Ainda não sabia que a casa de um dos homens mais blindados
dos últimos governos de Portel havia sido alvo de assalto que, supostamente,
não foi realizado por amadores. Só hoje a noite é que fui informado de que a
casa do tesoureiro da SEMED, Nelson Paranhos, foi saqueada por pelo menos seis
homens.
De acordo com o informante desta noite, os homens estavam
fortemente armados, com dois deles mantendo suporte fora da casa, que fica
localizada na avenida Floriano Peixoto. Dois deles abordaram o dono da casa, um
dos homens mais blindados dos três últimos mandatos, exigindo o valor de
sessenta mil reais, enquanto que o tesoureiro da SEMED assegurava nervosamente
que não dispunha da quantia na casa.
Conta ainda que os bandidos, ainda não identificados,
levaram cerca de trinta mil reais, além de vários objetos como celulares,
notebooks, tablets e muitas jóias, incluindo aí as alianças de casamento.
Segundo a informante, o que mais machucou o casal foi a perda das alianças que
marcaram o casamento em Belém do casal sob holofotes inatingíveis aos cidadãos
comuns de Portel, acostumados estes com casamento comunitário gratuito pela
paróquia da cidade.
Embora seja coincidência, ouvi um grupo de jovens, cerca de
um mês atrás num bar de Portel, que é perda de tempo assaltar pessoas comuns em
busca de celular ou bicicleta, que agora o foco é atingir pessoas que aparentam
ser muito ricas, especialmente que moram em mansões e não em barracos. Ouvi isso
mas não dei muita atenção, pois vinha de pessoas já com certo teor de álcool no
corpo.
Talvez seja apenas uma impressão, mas a informação prestada
ao blog parecem coisa de profissional e não de meros amadores em busca de uma
satisfação momentânea como a utilização de drogas ou prazeres similares.
Reforça ainda mais essa tese o fato de que até o momento a polícia não tem
quaisquer pistas sobre os assaltantes.
Pelo visto, não são só os cidadãos da Cidade Nova e Portelinha que são vítimas da violência que assombra o município de Portel depois do fechamento das empresas madeireiras e o surgimento da exploração ilegal de madeira que rende apenas para alguns empresários e uma leva de propineiros.
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