Publicado em 22 de
junho de 2010 por um grupo de estudantes universitários, o jornal Um sonho
ambulante deixou uma impressão em João Batista de Lima, o Neguinho, tanto que
ele guarda com carinho a cópia da publicação.
Eu e o popular Neguinho em frente a escola Miguel Bitar |
Veja na íntegra, o conteúdo do texto intitulado de “Vendedor
ambulante explica sua luta diária”:
“Sem estudos e com 40 anos de
idade, o vendedor ambulante João Batista de Lima (Neguinho), já trabalha a 27
anos. Começou sua profissão aos 13 anos de idade, na época que começou era
bastante jovem, ele julga ter sido roubado várias vezes. Hoje Neguinho,
trabalha dez horas por dia, acorda cedo, sua luta diária começa as cinco da
manhã, ele abastece seu carro de sorvete, e segue a escola M.C.P., chega lá por
volta das oito horas da manhã. Neguinho diz que gosta de sua profissão e tem
orgulho de ser vendedor ambulante. O lucro diário de trinta, quarenta e até
sessenta reais, da para sustentar sua esposa e seus seis filhos, lucro que em
certo dia chegou a ser oitenta centavos. O nosso entrevistado, como qualquer
outra pessoa tem um grande sonho, o grande sonho desse vendedor é terminar de
construir a sua casa e dar um conforto bem melhor a sua família.”
João Batista de Lima, o Neguinho,
é um homem bem humorado e carismático. Ele chamou a minha atenção quando eu
comprei dele uma coxinha e um suco de maracujá. Enquanto eu colocava pimenta na
coxinha, eu deixei cair a sacola contendo o suco e aí a coisa aconteceu.
Neguinho disse pra eu não me preocupar, que daria outro no lugar daquela que
caiu. E assim o fez. Além de despertar minha curiosidade sobre o jeito como ele
trata os clientes, vi naquilo como uma forma de fidelizar o cliente.
Mototaxistas, professores e outros moradores de Breves falam com Neguinho com
tanta intimidade que os gracejos produzem risos a todo instante.
Como este blog cobra pelas
publicações comerciais, disse ao Neguinho que não cobraria nada melo
merchandising e logo eu descobria que eu não fui o primeiro a ficar
impressionado com as habilidades desse homem. Eis aí a história de gente que
faz e sabe bem fazer sua profissão em meio a tanta falta de emprego, provando
que o homem disposto para o trabalho cria sua própria história.
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