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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Grandes tolices, grandes erros



Hoje encontrei, em uma rápida passagem pelo município de Breves, uma encantadora senhora de cabelos grisalhos. A conversa centrou-se na falta de emprego, violência e outros horrores na nossa moderna sociedade.

Lembrei, ali junto a uma barraquinha de tapioquinha, que no primeiro governo de Pedro Barbosa eu cometi uma grande tolice. Sim, foi uma grande tolice, quase beirando à idiotia. Naquele momento, junto com meu amigo Cupu, integrava a novíssima Secretaria de Desenvolvimento. Seria a estrela de um governo que prometia mudanças radicais. Não foi.

Tínhamos em mente a produção de peixe como uma forma de alavancar a economia do município e não mais permitir que a fome e a falta de oportunidade tirasse nosso caboclo do campo para trazer seus filhos para a cidade e jogá-los na prostituição e nas garras do tráfico de drogas.

Pois bem, aquele sonho acabou e junto com ele, o primeiro recurso para a criação de tanques de peixe, salvo engano, foi desviado, na ordem de 370 mil reais. Enquanto isso, os que acreditavam na ideia estavam a fazer perfurações no solo, um modelo antiquado que só seria viável para quem dispusesse de dinheiro à vontade, o que não se trata do nosso agricultor. O poço tinha que ser oxigenado por meio de uma bomba d’água. Um fiasco! Tanto que só lograram êxito alguns empresários, mas utilizando áreas alagadas.

Outro importante fator de amparo à economia rural seria a aquisição de produtos da roça para a feitura da merenda escolar. Outro fiasco, outra tolice minha! Havia tubarões (e dos grandes) dispostos a travar brigas enormes para salvaguardar produtos industrializados como a bendita almôndega, que sei lá de onde vem, mas alimenta um comércio que não é o nosso, nem tampouco faz bem para o povo ribeirinho, uma vez que suas produções ficam a apodrecer.

O sonho era colocar o açaí nas escolas, o que daria inveja a muitos curtidores desse fruto que tanto encanta os que já provaram da fruta, literalmente falando. Agora, imagina o cupu, o bacuri e a própria farinha! Tapioquinha, então! O povo produzindo, o povo consumindo.

A vendedora, bem no canto da Caixa Econômica de Breves, compra tapioca a 4 reais diretamente do produtor, mas acrescenta que o mesmo produto é encontrado na feira ao lado no valor mais elevado: 6 reais. Ela poderia aumentar sua renda, caso comprasse de algum produtor portelense, haja vista que eu mesmo consigo tapioca a 2 reais! Tudo uma questão de ajustes e contatos. Aliás, o produtor nem sempre é empreendedor.

Eis que minhas tolices ainda são lembradas.

LEIA NESTE BLOG, A INTERESSANTE FORMA DE COMO ELEGER MEMBROS DE CONSELHOS PARA PRIVILEGIAR OS GRANDES TUBARÕES.

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