Depois da publicação sobre alunos fantasmas feita ontem AQUI no blog Educadores de Portel, novas informações chegam ao meu conhecimento. Informações de servidores públicos dizem que essa prática remonta a período anterior aos mandatos de Pedro Barbosa e que há mais envolvidos além de professores, como eu suspeitava desde o princípio.
Ao ser informado de que um assessor de vereador foi o responsável pela matrícula de cerca de 400 alunos fantasmas no polo Anapu, fiquei curioso e fui atrás de novas e quentinhas informações. Dentre estas está a prática, não só de professores, mas de coordenadores e diretores, embora ainda não tenha chegado a patamares superiores. Mas os dados apontam para prejuízos que vão além de prejuízos financeiros.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA DA MATRÍCULA DE FANTASMAS
Os envolvidos usavam dados de alunos que foram realmente pertencentes a determinadas escolas, estes captados diretamente dos arquivos da SEMED. Uma vez de posse desses dados como documentos dos alunos, estas crianças e jovens eram matriculados, embora esses estudantes já tinham se mudado em busca de dias melhores no estado do Amapá ou outros lugares. Logo que iniciavam as aulas tudo transcorria naturalmente, mas os alunos nunca compareciam e a carga horária estava garantida. Dia após dia o professor ia dando cabo nos nomes, registrando as os estudantes fantasmas como evadidos, ou seja, matriculados e deixaram de estudar no decorrer do período.
Aliás, um diretor e coordenador entraram no polo do rio Acutipereira trazendo seu exército de professores acostumados com essa estranha prática em outro polo, do qual foi expulso por usar de métodos autoritários que iam de encontro à comunidade. Entre eles estava uma mudança ocorrida na diretoria da SEMED e que a prática do fantasmismo tinha que ser mantida. Estranho que teve secretário de educação que fez de tudo para proteger esse cara e sua equipe de fraudadores. Quem é o irresponsável agora?
OS PREJUÍZOS DECORRENTES DO FANSTASMISMO
Embora aplicar dinheiro em servidor que não cumpre com a obrigação de se dedicar a alunos reais seria muito decente, pois já cansei de lutar por recurso aplicados no pagamento de salários atrasados e eis que descubro esse tipo de bandalheira! E é bom que os prefeitos da Ilha do Marajó investiguem o número real de alunos, desde que algumas práticas aqui já foram copiadas, produzindo como resultado baixos índices de desenvolvimento, como é o caso de Melgaço. Abra o olho, prefeito.
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