeito segue numa clara demonstração de afirmação da política de arrocho salarial e um descompromisso com a educação nacional.
A gestão municipal mostra que reza na mesma cartilha do Governo Federal, pois reajustou os salários dos trabalhadores da educação em 3% impondo aos trabalhadores uma perda de 6,72% em 2013. Na intenção de continuar com o arrocho salarial apresentou como proposta um reajuste de 4% que resultará num achatamento salarial de 4,32% em 2014. 

Somados os dois últimos períodos se acumulará uma perda de 11,04%, um índice maior do que a inflação acumulada. Não satisfeito com o arrocho imposto aos professores, o Executivo Municipal retirou o reajuste de 5% concedido no ano passado aos trabalhadores do apoio educacional e auxiliares educacionais.

Não suportando mais o estado de calamidade em que a educação municipal se encontra e inércia do governo, a categoria não teve outra opção e foi inevitável a aprovação da greve, pois as escolas encontram-se em estado lastimável. Algumas com risco iminente de desabamento, sem alimentação escolar para os alunos, com suspeitas de funcionários contratados para cargos inexistentes, além do Conselho do FUNDEB mostrar-se inoperante.

Hoje o desgoverno no Município de Vigia de Nazaré é tão visível que a população está manifestando total apoio ao movimento dos trabalhadores em educação.

Na próxima sexta-feira (4/4) será realizada nova assembleia geral na Câmara Municipal, às 09h da manhã, e a coordenação da subsede juntamente com o conjunto da categoria irá montar um calendário de lutas e propor uma nova rodada de negociações com o governo municipal.

A Coordenação Estadual e a Coordenação da Regional Nordeste I em total apoio aos companheiros da educação estarão deslocando coordenadores estaduais e regionais ao município e permanecerão acompanhando os desdobramentos das negociações. 

Prefeito Mauro Alexandre pague o que deve à educação, ou a greve continua!
Não há conquista sem luta!

Leia também: 

http://www.sintepp.org.br/rede-municipal-de-vigia-deflagra-greve/

 Foto: Divulgação

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