A SEMED realizou uma investigação que já havia sido denunciada aqui no blog Educadores de Portel: a existência de alunos fantasmas para aumento indevido de carga horária. O trabalho, realizado com bastante competência, foi realizado em todos os quatro rios do município de Portel. Não foi realizado no mandato de Pedro Barbosa, porém a equipe de Ana Valéria Ferreira, irmã do prefeito Paulo Ferreira, desfez uma má aplicação de recursos que vinha acontecendo há muito tempo.
No rio Acutipereira foram descobertos que dos 1200 alunos
existiam pouco mais de 700. Com a descoberta desses alunos fantasmas, a redução
de carga horária, e consequentemente de dinheiro desperdiçado, foi mais de mil
horas. Todos os professores envolvidos na fraude começaram pedidos de
transferência para outras localidades como Camarapi e Pacajá.
Não foi, porém, apenas a ocorrência no rio Acutipereira esse
tipo de 171. A fraudulência ocorreu no rio Pacajá. Segundo uma alta figura do
governo me contou em recente viagem a Breves, um professor ainda tentou driblar
a investigação dizendo que os alunos, cerca de 25, estavam na roça. Mas o servidor responsável pela investigação foi mais astuto e exigiu a documentação dos estudantes, que não
foi providenciada e, enfim, a confissão de que existiam apenas 15 alunos.
Noutro rio, uma professora recebia pela carga horária de 40
horas semanais e a investigação constatou que existiam apenas cinco alunos.
Aliás, essa comunidade é bastante distante e raramente há visita de vários
órgãos do poder público como saúde, fato que eu mesmo constatei após
reclamações prestadas pela própria população, em cuja visita eu tive o cuidado
em gravar horas seguidas de relatos sobre esse abandono.
Indagado sobre a possibilidade do envolvimento de diretores,
coordenadores e outros técnicos da SEMED, a fonte fidedigna se restringiu a
dizer que mais ações serão tomadas, inclusive alguns diretores serão
exonerados, sem, no entanto, confirmar se tais medidas estão relacionadas à
fraude.
O blog não tomou conhecimento de quaisquer envios dos casos para o Controle Interno, órgão responsável pela instauração de processos administrativos, uma vez que as constatações merecem ações mais enérgicas, especialmente por tratar de dinheiro público, cuja omissão também é igualmente criminosa.
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